sábado, 28 de agosto de 2010

ENSINO DE EMPREENDEDORISMO: ALÉM DO PLANO DE NEGÓCIO – A TRANSCENDÊNCIA DE UM SONHO EM UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO

Quando analisamos as regras que hoje ditam o mercado econômico, percebemos profundas mudanças estruturais, conceituais e formais. O sistema de troca de produtos está cada dia mais inteligente, mais apurado, melhor desenhado e agregando valores e práticas diversas e porque não, universais. Vender hoje requer um nível de especialização e informação sobre o produto, o serviço e o cliente que nossos ancestrais jamais imaginaram. Conceitos nunca antes pensados pelos primeiros empreendedores e empresários fazem parte hoje do dia a dia da maioria das pessoas, em todo o mundo. Palavras como logística, satisfação do cliente, inovação e criatividade sequer faziam parte do dicionário dos antigos mascates. E essas mudanças provocaram o nascimento e/ou acomodação de padrões, posturas e possibilidades.

Possibilidade. É este o enfoque que vamos tratar, a partir de agora. Novos mercados, formas de gerência e a presença cada vez mais forte e firme de um novo elemento na economia global, o empreendedor, a empreendedora. Esta nova condição de empreendedor (a) promove mudanças na forma de gerenciar e promover os negócios mudando com isso, o mercado e, por conseguinte, a economia onde ele (a) está inserido (a). O importante agora é perceber que vivemos em uma nação onde há muito mais que violência, cerveja e carnaval. Aliás, esses temas estão sendo objetos de iniciativas, idéias e ações empreendedoras.

Pensar sobre do fenômeno do empreendedorismo requer um entendimento e uma análise da sua força motriz. Dessa forma destacamos dois elementos que são pilares na construção dessa nova modalidade de trabalho: a inovação, a partir do desenvolvimento tecnológico, e o processo de globalização promovendo o fim do emprego. Passamos da era onde se investia essencialmente nos produtos e no objeto da venda, para a valorização do humano. É o momento de se investir no capital humano.

A ótica muda de foco e os desejos e necessidades do cliente passaram a ser reconhecidos e analisados à exaustão. O lado subjetivo passa a ser o foco, pode-se dizer que os profissionais descobriram a importância de ver a organização de forma holística. Trabalha-se agora o conhecimento e não apenas o produto final, o objeto. É preciso sempre destacar que o propósito de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes, por isso é necessário ter em mente que a empresa tem que satisfazer os desejos e necessidades dos seus clientes.

Percebe-se claramente que os empreendedores devem ter uma verdadeira obsessão por ouvir e entender os desejos e necessidades dos clientes, reagirem rapidamente visando a atender às exigências dos clientes, terem uma estratégia de atendimento bem definida e inspirada no cliente.

A rigidez da legislação trabalhista brasileira também vem contribuindo com grande força na promoção do empreendedorismo, por não possibilitar a flexibilidade nas contratações. Podemos destacar que no Brasil apenas um único modelo impera: aquele onde o trabalhador é obrigado a trabalhar oito horas diárias, com um mês de férias, 13º salário, indenização por demissão e todo o resto. Em todo país com legislação trabalhista rígida há mais desemprego.

Lei de Inovação: Bases para o Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa!

A expressão que a perspectiva do primeiro emprego? Não primeira empresa! Tem no conjunto da economia obriga a uma atuação institucional dirigida à melhoria do seu potencial de desenvolvimento assente, sobretudo no reforço da formação e na tomada de medidas susceptíveis de cobrirem áreas importantes, como por exemplo, as seguintes: a) simplificação e melhoria do quadro administrativo e regulamentar das empresas; b) apoio à internacionalização; c) reforço da competitividade das empresas, melhorando o seu acesso à investigação, à inovação e à formação; d) apoio seletivo aos projetos de investimento na inovação; e e) aposta nas novas tecnologias por forma a promover a aproximação dos diversos parceiros.

Empreender é um conceito com múltiplas opções de interpretações, dependendo do contexto em que se utiliza. A conotação que se dá, por exemplo, para o âmbito empresarial o empreendedor é muitas vezes confundido com empresário, é às vezes tratado com um sinônimo de proprietário de uma empresa comercial com fins de lucro, podemos descrevê-lo como alguém que se aventura em uma nova atividade de negócios.

