quinta-feira, 29 de outubro de 2009

EMPREENDEDORISMO SOCIAL

A ideia "do empreendimento social" é bola de vez. É uma frase servida bem a nossa época. Combina a paixão de uma missão social com uma imagem de empresa voltada para a modernidade, para inovação e da determinação associada geralmente com, por exemplo, atividades voltadas para o social. O tempo é, certamente, colaborador por excelência para aproximação dos empreendedores aos problemas sociais. Muitos esforços governamentais e privados têm sido desenvolvidos para superação dos problemas sociais. Muitas instituições sociais são vistas frequentemente como ineficientes e ineficazes. Os empreendedores sociais são necessários para desenvolver modelos novos para área social

O discurso do empreendimento social pode ser algo novo, mas o fenômeno não é. Sempre tivemos sempre empreendedores sociais, mesmo se nós não os chamamos assim. Construíram originalmente muitas instituições que dignificam seus criadores. Entretanto, além de inovador, não visam lucros. O empreendimento social pode incluir riscos como qualquer outro negócio. Os empreendedores sociais sempre procuram os métodos os mais eficazes de servir a suas missões sociais.

O conceito "do empreendimento social" vem ganhando a popularidade, significando que a responsabilidade social dos empreendedores vem crescendo cada vez mais. Isto pode ser uma virada histórica na percepção da questão social no Brasil. Muitos associam o empreendimento social exclusivamente com as organizações que não visam lucros. Outros usam-na para descrever qualquer uma organização que não vise lucro. O que é realmente um empreendimento social?” Que faz um indivíduo para ser um empreendedor social? Para responder a estas perguntas, nós devemos começar olhando nas raízes do termo "empreendedor”.

No senso comum, empreendedor é associado com alguém que começar,cria um negócio, mas esta é uma definição muito limitada de um termo que tenha um histórico tão rico e muito significativo na história do crescimento e desenvolvimento econômico. O termo "empreendedor" originou-se na economia francesa nos séculos 17 e 18. Em francês, significa alguém que "empreende," não um "gerente" no sentido de um diretor, mas um indivíduo que empreende um projeto ou uma atividade significativa. Mais especificamente, veio ser usado identificar pessoas que estimularam o progresso econômico encontrando maneiras novas e melhores de fazer coisas. Por volta do século 19, Jean Say, economista francês, definiu empreendedor como uma pessoa que "desloca os recursos econômicos de uma área de mais baixo rendimento para uma área de uma produtividade mais elevada e de um rendimento maior”. Os empreendedores criam o valor.

No século 20, o economista que mais se próxima desta definição é Joseph Schumpeter. Ele descreveu os empreendedores como os inovadores que dirigem o processo da “destruição criativa do capitalismo ."A função dos empreendedores é reformar ou revolucionar por dentro o padrão da produção." Podem fazer isto de muitas maneiras: “Combinando capital e trabalho, fazendo algo verdadeiramente inovador, concebendo um novo produto / serviço, introduzindo um novo método de produção, introduzindo uma nova maneira de fazer alguma coisa, criando um novo mercado, descobrindo uma nova fonte de matérias-primas e estabelecendo novas formas de organização” e assim por diante."Os empreendedores” de Schumpeter são os agentes da mudança na economia. Servindo a mercados novos ou criando maneiras novas de fazer coisas, movem a economia para a frente.
Vários estudiosos contemporâneos do espírito empreendedor apresentam muitas teorias sobre empreendimento. Por exemplo, em sua tentativa de começar em o que é um empreendedor, Peter Drucker inicia com definição da palavra empreendedor, mas amplifica-a para focalizar na oportunidade. Drucker não ver os empreendedores a causar a mudança, mas vê-os como exploradores das oportunidades que alteram o ambiente das empresas (na tecnologia, nas preferências de consumidor, em normas sociais, etc..). Drucker diz que "isto define o empreendedor e o empreendedor do empreendimento-sempre procurara pela mudança, responde-lhe, e explora-a como uma oportunidade." A noção da "oportunidade" veio ser central a muitas definições atuais do empreendimento. É a palavra de hoje dos teóricos do empreendedorismo para explicar a maneira como os recursos deslocam-se de às áreas de rendimentos baixos para mais elevados. Uma oportunidade, significa uma possibilidade de criar o valor para o cliente. Os empreendedores têm em mente que devem sempre ver tudo como possibilidades ao invés de perceber os problemas criados pela mudança.

Para Drucker, começar um pequeno negócio não significa necessariamente que seja um ato de emrpeendedorismo. Exemplo um "marido e a esposa que abrem uma outra loja de “delicatessen” ou um restaurante sertanejo" como um caso no ponto. Não há nada especial ou inovador nesta ação. Empreendedores não somente conseguem enxergar e perseguir as oportunidades que surgem na sua frente.Mobilizam-se para obter os recursos necessários para iniciar o negócio.
David McClelland desenvolveu uma interessante teoria motivacional que engloba três tipos necessidades: a)necessidade de realização, responsabilidade pessoal buscando atingir metas desafiadoras e realimentação em desempenho; b)necessidade de afiliação (um desejo para relações amigáveis, sensibilidade para os sentimentos de outros, preferência para papéis com interação humana e c)necessidade de poder (um desejo para fazer um impacto, ser influente e efetivo).

As idéias de Schumpeter, Drucker e McClellnad são atrativas porque podem facilmente ser aplicadas tanto no setor social quanto no setor empresarial. Descrevem um tipo do comportamento que possa ser manifesto em qualquer lugar. Em um mundo em que os limites do setor estão cada vez mais se expandindo, esta é uma vantagem. Podemos construir nossa compreensão do empreendimento social nesta tradição forte da teoria e da pesquisa do empreendimento. Os empreendedores sociais são uma espécie em expansão no campo do empreendedorismo. São empreendedores com uma missão social. Entretanto, por causa desta missão, enfrentam alguns desafios que os tornam bem distintos.

Para empreendedores sociais, a missão social é explícita e central. Isto afeta obviamente como os empreendedores sociais percebem e avaliam oportunidades. O impacto da missão - transformar o critério central, não criação de riqueza. A transformação da realidade social é medida de avaliação dos empreendedores sociais. No caso dos empreendedores de negócio, a criação de riqueza é uma maneira de medir a criação do valor. Isto é porque os empreendedores de negócio são sujeitos à disciplina do mercado, que determina na parte grande se está criando o valor. Se não deslocarem recursos aos usos mais economicamente produtivos, tendem a ser dirigidos fora do negócio.
Os mercados não são perfeitos. A criação do valor para os clientes é algo que os empreendedores perseguem o tempo todo. A habilidade de um empreendedor de atrair os recursos (capital, trabalho, equipamento, etc..) em um mercado cada vez mais concorrido é uma indicação razoavelmente boa que o risco representa para um uso cada vez mais produtivo destes recursos. A lógica é simples. Os empreendedores que podem pagar por recursos são tipicamente esses que podem pôr os recursos aos usos mais altamente avaliados, como determinado no mercado. O valor é criado no negócio quando os clientes são dispostos pagar mais do que ele custa para produzir o bom ou serviço que está sendo vendido. O lucro (rendimento menos custos) que um risco gera é um indicador razoavelmente bom do valor que crie. Se um empreendedor não puder convencer um número suficiente dos clientes para pagar um preço adequado para gerar um lucro, esta é uma indicação forte que o valor insuficiente está sendo criado para justificar este uso dos recursos. Um (re)direcionamento dos recursos acontece naturalmente porque as empresas que não criam o valor não podem obter recursos suficientes ou levantar o capital para poderem exercer suas atividades. São expelidas do negócio. As empresas que criam o valor econômico têm a possibilidade de atrair os recursos necessários para crescer.

Os mercados não trabalham para empreendedores sociais. No detalhe, os mercados não se dar ao trabalho de avaliar melhorias sociais e, geralmente, não liberam recursos para indivíduos que não podem pagar. Esta percepção é fundamental ao empreendedor social, aquele que faz o empreendimento social surgir. Em conseqüência, é muito mais difícil determinar se um empreendedor social está criando o valor social suficiente para justificar os recursos usados em criar esse valor. A sobrevivência ou o crescimento de uma empresa social não é prova de sua eficiência ou eficácia em melhorar circunstâncias sociais. É somente um indicador.
Empreendedores sociais operam em mercados, mas estes mercados não os provêem de tudo que necessitam para serem eficiente e eficazes. Muitas organizações sociais cobram taxas por alguns dos seus serviços. Elas também competem por doações, voluntários, e outros tipos de apoio. Mas, freqüentemente, não encontra-se alinhada de perto a disciplina destes "mercados" com a missão do empresário social. Depende de quem está pagando as taxas ou está provendo os recursos, o quais são suas motivações, e como bem eles podem avaliar o valor social criado pela aventura. É difícil de medir criação de valor social. Quanto valor social é criado reduzindo poluição em um determinado empreendimento, salvando animais em vias de extinção, ou provendo companhia para ajudar pessoas da terceira idade? Os cálculos não só são difíceis e também perfeitamente contestáveis. Até mesmo quando podem ser medidas melhorias, é freqüentemente difícil atribuir-lhes uma intervenção específica. Até mesmo quando conseguem ser medidas melhorias e ser atribuídas a uma determinada intervenção, os empreendedores sociais não, via de regra, podem capturar o valor que eles criaram em uma forma econômica para pagar . A habilidade para atrair recursos filantrópicos pode prover alguma indicação de criação de valor nos olhos dos provedores de recursos, mas não é um indicador muito fidedigno.