Para mundo acadêmico em constantes mudanças, empreender denota mais um perfil, um conjunto de características que lhe fazem atuar de uma maneira determinada e que lhe permitem mostrar certas “capacidades” para visualizar, definir e alcançar objetivos. Empreendedor é o termo utilizado para descrever a qualquer membro da economia cujas atividades são, de alguma forma, criar, inovar, fugir ao rotineiro, fazer coisas melhores, diferentes, melhorar o existente.

Outro exemplo desta forma de visualizar o empreendedor é a apresentada por Drucker(1989), que se refere ao empreendedor como as pessoas que “fazem pequenos negócios bem-sucedidos, que desenvolvem novas idéias ou novas formas de enfocar o mercado”.

Podemos enfatizar a capacidade do empreendedor para utilizar adequadamente os recursos disponíveis, como aquele que se especializa em assumir a responsabilidade de tomar decisões que tem a ver com a localização e uso de bens, recursos e instruções, é decidir, como um “ágil catador e utilizador de informações, recursos”, capacidade para detectar oportunidades de negócios e aproveitá-las.

É possível identificar o empreendedor como uma pessoa que, além de otimizar os recursos disponíveis e utilizá-los em combinações que maximizam os resultados factíveis das combinações, “agrega valor” a todo processo ou atividade em que intervem. O empreendedor é uma pessoa capaz de concentrar sua mente em certos aspectos do meio que o rodeia e ignorar outros, o que lhes permite aplicar seu tempo e esforço na busca e materialização de oportunidades. O empreendedor é um alquimista peculiar que toma um sonho particular próprio e o transforma em algo esplêndido e real, pelo que tem “dinamismo criativo”.

Particularmente identificarmos o empreendedor como uma pessoa capaz de detectar oportunidades e com as habilidades necessárias para desenvolver, a partir delas, um novo conceito de negócio. Assim, pois, existem diversas formas de definir e entender o termo empreendedor, sem dúvidas no que coincidem diversos autores é em que o termo empreendedor se deriva da palavra entrepreneur, que à sua vez se origina do verbo francês: “Entreprendre”, que significa encarregar-se de.

Schumpeter (1934), afirma que a inovação se desenvolve a partir da capacidade para empreender, portanto, os empreendedores não são necessariamente capitalistas, administradores ou inventores, já que finalmente se trata de pessoas com uma capacidade para “combinar” os fatores de produção existentes e obter melhores resultados de forma de utilizá-los, fazer e de inovar.

Então, empreender é algo complicado de definir, já que não se trata somente de uma série de atributos, se não também da forma de utilizá-los para obter o máximo proveito possível dos mesmos.

Os empreendedores da Era da Lei de Inovação:a) procuram continuamente ganhar novas competências provenientes do exterior, através de parcerias ou de aquisições, o Google é um excelente exemplo dessa estratégia. Estas visam capturar conhecimentos, em vez de seguir uma lógica meramente financeira; b) criam mecanismos de reciclagem do conhecimento interno. Seminários e jornais internos, redes informais de especialistas são usados para esse fim; c) descartam rapidamente o conhecimento obsoleto. Com esse objetivo, recrutam permanentemente gente nova com novas idéias, investem na inovação em várias tecnologias. Exercem a atitude de curiosidade inovadora permanente; d) em vez de se agarrarem à procura de certeza, tentam primeiro formular as questões cruciais. Não eliminam a ambigüidade. Pelo contrário, trabalham no seio dela, procurando descobrir oportunidades. Sabem que haverá sempre algo novo a descobrir, amanhã; e) ouvem os clientes atuais, mas nem sempre acreditam neles. Muitas vezes dão mais ouvidos aos que não são clientes. E sabem que muitas inovações movem-se mais rapidamente do que a capacidade de encaixe, por parte dos mercados atuais; f) criam um portifólio de inovação. As empresas deste tipo têm sempre mais projetos e iniciativa em curso do que as empresas tradicionais. Esse portifólio de inovação equilibra a introdução de produtos revolucionários com as melhorias incrementais; g) conhecer o negócio da empresa; h) administrar o presente, enquanto cria o futuro; j) transformar ameaças em oportunidades; i) criar paixão por resultados.