Qualquer definição de empreendedorismo social deveria refletir a necessidade por um substituto para a disciplina de mercado que trabalha para empreendedores empresariais. Não podemos assumir aquela disciplina de mercado levará automaticamente fora aventuras sociais que não são utilizando recursos efetivamente e eficazmente. A definição seguinte combina uma ênfase em disciplina e responsabilidade com as noções de criação de valor levadas de, inovação e agentes de mudança de Schumpeter, perseguição de oportunidade de Drucker e teoria motivacional de McClelland. Em resumo, esta definição pode ser declarada como segue: empreendedores sociais representam o papel de agentes de mudança no setor social, por: adotando uma missão para criar e sustentar valor social (não só valor privado).Reconhecendo e procurando oportunidades novas para servir aquela missão implacavelmente. Se ocupado de um processo de inovação incremental, radical, adaptando-se, e aprendendo. Agindo corajosamente sem estar atualmente limitado através de recursos disponíveis, e exibindo uma sensação exaltada de responsabilidade para os seus financiadores.
Esta é claramente uma "definição idealizada". Líderes de setores sociais exemplificarão estas características de modos diferentes e para graus diferentes. O mais íntimo uma pessoa adquire a satisfazendo todas estas condições, mais aquela pessoa ajusta a modelo de um empreendedor social. Esses que são mais inovadores nos seus trabalhos e que criam melhorias sociais mais significantes serão vistas naturalmente como mais empreendedores. O empreendedor social verdadeiramente schumpeteriano reformará significativamente ou revolucionarão as suas indústrias..

Empreendedores sociais são os reformadores e revolucionários descritos por Schumpeter, mas com uma missão social. Eles fazem mudanças fundamentais nas coisas de modo é acabado no setor social. As suas visões são corajosas. Eles atacam as causas subjacentes de problemas, em lugar de tratando sintomas simplesmente. Eles reduzem freqüentemente necessidades em lugar de há pouco os conhecendo. Eles buscam criar mudanças sistêmicas e melhorias sustentáveis. Embora eles possam agir localmente, as suas ações têm o potencial para estimular melhorias globais nas suas arenas escolhidas, isso é na educação, cuidado de saúde, desenvolvimento econômico, do ambiente, das artes, ou qualquer outro campo de setor social.

Adotando uma missão para criar e sustentar valor social:
Este é o ponto principal que distingue os empreendedores sociais de negócios socialmente responsáveis dos empreendedores empresariais. Para um empreendedor social, a missão social é fundamental. Esta é uma missão de melhoria social que não pode ser reduzida a criando benefícios privados (lucros financeiros ou consumo beneficia) para indivíduos. Fazer um lucro, criando riqueza, ou servir os desejos de clientes podem ser parte do modelo, mas estes são meios o alcance de um fim social, não o fim em si mesmo. Lucro não é a medida de criação de valor; nem é satisfação de cliente; impacto social é a medida. Empreendedores sociais procuram um retorno social a longo prazo em investimento. Empreendedores sociais querem mais que um golpe rápido; eles querem criar melhorias duradouras. Eles pensam em sustentar o impacto.

Onde outros vêem problemas, os empreendedores vêem oportunidade. Empreendedores sociais simplesmente não são dirigidos pela percepção de uma necessidade social ou bastante pela sua compaixão, eles têm uma visão de como alcançar melhoria e eles são determinados para fazer a sua visão trabalhar. Eles são persistentes. Os modelos que desenvolvem e as aproximações que eles levam podem, e freqüentemente faz, muda, como os empreendedores aprendem sobre o que funciona e o que não. O elemento chave é persistência combinada com uma vontade para fazer ajustes na estratégia de negócios. Em lugar de se render quando um obstáculo é encontrado, os empreendedores sociais perguntam, "Como nós podemos superar este obstáculo? Como nós podemos fazer este trabalho "?
Empreendedores são inovadores. Eles desbravam os mercados, desenvolva modelos novos.. Porém, como nos alerta Schumpeter, inovação pode vir muitas formas. Não requer inventar-se algo completamente novo; pode envolver a aplicação uma idéia existente simplesmente de um modo novo ou para uma situação nova. Empreendedores não precisam ser inventores. Necessitam ser inovadores aplicando simplesmente que outros inventaram. As suas inovações podem aparecer na forma como eles estruturam seus negócios ou em como conseguem obter os recursos necessários. Esta vontade para inovar é parte do modus operandi dos empreendedores. É um processo contínuo de explorar, aprendendo, e melhorar. Claro que, com inovação vem à incerteza e o risco de fracasso. Empreendedores tendem a ter uma tolerância alta por ambigüidade e aprender a administrar riscos para eles e outros. Tratam fracasso de um projeto como uma experiência de aprendizagem, não uma tragédia pessoal.