sábado, 21 de agosto de 2010

PRIMEIRO EMPREGO? NÃO. PRIMEIRA EMPRESA! NA PERSPECTIVA DA LEI DE INOVAÇÃO

A criação do auto-emprego constitui um elemento essencial para vencer o fantasma do desemprego. Os empreendedores promovem a geração de empreendimentos que ofertam produtos/serviços, mas também representam um exemplo vivo de que é possível propiciar aos jovens a alternativa de ser um empreendedor ao invés de ser empregado. As novas empresas têm sido muito mais eficazes em aproveitar as novas oportunidades proporcionadas pelo avanço tecnológico onde seus empreendedores optaram não pelo primeiro emprego e sim pela primeira empresa consonância com as proposta da Lei de Inovação. A Lei de Inovação pode promover surgimento de uma cultura empreendedora e criar um ambiente favorável à implantação de um programa de Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa, como mecanismo de reforço do potencial espírito empreendedor, fornecer informação relevante e serviços de apoio, de modo a encorajar a criação e crescimento de start-up. Para que isso possa realizar a Lei de Inovação precisa reforçar ações na área da educação e a formação em empreendedorismo, facilitar a transferência de propriedade, rever a legislação relativa às falências e melhorar os procedimentos relativos ao cancelamento e reestruturação das empresas.

O número de indivíduos que desejam criar o seu próprio negócio cresce dia-a-dia. O fenômeno do empreendedorismo vem se alastrando pelos quatro cantos do mundo, em ritmo cada vez mais alucinante. O candidato a empreendedor tem que vencer uma verdadeira corrida de obstáculos para poder concretizar o sonho de ser dono de seu próprio negócio.

Empreendedores não nascem, eles são formados e desenvolvem sua visão de negócios, sempre tendo em mente o objetivo de fazer o melhor, gerenciam o seu negócio de forma simples, eficiente e eficaz, porém, o sucesso é fruto não somente das práticas de boa gestão e sim de uma postura comportamental fundamentada no espírito empreendedor.Uma atitude mental positiva, firmeza de propósito, a consciência de que o objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes permitem ao empreendedor almejar o sucesso.

A proposta da primeira empresa, em lugar do primeiro emprego, tem um grande impacto no dia-a-dia dos jovens e permite entre outras coisas, tornar disponível uma grande variedade de bens e serviços para contribuir para qualidades de vida.

No entanto, apesar da visão de primeira empresa e não primeiro emprego ser algo importante para uma opção viável para o desenvolvimento da economia, a sua valorização nos mais diferentes setores governamentais não é muito elevada, contudo com a Lei de Inovação espera-se uma mudança nessa percepção. Atualmente a “primeira empresa”, para além de sua importância em termos econômicos e sociais, tem sobretudo, relevância como fator de desenvolvimento econômico, social e cultural em uma sociedade que precisa muito mais de pessoas que estejam a correr riscos ao criar seu próprio empreendimento do que correr em busca de um emprego.

Há cada vez maior necessidade de empreendedores capazes de criar sustentabilidade no desenvolvimento econômico, que trabalhem em prol da qualidade de vida o que torna a Lei de Inovação um instrumento imprescindível que isso seja alcançado.

Esperamos que a leitura deste texto, ao mesmo tempo em que discorre sobre empreendedorismo, desperte, no leitor, a força do espírito empreendedor, como opção de vida. O empreendedorismo será a alternativa profissional para muitos indivíduos no século XXI. Vivemos a Era do poder da informação, dos negócios on-line, da força das idéias audaciosas... E da sorte. A ideia é a nova moeda do mundo empresarial. Quem tem uma ideia, depara-se com duas opções: ou faz o que é necessário para colocá-la em prática, ou arranja muitas desculpas para não o fazer. Esta é única alternativa que pode fazer a pessoa se arrepender para o resto da vida. O empreendedor, criador de empresas, sabe que "tentar e falhar é no mínimo aprender. Não chegar a tentar é sofrer a perda incalculável do que poderia ter conseguido.”

Discorrer sobre o empreendedorismo no Brasil solicita uma visita por toda a história política, econômica e social do país. Fazer uma ponte com as revoluções econômicas e sociais do mundo também é necessário. Mas, principalmente, é preciso olhar atentamente para o homem e para a mulher, o empreendedor e a empreendedora, para as mudanças, a emancipação, o desenvolvimento e as transformações por que eles (as) passam.

Falar de empreendedorismo é falar do ser humano e, por conseguinte, da capacidade nata que ele tem de se moldar, suplantar e transcender os limites impostos a ele. É encontrar uma saída, e diga-se, dos empreendedores, uma boa saída para os momentos de crise. É falar de conhecimento, inovação, sabedoria, visão, ousadia, coragem. É falar de ética, de novas possibilidades e caminhos por desvendar. Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora.

Como afirma Drucker: “tentar adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil”. Mas é possível decidir que ideia se quer ver como realidade no futuro e construir uma empresa diferente baseada nessa idéia. Fazer o futuro acontecer significa também criar uma empresa diferente. Mas o que faz o futuro acontecer é sempre a incorporação a uma empresa da ideia de uma economia, de uma tecnologia, de uma sociedade diferente. Não precisa ser uma grande ideia; mas tem que ser diferente da norma vigente no momento. A ideia tem que ser empreendedora – uma ideia com potencial e capacidade para produzir riquezas, expressa por uma empresa produtiva, em funcionamento, trabalhando – e levada a efeito por meio das ações e do comportamento da empresa. Não surge da pergunta: Com o que vai se parecer a sociedade do futuro? Mas de que grande mudança na economia, no mercado ou no conhecimento nos capacitaria a conduzir a empresa da maneira que realmente gostaríamos, da maneira pela qual realmente obteríamos os melhores resultados econômicos?

A trilogia dos E’s – Empreendedor, Economia e Empreendimento constitui a base filosófica do Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa, pois explica onde e como o empreendedor pode desenvolver o empreendedorismo, identificando suas características comportamentais para criar um empreendimento com sucesso e que fenômenos dentro da economia (mercado) podem gerar a identificação ou criação da oportunidade de negócio.

Urge incentivar o espírito empreendedor entre os trabalhadores do conhecimento para que se tornem empreendedores, criadores de riquezas. Poucos estudos se dedicam à analise da transformação de uma ideia em uma oportunidade de negócio, em um startup, "as indústrias do conhecimento elevado" (serviços profissionais, engenharia, consultoria e assim por diante). O desafio é propiciar aos trabalhadores do conhecimento condições para criarem suas próprias firmas para que sejam bem-sucedidos.

Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora. Tentar adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil. Mas é possível decidir que idéia se quer ver como realidade no futuro e construir uma empresa diferente baseada nessa ideia. Fazer o futuro acontecer significa também criar uma empresa diferente.

Este trabalho é um estudo, uma reflexão acerca do empreendedor(a) do século XXI, seu surgimento, a relação emprego x trabalho e finalmente, a materialização de uma visão, e porque não do sonho, em uma oportunidade de negócio: o fenômeno do empreendedorismo.

A proposta Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa! Ajuda a despertar para uma revolução silenciosa que está a transformar o mundo: a revolução de conectividade, que nos leva a vislumbrar um mundo em que as pessoas estão no mesmo patamar - graças à utilização da tecnologia, que nivela as condições de competitividade entre os países e amplia a integração internacional.

ENSINO DE EMPREENDEDORISMO: ALÉM DO PLANO DE NEGÓCIO – A TRANSCENDÊNCIA DE UM SONHO EM UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO

Quando analisamos as regras que hoje ditam o mercado econômico, percebemos profundas mudanças estruturais, conceituais e formais. O sistema de troca de produtos está cada dia mais inteligente, mais apurado, melhor desenhado e agregando valores e práticas diversas e porque não, universais. Vender hoje requer um nível de especialização e informação sobre o produto, o serviço e o cliente que nossos ancestrais jamais imaginaram. Conceitos nunca antes pensados pelos primeiros empreendedores e empresários fazem parte hoje do dia a dia da maioria das pessoas, em todo o mundo. Palavras como logística, satisfação do cliente, inovação e criatividade sequer faziam parte do dicionário dos antigos mascates. E essas mudanças provocaram o nascimento e/ou acomodação de padrões, posturas e possibilidades.

Possibilidade. É este o enfoque que vamos tratar, a partir de agora. Novos mercados, formas de gerência e a presença cada vez mais forte e firme de um novo elemento na economia global, o empreendedor, a empreendedora. Esta nova condição de empreendedor (a) promove mudanças na forma de gerenciar e promover os negócios mudando com isso, o mercado e, por conseguinte, a economia onde ele (a) está inserido (a). O importante agora é perceber que vivemos em uma nação onde há muito mais que violência, cerveja e carnaval. Aliás, esses temas estão sendo objetos de iniciativas, idéias e ações empreendedoras.