Agindo corajosamente sem estar atualmente limitado através de recursos disponíveis: Empreendedores sociais não deixam os seus próprios recursos limitados os impedir de procurar as atender suas visões. Eles devem estar qualificados em fazer mais com menos e a atrair recursos dos outros. Usam recursos escassos eficazmente. Exploram todas as opções de recursos, de pura filantropia para os métodos comerciais do setor empresarial. Não são limitados por normas do setor. Gerenciam riscos calculados e administram crises diariamente, para reduzir a probabilidade de fracasso.

Empreendedorismo social descreve um jogo de comportamentos que são excepcionais. Estes comportamentos deveriam ser encorajados e recompensados nesses que têm as capacidades e temperamento para este tipo de trabalho. Empreendedores sociais são uma raça especial de líder e dever ser reconhecidos como tal. Nós precisamos de empreendedores sociais para nos ajudar a achar novos rumos para melhoria social neste século que acabamos de iniciar.
Doutor Universidade do Porto - Professor de empreendedorismo – Unicap – Autor de “O Fenômeno do Empreendedorismo Criando Riquezas” – Prêmio Belmiro Siqueira – 2001 – modalidade livro

domingo, 18 de outubro de 2009

EMPREENDEDORISMO E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

O empreendedor alavanca ativos e capacidades para a criação de novos negócios.

A economia digital oferece grande variedade de ferramentas gerenciais e práticas, como a incubação de empresas, que materializam as ideias em instalações de tijolo e cimento.

Tais ferramentas e práticas podem ajudar empreendedores a desenvolver a capacidade de criar novas empresas, por meio de incubadoras e facilitar o crescimento mediante o acesso ao processo de incubação de empresas de base tecnológica, fundamentadas em investigação e desenvolvimento.

O empreendedor cria valor ao desenvolver novos negócios por meio de incubação de start-ps (empresas iniciantes). Na realidade, deve transformar-se em agentes de mudança que toda empresa necessita.

Como o ambiente se transforma numa selva virgem, é preciso que alguém esteja disposto a liderar a empresa para atingir os objetivos.

Quociente de inteligência e conhecimentos técnicos são importantes, mas a inteligência emocional é condição sine qua non para o empreendedorismo eficaz.

Todos nós já ouvimos histórias sobre empreendedores extremamente inteligentes e altamente preparados, que criam empresas e fracassam.

Também temos conhecimento de trajetórias profissionais de pessoas com capacidade intelectual e conhecimentos técnicos nada excepcionais que empreendem, tendo um tremendo sucesso.

Casos como esses confirmam a crença, amplamente aceita, de que identificar pessoas com os perfis corretos para se tornar empreendedores é mais arte do que ciência. Mesmos empreendedores consagrados têm estilos distintos, e situações que exigem estilos diferentes.

Há, então, algum elemento comum a todos os empreendedores que sirva de porto seguro para quem está à procura de uma metodologia de formação de empreendedores? Um alto grau de inteligência emocional é o que nos ensina a inteligência emocional.

As pessoas nascem empreendedoras ou desenvolvem essa qualidade com suas experiências de vida? Ambas as alternativas estão corretas.

Acreditamos que há componente genético no fenômeno do empreendedorismo, mas também aumenta quando os indivíduos participam de programas de desenvolvimento de seu espírito empreendedor.

Para isso, esses candidatos a empreendedores devem ser estimulados a abandonar hábitos antigos e estabelecer novos, o que leva tempo e exigem muitas vezes uma abordagem individualizada. De modo geral, é preciso motivar o empreendedor para aprender a mudar e se acostumar a ter feedback das outras pessoas.

Seria interessante que os empreendedores contassem com os cinco componentes da inteligência emocional, autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e sociabilidade. Hoje percebemos que, para o bom desempenho, é imprescindível que os empreendedores tenham esses ingredientes.


Componentes

Definição

Características

Autoconhecimento

Capacidade de reconhecer e compreender estados de espírito, emoções, impulsos, bem como o efeito desses aspectos sobre outras pessoas.

Autoconfiança.

Auto-avaliação realista.

Capacidade de rir de si mesmo.

Autocontrole

Capacidade de controlar ou redirecionar impulsos e estados de espírito perturbadores.

Propensão a não julgar e a pensar antes de agir

Confiança e integridade.

Bem-estar na ambiguidade.

Abertura a mudanças.

Automotivação

Paixão pelo trabalho por motivos que não seja dinheiro ou status.

Propensão a perseguir objetivos com energia e persistência.

Forte impulso para alcançar o objetivo.

Otimismo, mesmo diante do fracasso.

Comprometimento com a empresa.

Empatia

Capacidade de compreender a constituição emocional dos outros

Habilidade para tratar as pessoas de acordo com suas reações emocionais.

Habilidades para atrair, formar e reter talentos.

Sensibilidade intercultural.

Criar, manter e fidelizar clientes.

Sociabilidade

Competência para administrar relacionamentos e criar redes.

Capacidades de encontrar pontos em comum e cultivar afinidades.

Eficácia para liderar a mudança.

Persuasão.

Experiência em construir equipes e liderá-las.

Tabela 1. - Os cinco componentes do espírito empreendedor em ação

Fonte: Empreendedorismo. Inovação e Incubação de Empresas – Emanuel Leite (2006).


Os empreendedores e empreendedoras têm agora o poder de escolha. Ao olharem para dentro de si e procurarem respostas para questões de natureza prática, mas também filosóficas como:

a) o que me faz sentir realizado (a);

b) qual/quais são minhas habilidades;

c) em que área do trabalho mais me identifico;

d) principalmente: o que eu quero do/com o futuro; e

e) o que estou semeando.

O empreendedor deve ser capaz de sintetizar todas as forças internas e externas harmônicas e desenhar o melhor cenário possível para empresa.

O mercado recompensa o mérito, a capacidade, a coragem de correr riscos, a sorte e o sucesso dos empreendedores por meio do lucro (a justa recompensa pelo risco que correu).

Somente é possível que a inovação aconteça na vida organizacional quando a cultura realmente estimula que se corram riscos no que diz respeito à tecnologia.

O ritmo vertiginoso de mudança tecnológica somente é superado pelo do conhecimento, cerca de 12% do que sabemos hoje surgiu nos últimos cinco anos.

Pensar diferente é a postura que um empreendedor deve adotar para dar a volta ao mundo dos negócios. Por exemplo, tentar resolver um problema começando pelo fim, encontrar soluções ao imitar a natureza ou apenas, ter uma sorte danada e uma ingenuidade total. É criar como um Deus, comandar como um rei, trabalhar como um escravo.

É ser impiedoso com preconceitos e ideais pré-concebidas. Os empreendedores revolucionam: pensam de forma diferente para alterar as regras. Por definição, se não se mudam as regras, não é um empreendedor, e se não se pensa diferente, não se mudam as regras.

Os empreendedores têm características comportamentais que os diferenciam dos demais indivíduos. Recusam-se a resolver os problemas da forma como são apresentados. Em vez disso, utiliza esquemas de pensamento inovadores.

Tentam identificar:

a) segmentos de clientes novos ou inexplorados em que se concentrar (um novo “quem”);

b) novas necessidades de clientes que nenhum concorrente satisfaz (um novo “o quê”); e

c) novos meios de produzir, entregar vender ou distribuir (um novo “como”).

A Amazon.com recusou o modelo de necessitar de uma livraria física, em vez disso, alterou as regras do comércio de livros.

O segredo para vencer a corrida dos negócios pode não estar nas qualidades evidentes, mas na capacidade de inovar, de se adaptar sem perder a essência.

Estamos diante de um novo conceito associado à ideia de mudança: “resiliência”. Tomado emprestado da engenharia, define-se como a capacidade de se adaptar constantemente diante de circunstâncias adversas, mantendo a essência da organização, mas com mudanças de processos e condutas.

O empreendedor opera em um determinado contexto ambiental – junto a um conjunto de expectativas que são compartilhadas, estabelecidas, embutidas em uma organização, comunidade profissional, ou na sociedade como um todo.

Um dos maiores desafios da era em que vivemos reside no fato de que, à medida que conquistamos acesso a um número maior de informações, paradoxalmente temos menos condições de gerar conhecimento, a partir dessas informações.

O empreendedorismo não existiria se as pessoas com espírito empreendedor não tivessem uma alta tolerância ao fracasso. Uma sociedade empreendedora admira os indivíduos simplesmente por tentarem realizar alguma coisa. E, quanto mais obstáculos enfrentarem, maior será a admiração.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

EM BUSCA DE APOIO

Qualquer empreendedor deve ter claro alguns conceitos-chave na hora de apresentar o seu negócio. Ele deve ser o primeiro e mais fervoroso crente na viabilidade de seu projeto. A persistência e o compromisso pessoal do empreendedor com o projeto são as qualidades mais apreciadas por um investidor.