Pensar sobre do fenômeno do empreendedorismo requer um entendimento e uma análise da sua força motriz. Dessa forma destacamos dois elementos que são pilares na construção dessa nova modalidade de trabalho: a inovação, a partir do desenvolvimento tecnológico, e o processo de globalização promovendo o fim do emprego. Passamos da era onde se investia essencialmente nos produtos e no objeto da venda, para a valorização do humano. É o momento de se investir no capital humano.

A ótica muda de foco e os desejos e necessidades do cliente passaram a ser reconhecidos e analisados à exaustão. O lado subjetivo passa a ser o foco, pode-se dizer que os profissionais descobriram a importância de ver a organização de forma holística. Trabalha-se agora o conhecimento e não apenas o produto final, o objeto. É preciso sempre destacar que o propósito de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes, por isso é necessário ter em mente que a empresa tem que satisfazer os desejos e necessidades dos seus clientes.

Percebe-se claramente que os empreendedores devem ter uma verdadeira obsessão por ouvir e entender os desejos e necessidades dos clientes, reagirem rapidamente visando a atender às exigências dos clientes, terem uma estratégia de atendimento bem definida e inspirada no cliente. Podemos afirmar que os 5 P’s do empreendedorismo são: Paixão, Paciência, Prudência, Perseverança e Prática.

A rigidez da legislação trabalhista brasileira também vem contribuindo com grande força na promoção do empreendedorismo, por não possibilitar a flexibilidade nas contratações. Podemos destacar que no Brasil apenas um único modelo impera: aquele onde o trabalhador é obrigado a trabalhar oito horas diárias, com um mês de férias, 13º salário, indenização por demissão e todo o resto. Em todo país com legislação trabalhista rígida há mais desemprego.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FORMAÇÃO DE EMPREENDEDORES: DESAFIO DO PRÓXIMO MILÊNIO

No cenário econômico de hoje, faz-se necessária uma profunda reflexão acerca da problemática do (des)emprego. O Diário Pernambuco, sempre na vanguarda dos grandes temas da atualidade, publicou cerca de ano atrás, no dia 26/08/97, uma excelente entrevista com Jeremy Rifkin, autor de “O Fim dos Empregos”, um dos partidários da literatura da catástrofe.
São os profetas do apocalipse econômico. A razão do sucesso? Parece que escrever, muitas das vezes sem nenhuma idéia original, diatribes contra a tecnologia e a modernização, contra a livre iniciativa, as multinacionais e a globalização, transformam-se rapidamente num sucesso editorial.
O medo de perder o emprego ou passar por uma prova de não tê-lo nunca mais, transforma paradoxalmente as pessoas lúcidas e corajosas em seres assustados ou com vergonha, em ávidos consumidores de literatura favorável ao Estado intervencionista.
O estado da federação brasileira mais privatizado é o Espírito Santo, cujo governador era até pouco tempo, do Partido dos Trabalhadores. A livre iniciativa agradece, penhoradamente.
O emprego, como os conhecemos atualmente, é artefato do século passado. Realmente teremos poucos empregos, nesta virada de século. O emprego assalariado está em extinção no país, afirma “O Estado de São Paulo”, na sua edição de 24/08/97. De 1989 a 1995, de cada dez novas ocupações, apenas duas são assalariadas e oito, não-assalariadas. É a era do emprego por conta própria.
É interessante destacar quanta tinta e recursos são desperdiçados discutindo o fim do emprego. O debate deveria ser direcionado para a formação de empreendedores, pessoas capazes de criarem seu próprio emprego. O desemprego faz crescer ações individuais. É o eu micro empresa, ou melhor, ME. O indivíduo é uma marca. Como diz Tom Peters estamos vivendo a “Era do EU S.A”.
O empreendedor enfrenta o desafio de ser o próprio criador de seu posto de trabalho. É a resposta ao emprego para toda a vida.
Como preparar-se para criar seu próprio posto de trabalho, no século XXI?
Os passos que os empreendedores podem seguir para a criação de seu próprio posto de trabalho são:

•Desenvolver uma íntima relação com os computadores. Isto pode parecer óbvio, porém, sem esta capacidade o empreendedor não terá acesso à chave de todas as portas: a informação e os demais instrumentos relacionados com alta tecnologia.
•Dominar os princípios básicos de como administrar um pequeno negócio. Provavelmente dirigirá uma empresa com somente um empregado: ele mesmo.
•Pensar pequeno. Apoiado pela tecnologia da informação, o empreendedor é atualmente capaz de criar um negócio que envolva poucas pessoas.
•Aprender a trabalhar em equipe. As distâncias entre o empreendedor e o empregado estão cada vez mais diminuindo.
•Não se apegue em demasia aos detalhes. O mundo avança mais rápido do que o indivíduo pode perceber. Assim, de quase nada adianta a superespecialização. É a era da flexibilidade. O empreendedor terá de trocar de cavalo em marcha.
•Fazer aquilo que gosta. Já que está tudo tão difícil, não escolha um ramo de atividade empresarial sem primeiro meditar se realmente é aquilo que gostaria de empreender.
•Ser otimista. Pensar novas formas de negócios. Rejeitar a idéia de que ter sido demitido representa ser um fracassado. Esta é uma maneira antiquada de perceber-se o mundo, baseado na antiga premissa do emprego para toda a vida. O empreendedor tem a rara capacidade de acreditar no que faz, rompe com todos os modelos pessimistas, que são traçados nos dias de hoje.
É o ato de empreender-criar-antecipar-antecipar-decidir-agir-empreender.
Esta é uma proposta de modelo para sairmos da discussão estéril do (des)emprego por conta de terceiros.

sábado, 7 de agosto de 2010

10 MANDAMENTOS PARA CRIAR UMA EMPRESA DE SUCESSO

1.NÃO É O DINHEIRO QUE FAZ O EMPREENDEDOR
Muitas pessoas afirmam que não fazem uma empresa porque não têm dinheiro. Têm ótimas ideias (dizem.....) mas não as põem em prática porque não dispõem de recursos financeiros.
A experiência demonstra que não é o dinheiro que faz o empreendedor. O criador duma empresa é normalmente alguém que não tem dinheiro suficiente para colocar no negócio, mas que todavia dispõem de outros recursos que o levam a insistir e a triunfar. O seu triunfo é quase impossível se entrar a fazer o jogo das grandes empresas que respondem só com dinheiro aos problemas. Pelo contrário, aos problemas o empreendedor de sucesso, responde com o que tem. A sua riqueza é outra. Os recursos clássicos do empreendedor são fundamente três.

2.A RIQUEZA DO CRIADOR DE EMPRESAS: PERSISTÊNCIA, ATIVIDADE E TEMPO
O que faz um bom empreendedor? Por mais que custe a aceitar, nunca vimos ninguém deixar de fazer uma empresa por falta de dinheiro. E já vimos muita gente fechar por excesso de dinheiro ( e por não saber como aproveitar o seu valor)
a)o criador é persistente
Existe uma grande diferença entre persistência e teimosia. O teimoso insiste em responder ao problema sempre da mesma maneira, batendo com a cabeça nas paredes, negando o óbvio e o evidente. O empreendedor persistente não desiste, mas tenta constantemente novas maneiras de atacar o problema.

b)o criador é criativo
A persistência implica o segundo recurso clássico dos empreendedores: criatividade, imaginação. A criatividade é necessária para procurar constantemente novas soluções quando outras falham. E persistência e criatividade exigem o terceiro recurso abundante nos criadores de empresas.

c)O criador tem tempo
O criador dispõem do seu próprio tempo, e investe o seu tempo na resolução dos problemas que a sua iniciativa ocasional. Ele não tem relógio de ponto, nem 8 horas por dia, nem 40 horas por semana, nem férias. O tempo consagrado substitui muitas vezes a falta de dinheiro na resolução dos problemas, e na procura de oportunidades de sucesso. Mas, como dispender persistência, atividade e tempo, em vez de dinheiro? Tentemos concretizar, olhando para exemplos de comportamentos de empreendedores de sucesso.

3.IDENTIFIQUE CLIENTES E NECESSIDADES
Para a nova micro ou pequena empresa, a questão não é determinar a dimensão do mercado para o seu produto ou serviço. Muitas micro ou pequenas empresas necessitam apenas dum modesto volume de vendas para sobreviver. A questão a responder consiste em determinar se existe um mercado suficientemente grande para conseguir fazer lucros. Persistência, criatividade e tempo devem ser consagrados a perceber que oportunidades existem junto dos nossos potenciais clientes para um produto ou serviço que lhes interesse, e onde possamos fazer um trabalho melhor do que o dos nossos concorrentes. Melhor, na opinião de nossos clientes, e não na nossa.
Este é ponto de partida de qualquer empreendedor de sucesso:
a)Identificar claramente quem vão ser os nossos clientes;
b)Descobrir que necessidades têm, que possamos satisfazer;
c)Determinar que razões os levarão a comprar a nós, em vez de comprarem à concorrência;
d)Fornecer esses produtos e / ou serviços;
e)Cobrar por esses fornecimentos:
f)Sorrir: é importante ter prazer com o negócio.
Qualquer negócio de sucesso depende em primeiro lugar de obter receitas suficientes.