Em diálogo com candidatos a empreendedores no Instituto Superior de Contabilidade e Administração na cidade do Porto, nessa última terça-feira, alertava-os sobre a necessidade existente de “centrar” um modelo de negócio:

a) Quem é o cliente?

b) O que é importante para ele?

c) Como é possível ganhar dinheiro nesse negócio?

d) Que lógica econômica permite que eu proporcione ao cliente aquilo que ele deseja a um custo suportável?

Um empreendedor é uma pessoa com uma necessidade real de criar seu próprio negócio. Geralmente, em vez de estudar bem o mercado em que se quer atuar, simplesmente se põe a trabalhar sem um modelo de negócio definido. Não é possível lançar um empreendimento sem conhecer, pelo menos, alguns elementos básicos de seu ambiente.

Por exemplo: qual é o mercado total a que nos dirigimos? Quem é o líder a nível estadual, nacional e mundial? As respostas a estas questões variam dependendo do negócio. Seja qual seja o caso, não podemos deixar de fazer um estudo de mercado, o mais exaustivo possível, do ambiente de negócios no qual pensamos situar a nossa nova empresa.

O aspecto fundamental seguinte é a disposição de realmente querer dedicar-se ao negócio. É muito cômodo pensar em ser dono de um empreendimento, porém é sempre ter em mente que vamos ter poucos tempos livres e que o negócio que queremos montar vai com certeza consumir muito de nosso tempo. Isso nunca funciona. Ou se está suficientemente convencido de que a dedicação ao negócio é importante ou estamos diante de uma crônica de um fracasso anunciado. Assim, o empreendedor somente deve abandonar seu emprego seguro para lançar-se em seu projeto se tiver plenamente convicto desta coisa tão simples porém muitas vezes não levadas em consideração. Empreendedores de fins de semana são muito raros terem sucesso.

Um outro aspecto preocupante, sobre todo no Brasil, quando falamos de investimentos, é a quantidade de pessoas que não se dar conta de que os investidores buscam oportunidades claras de negócio. Em nenhum momento estão dispostos a financiar empreendimentos que não sejam viáveis, em outras palavras, tenham mercado.

Que buscam os investidores? Ou procuram um negócio que ofereça rentabilidade em curto prazo e não ofereça muito risco, ou estão dispostos a arriscar-se mais se entendem que existe uma oportunidade entre 100 ou 200 (não entre mil ou dois mil, como é habitual calcular nos EUA) de conseguir multiplicar seu investimento por dez ou vinte. Em general, salvo exceções, quanto mais arriscado o negócio, menos capital estão dispostos a investir.

O que mais convence a um investidor? O primeiro é a persistência e o compromisso pessoal do empreendedor com o projeto. Não é aceitável para um investidor que o empreendedor não queira investir nem um centavo de seu próprio dinheiro ou não seja capaz de levantar, entre seus familiares, o mínimo de dinheiro inicial.

O seguinte aspecto importante é a capacidade do empreendedor para escutar. Em geral, os empreendedores que estão convencidos do êxito que um projeto tem, terá pouca paciência para explicá-lo a alguém que não o entenda desde o início. É preciso uma elevada dose de humildade. Fazer apresentações sobre o projeto, tanto as escritas como as pessoais, e buscar todos os apoios necessários para que estas ajudem a viabilizar o projeto. Apresentações mal feitas, com erratas freqüentes ou erros de cálculo, mostram uma pessoa com falta de tranqüilidade necessária para tomar-se um empreendedor preparado para tomar decisões.

Erros a evitar

Talvez o mais importante seja valorar bem, o dinheiro que se necessita, de quem se necessita. Se estivermos a falar de um projeto de tecnologia, é difícil interessar a um construtor, acostumado a outro tipo de retornos. Sempre existem exceções, porém é melhor procurar desde o início a pessoa que conheça do que estamos falando, ou possa assessorar-se convenientemente sobre o tema.

Qual é o erro mais freqüente que comete um empreendedor? Desenhar modelo de negócio e tentar levantar um volume de recursos maior que as cifras necessárias para o sucesso do negócio. Por exemplo, se o negócio que necessita um investimento de capital de 100.000 reais, é habitual solicitar 300.000 para cobrir-se de quaisquer imprevistos. Em tal situação, um empreendedor pode passar por um constrangimento quando o investidor lhe mostrar suas próprias cifras e lhe pede que esclareça a discrepância. Alguém que pede um volume dinheiro muito maior que o necessário é pouco de confiável.