4.REDUZA OS INVESTIMENTOS
O segundo desafio a ter em conta consiste em encontrar maneiras de reduzir o investimento inicial. Esta medida poupa dinheiro, diminui os riscos e, em simultâneo, aumenta a rentabilidade do investimento.
A rentabilidade depende da divisão dos lucros pelos investimentos e portanto, quanto mais baixos forem os investimentos, tanto mais elevada será a rentabilidade.
Muitos empreendedores de sucesso devem o seu êxito à persistência, imaginação e ao tempo que dedicaram a tentar evitar investimentos desnecessários
Evitar comprar equipamento novo, se o equipamento em segunda mão servir, evitar comprar instalações se puder alugar, evitar alugar se puder começar por pedir emprestado, tudo isto são medidas a tomar exceto se for absolutamente essencial seguir a solução mais dispendiosa.
Um empreendedor que conhecemos, poupou alguns milhares de reais ( e acelerou a entrada da empresa no mercado) negociando com uma entidade instalações desocupadas, em vez de construir de novo. Outro empreendedor, pediu emprestado computadores a um fabricante, em vez de os adquirir. Outro começou por subcontratar a produção de sapatos, antes de fazer uma fábrica.

5.REDUZA OS CUSTOS FIXOS
Minimizar os custos fixos é também uma opção inteligente. Custos administrativos, salários, aluguel, podem consumir as reservas de fundos antes que as receitas permitam cobrir estas despesas.
Alguns empreendedores encontram maneiras de, no período inicial, terem pessoal a tempo parcial, em vez a tempo inteiro. Às vezes, oferecem também quota na sociedade, participação nos lucros, ou mesmo comissões sobre as vendas, após a sua cobrança.
Tratar bem o pessoal, dar-lhes desafios atrativos, oportunidades para se valorizarem e desenvolverem, compensa às vezes salários reduzidos ou mesmo atrasados. Mas tudo isto tem naturalmente um limite. E exige um comportamento profundamente sério, já que aumenta as expectativas dos colaboradores.
Podem-se reduzir despesas começando por partilhar instalações, pessoal, telefones, água, luz, e, equipamento de escritório. Nos principais centros urbanos, já muitas começam assim. São as incubadoras de empresas. Locais acolhem novas empresas, dando-lhes suporte para que possam desenvolver-se.

6.PREPARE AS NEGOCIAÇÕES CRÍTICAS
Muitas das novas empresas que temos analisado parecem ter sido criadas com base em muito poucas negociações verdadeiramente críticas. Estas negociações podem envolver a primeira venda significativa, o contrato com o fornecedor principal, ou o financiamento da empresa. Sem estas negociações, o projeto mantem-se como uma abstração de quem o sonhou. Já temos contudo reparado que o tempo investido a preparar estas negociações é quase sempre curto.
O que lhe recomendamos é precisamente o oposto: tem que se colocar numa perspectiva de marketing, estudar o seu eventual “cliente” (seja ele um comprador, um vendedor ou banqueiro) e ver quais são as suas verdadeiras necessidades, desejos e aspirações, que você precisa satisfazer. Precisa duma proposta concreta e essa proposta deve satisfazê-lo não somente a você, mas também ao seu cliente.
Seja flexível e criativo, mas prepare-se para não ceder no essencial. Portanto, precisa de começar por estabelecer e distinguir entre os seus objetivos principais e secundários,, determinando depois o como quer atingir esses mesmos objetivos, e o que está disposto a ceder.