Por outro lado, se falamos de negócios em Internet, um ambiente totalmente global, não se pode planejar um horizonte exclusivamente centrado em nosso país. Os investidores querem que a empresa esteja antenada com tudo que está passando fora, e como pensar em competir com quem está desenvolvendo um negócio similar no EUA.

Os empreendedores devem pensar muito em que realmente querem. E se querem mesmo criar o seu próprio negócio, mãos a obra.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

GEORGE HARRISON: UM BEATLE EMPREENDEDOR

Os estudiosos do comportamento empreendedor, durante anos, observaram que algumas pessoas têm uma intensa necessidade de realização, outras, talvez a maioria, não parece estar preocupada com questões sobre esta necessidade. Este fenômeno fascinou o psicólogo David C. McClelland.

Ele desenvolveu uma interessante teoria motivacional que engloba três tipos de necessidades:

a) a necessidade de realização, responsabilidade pessoal buscando atingir metas desafiadoras e realimentação em desempenho;

b) a necessidade de afiliação (um desejo para relações amigáveis, sensibilidade para os sentimentos de outros, preferência para papéis com interação humana); e

c) a necessidade de poder (um desejo para fazer um impacto, ser influente e efetivo).

Ele discute que, com base em profundas pesquisas, se a necessidade de afiliação (um desejo a ser gostado) dificulta empreendedores que são conduzidos para fazer exceções quando eles não devem. Ele descreve o indivíduo como portador de elevada necessidade de poder, como sendo dedicado ao jogo de poder na organização, cometido ao trabalho moral com energia e devoção. O melhor empreendedor, ele afirma, é o indivíduo com elevada necessidade de realização.

No tocante ao motivo para a realização, as pessoas que são orientadas para a realização são motivadas, principalmente, por situações onde padrões de excelência estão claros, e onde eles têm a oportunidade para estabelecer metas e executar prosperamente contra esses padrões (isto inclui resolução de problemas aproximadamente como superar obstáculos para desempenho). Eles são normalmente competitivos e trabalham bem independentemente. Esta motivação é reforçada e é mantida provendo trabalho desafiador que estimula as capacidades, junto com padrões concretos para sucesso e clareia, feedbacks bem claros.

Indivíduos com elevadas necessidades de afiliação são motivados estando com outros, expressando os seus sentimentos e desfrutando de amizade mútua. Eles estão normalmente calmos, amigáveis e trabalham melhor quando se sentem apreciados, e quando o seu ambiente de trabalho lhes dá a oportunidade para interagir com outros. Esta motivação é reforçada e mantém-se provendo trabalho onde cooperação com colegas de trabalho é requerida, onde algum tempo para interação pessoal é encorajado e onde emparelha construindo esforços são estimados.

A necessidade deve encontrar-se presente nas pessoas cujo motivo primário é poder. Isso inclui podendo persuadir e/ou influenciar outros, ou por posição organizacional ou por oportunidades que o grupo introduza. As pessoas com esse tipo de necessidade normalmente têm um interesse muito grande pelo poder e são frequentemente fluentes no estilo de comunicação de suas ideias. Esta motivação é reforçada e é mantida permitindo controle pessoal em cima de passo de trabalho e métodos, como também, oportunidades para influenciar especialmente se eles podem lidar diretamente com pessoas do mais alto nível na organização.

A pesquisa de McClelland o conduziu a acreditar que a necessidade para realização é um motivo humano distinto que pode ser distinguido de outras necessidades. Mais importante, o motivo de realização pode ser isolado e pode ser avaliado em qualquer grupo. Características das pessoas com uma necessidade alta para realização são:


Conjunto de Realização

1) Busca de Oportunidade e Iniciativa;

2) Persistência;

3) Correr Riscos Calculados;

4) Exigência de Qualidade, Eficiência e Eficácia; e

5) Comprometimento.


Conjunto de Planejamento

1) Busca de Informação;

2) Estabelecimento de Metas;

3) Planejamento e monitoramento Sistemáticos.


Conjunto de Poder
1)
Persuasão e Rede de Contatos; e

2) Independência e Autoconfiança

Em agosto de 1971, George Harrison e os amigos Bob Dylan, Ringo Starr, Leon Russell e Eric Clapton realizaram dois concertos no Madison Square Garden de Nova York para arrecadar dinheiro para o subcontinente indiano, devastado por enchentes e pela fome.

O Concerto para Bangladesh estabeleceu Harrison como pioneiro na filantropia do rock, um empreendedor social, e estabeleceu o modelo para esforços futuros para arrecadação de fundos envolvendo celebridades como o Live Aid, o disco "We Are the World" e o Concerto para Nova York, promovido por Paul McCartney no Madison Square Garden, em auxílio às vítimas dos ataques ao World Trade Center.