7.NEGOCIE O VALOR DA SUA QUOTA
Muitas vezes, o futuro empreendedor não tem dinheiro para constituir o capital social da empresa e paralisa o seu projeto por não encontrar solução para a situação.
Recomendamos que comece por fazer o plano de investimentos e orçamentos. Assim poderá determinar o total do investimento necessário. Se admitir que 1/3 seja financiado por capitais próprios e 2/3 por capitais alheios, está dentro de valores aceitáveis pela generalidade dos agentes financeiros.
Como arranjar os capitais próprios necessários? E como valorizar a sua quota? Se o projeto é viável, a sua idéia e o seu trabalho valem dinheiro e o lógico, se acredita no seu projeto, é que lhe paguem esse valor.
Assim, utilizando a técnica do valor atualizado líquido (V.A.L) poderá chegar à conclusão de que a empresa que necessita de um capital social de 3 mil reais (por exemplo) vale realmente 90 mil reais. Se assim for, pedirá 3 mil reais por uma quota de 30% do capital social. Cede assim 900 reais do capital social e seu “lucro” na operação permite realizar a sua quota de 70% do capital social, ou seja 2100 reais, trata-se de um negócio interessante para ambas as partes, e você conseguiu manter a maioria do capital.
Se não souber utilizar a técnica do V.A.L., peça a um amigo ou a uma pessoa de confiança que o faça para você. Mas não cometa o erro frequente de vender por 3 o que vale por 10.

8.ESTABELEÇA AS ALIANÇAS FUNDAMENTAIS
Uma parte importante do sucesso dos empreendedores é devida às redes de relações que conseguem estabelecer. Alguns criadores de empresas estão sempre a multiplicar os seus contatos úteis pedindo sugestões de pessoas a quem devem contatar para ajudarem a concretização da sua idéia.
Os próprios empreendedores já estabelecidos gostam muitas vezes de ajudar quem está começando, e se forem devidamente abordados, são capazes de sugerir numerosos contatos úteis.
Mas estas pequenas alianças não se fazem apenas com empreendedores. Conhecer um problema que um técnico tenha colocá-lo em contato com outro técnico que tenha resolvido um problema similar pode ser de imensa utilidade. Ter boas relações com secretárias, contínuos, porteiros, por exemplo, pode ser de imensa utilidade para saber quando e com quem falar.

9.OLHE PARA OS CLIENTES COMO OS SEUS PATRÕES
A satisfação dos clientes é a verdadeira razão de ser de um negócio no longo prazo. Procure assim estar sempre junto deles e organizar a sua empresa e o seu pessoal para satisfazer As suas necessidades, como lucro para a sua empresa.
Tente as novas oportunidades para fornecer serviços de qualidade, pagos como tais. A qualidade compensa, e é o serviço especial que permite ao empreendedor fugir a uma concorrência baseada no preço.
Procure desta forma estar à frente da concorrência. Tente perceber o que é que os seus concorrentes não fazem a contento das clientelas e, se encontrar aí um potencial de lucros, não hesite: prepare novos produtos e serviços, aproveitando essas oportunidades.
Aproveite para aprender com os seus clientes. E mostra-se grato por isso. O cliente é o verdadeiro patrão que lhe paga ordenados e lucros.

10.FAÇA O PLANO DE NEGÓCIO
Para convencer investidores experientes a apoiar um novo negócio, é necessário fazer um plano de negócio. Qual deve ser o conteúdo do plano? Um sumário poderá incluir os seguintes tópicos:

1.O Produto / Serviço - Que produtos ou serviços se vão comercializar?
Que vantagens oferecem sobre os da concorrência, que levem os clientes a adquiri-los?
2.O Mercado Alvo -Quem vai comprar os produtos ou serviços? Quantos são? Onde estão?
3.A Concorrência - Onde é que os clientes obtêm os produtos ou serviços agora? Em que é que estes diferem dos nossos? Quais são as forças e fraquezas dos principais concorrentes?
4.O Marketing - Como é que os clientes vão tomar conhecimento da existência dos novos produtos? Onde é que os podem adquirir? Através de que canais é que lá chegam?
5.Administração - Qual é o curriculum do empreendedor? Qual é a sua equipe? Quem coordenará as atividade de marketing, produção, finanças e administração geral? Quem decide do que fazer e de quando fazer?
6.Resultados financeiros - Quais são os lucros estimados e quando serão feitos? Qual é o investimento necessário? Quanto valerá a empresa daqui a um ano? Daqui a 2 anos ? Daqui a 5 anos? Antes de iniciar o plano, decida para quem o vai escrever. Isso facilita o colocar-se na pele do leitor que tem de tomar decisões, um dado essencial para que o estilo e o conteúdo se adapte às necessidades desse seu “cliente”. E agora, mãos ao trabalho. Faça uma empresa de sucesso.

Texto de Emanuel Leite Adaptado de Eduardo Cruz .