“No final dos anos 1970, Harrison era um empreendedor tanto quanto músico. Ele abriu sua própria gravadora (a Dark Horse, em 1974) e sua própria produtora de cinema, a HandMade Films, que ele criou para ajudar seu amigo Eric Idle a concluir seu filme do Monty Python, "A Vida de Brian". Outras produções da HandMade incluem a fantasia "Bandidos do Tempo" de 1981, e o drama "Mona Lisa" de 1986, que lançou o ator Bob Hoskins. O envolvimento de Harrison com o cinema também incluiu uma ponta no falso documentário de Idle, "All You Need Is Cash", sobre os Rutles. Segundo George, a paródia contava a história dos Beatles "muito melhor do que os habituais documentários tediosos".

O que faz com que as pessoas com uma necessidade alta por realização se comporte assim todo o tempo? Pessoas motivadas para a realização não são jogadoras. O caso de Harrison é bastante elucidativo. Eles preferem trabalhar em um problema a deixar o resultado para chance.

Os empreendedores, fixando moderadamente difícil suas tarefas, mas que potencialmente podem ser traduzidas metas realizáveis em uma atitude para riscos. Muitas pessoas tendem a ser extremo nas suas atitudes para riscos, qualquer um que favorece jogando especulativo selvagem ou minimizando a exposição deles/delas para perdas.

Os jogadores parecem escolher o risco grande porque o resultado está além do poder deles/delas e, então, eles podem racionalizar facilmente fora a sua responsabilidade pessoal se eles perdem.

O indivíduo conservador escolhe riscos minúsculos onde o lucro é pequeno, porém seguro, talvez porque há pequeno perigo de qualquer coisa saindo errado pelo qual para aquela pessoa poderia ser culpada.

As pessoas com necessidade de realização preferem um grau moderado de risco porque eles sentem que seus esforços e habilidades provavelmente influenciarão o resultado. Em negócio, esse realismo agressivo é a marca do empreendedor próspero.

Recompensas e realização motivam as pessoas.

Outra característica de pessoas com necessidade de realização é que elas parecem ter mais a ver com realização pessoal do que com as recompensas de sucesso. Eles não rejeitam recompensas, mas as recompensas não são tão essenciais quanto a própria realização.

Dinheiro, para pessoas portadoras da necessidade realização, é principalmente valioso como uma medida do seu desempenho. Proporciona-lhes os meios de avaliar o seu progresso e comparar as suas realizações com esses de outras pessoas. Eles regularmente não buscam dinheiro para estado ou segurança econômica.

Pessoas com uma necessidade alta para realização buscam situações nas quais obtém um feedback concreto como bem eles estão fazendo é relacionado de perto a esta preocupação para realização pessoal. Por conseguinte, são achadas frequentemente em pessoas motivadas para realização tentando criar seus próprios negócios.

Além de realimentação concreta, a natureza do feedback é importante para pessoas motivadas para realização. Eles respondem favoravelmente a informação sobre o seu trabalho. Não estão interessados em comentários sobre as suas características pessoais, porém, como cooperativo ou útil são os feedback.

Uma habilidade ensinada? A necessidade para realização pode ser ensinada às pessoas?

McClelland foi convencido que isto pode ser feito. De fato, ele também desenvolveu programas de treinamentos para incrementar a capacidade realização dos indivíduos para aumentar a sua motivação de realização.

Pessoas impulsionadas pela necessidade de realização podem ser a coluna vertebral da maioria dos empreendimentos, mas o que pode ser dito sobre o seu potencial como empreendedores? Como nós sabemos, as pessoas com uma necessidade alta para realização estão à frente porque como indivíduos que criam, correm todos os riscos necessários para realizarem um sonho.

Porém, o seu sucesso não só depende do seu próprio trabalho, mas das atividades de outros, podem ser menos efetivos. Considerando que eles são altamente voltados para o trabalho. Tendem a esperar outros para fazer o mesmo. Como resultado, às vezes sentem faltam das habilidades humanas e paciência necessário para trabalhar com pessoas que são competentes mas tenha uma necessidade mais alta por afiliação. Nesta situação, o seu resultado frustra estas pessoas e lhes impede de maximizar o seu próprio potencial.

De acordo com McClelland, as pessoas motivadas para realização têm certas características em comum:

a) a capacidade para fixar objetivos altos pessoais mas alcançáveis;

b) a preocupação para realização pessoal em lugar de as recompensas de sucesso e; o desejo de feedback .

Essas características eram marcantes no comportamento do George Harrison, um Beatle verdadeiramente empreendedor.