sábado, 25 de setembro de 2010

CARACTERÍSTCAS DO COMPOTAMENTO EMPREENDEDOR

CARACTERÍSTCAS DO COMPOTAMENTO EMPREENDEDOR
Apresentamos as cinco características que possui una pessoa inovadora; associação e questionamento são práticas de grandes personagens como Jeff Bezos da Amazon, gente como Jobs, Apple, são os nossos exemplos de como deve ser um inovador nato.
Podemos destacar o espírito inovador de Jobs no lançamento do produto mais sonhado de todos os tempos que é o novo iPad da Apple. Este evento despertou muitas polêmicas por suas características, e seguramente muitas reflexões entre executivos e empreendedores que se perguntam. Algum dia minha companhia pode chegar ao nível de inovação de Apple? Posso ser um inovador como Steve Jobs?
Professores de Harvard Business School e Insead realizaram um estudo publicado em dezembro de 2009, com 3000 executivos e 500 empreendedores, incluindo a personagens como Jeff Bezos, fundador da Amazon, Herb Kelleher co-fundador da Southwest Airlines; e Niklas Zennström co fundador da Skype, Joost, Atomico Kazaa. Neste estudo se identificaram 5 características que possui uma pessoa inovadora.
Associação. Capacidade para conectar temas, problemas e ideias que aparentemente não tem nenhuma relação entre si. Este método é conhecido como o "Efeito Medici" (nome dado devido a explosão criativa acontecida em Florência quando a família Medici reuniu a pessoas de diferentes disciplinas: filósofos, arquitetos, pintores, científicos, poetas, e escultores). O mesmo Steve Jobs tem dito que "a criatividade é una questão de conectar os pontos". Questionamento. Constantemente obsoleto o conhecimento com perguntas como "por quê não?" E sim...?". Uma simples forma de levar a diferentes soluções. Peter Drucker, escritor e consultor de negócios, disse a mais de 50 anos: "O importante e difícil não é encontrar as respostas adequadas, se não as perguntas adequadas".
Observação. Sabem identificar as necessidades de seus consumidores sem esperar os resultados de estudos de mercado. Observam os detalhes de como as pessoas falam, usam os produtos,los adaptam, o criam novas formas de resolver seus problemas.
Experimentam. Proativamente criam protótipos e lançamentos de programas piloto. Edison afirmava: "Não tinha falhado, só lhe encontrado 10,000 maneiras de que não funcionam". Uma das vantagens de esta época é que incluso cada vez mais consumidores participam nestas provas de produto, e \os desenvolvedores de software o sabem aproveitar. É muito comum instalar nosso computadores versões Beta, mientras os programadores registram como o usamos, que falhas têm e como melhorar-las para uma futura e melhorada versão.
Fazem redes. Se relacionam com pessoas que tem ideias e perspectivas diferentes. Assistem a conferências de tópicos que não necessariamente estão relacionados com seu negócio. Visitam outros países e fala\m com a gente sobre sua vida diária
Ser um excelente comunicador. De nada servem as boas ideias se não podem ser transmitidas aos tomadores de decisão na organização, nem a equipe encarregada de desenvolver o projeto, e muito menos se não se pode persuadir e despertar emoções nos consumidores. As apresentações de produto de Apple são memoráveis, não somente pelas características do produto, se não por o bem estimado carismático discurso de Jobs.
Não ter medo de errar. Aceitar os contratempos e negativas que surjam no processo como aprendizagens para aperfeiçoar o resultado final.
Paixão. Estar seguro que se está em um espaço que permite iniciar o dia com entusiasmo para atuar, e sentir ao final do dia que se fez algo grandioso.
Ter ao menos um par destas características em mente e praticar-las com freqüência, é um bom começo para que qualquer profissional ou equipe comece a desenvolver ideias que mudem processos e resultados.

domingo, 19 de setembro de 2010

EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO, INCUBAÇÃO E A LEI DE INOVAÇÃO TRANSCENDENDO O PARADIGMA DA EMPREGABILIDADE

Com o advento da tecnologia várias portas se abriram: a livre concorrência, o contato com diversas marcas e produtos mundiais, o acesso a informações on-line, guerra de preços. Tudo isso provocou uma mudança no papel do consumidor, que passa da postura de sujeito passivo do mercado para verbo, ou seja, aquele que determina a ação, em outras palavras, que escolhe, decide e efetua a compra.
Homens e mulheres estão cada vez mais exigentes quando o assunto é qualidade, preço e adicionais acrescidos aos produtos e serviços. Ganha o cliente quem primeiro identificar quais são as necessidades destes. De nada adiantará qualquer avanço tecnológico se este não for aplicado no aprimoramento do produto ou serviço e na busca da satisfação do público a que ele se destina.
É bem verdade que a era da informação e, por conseguinte, do desenvolvimento tecnológico, modificou e até mesmo extinguiu alguns empregos, mas também é verdade que muitos outros foram criados, como é o caso dos profissionais da informática, abrindo ainda possibilidades em vários outros campos como a medicina e as comunicações.
O importante nesse contexto é perceber que dimensões foram ampliadas com o aprimoramento científico. A era do conhecimento elevou o objeto de estudo que passa do produto para as idéias: “O empreendedorismo será a alternativa profissional para muitos indivíduos no século XXI (...) as idéias são a nova moeda do mundo empresarial.”
É nesse contexto que se estabelece de forma decisiva a figura do empreendedor. Ele surge como uma alternativa viável, qualificada, responsável e com capacidade de gerenciar os conflitos que o mercado global apresenta. E o campo central dessa história é ocupado pela inteligência: “Conhecimento é poder. É a importância da tecnologia, sua implicação no dia-a-dia das empresas, na superfície palpável dos negócios, ou seja, o impacto da tecnologia sobre os clientes, processos, serviços, comércio internacional (...)”
Essa nova categoria de trabalhador, o empreendedor/ empreendedora, tem consciência da importância da tecnologia e dos avanços promovidos por ela e, principalmente, das implicações no dia-a dia das organizações. Neste momento, as empresas precisam pensar e agir como “organismos vivos” e se adaptar às mudanças econômicas, sociais e tecnológicas para continuarem a sobreviver.
Esta era de constantes mudanças no campo da tecnologia propõe, ou melhor, impõe uma mudança concreta na forma de pensar e agir. São necessárias e urgentes adaptações na forma como aprendemos e construímos novos saberes.
Importante fazer uma reflexão a cerca das conseqüências de posturas e perspectivas impostas pelos que ele chama de a “era digital”. A realidade que enfrentamos é muito preocupante, porque o que está a desaparecer não são apenas determinados empregos em setores de atividade específicos. O que está a desaparecer é a figura do emprego em si. Essa entidade social tão procurada como uma espécie que ultrapassou o seu período evolutivo. Atualmente, o mundo do trabalho está novamente a mudar. As condições que há 200 anos criaram empregos - a produção em massa e as grandes organizações - estão a desaparecer. A tecnologia nos permite automatizar as linhas de produção, quando anteriormente um elevado número de empregados executava tarefas repetitivas. Em vez de longos processos de produção, onde a mesma ação tem de ser repetida vezes sem conta, opta-se, cada vez mais, por uma produção individualizada.
As grandes companhias, onde antes se encontravam os melhores empregos, estão a desdobrar as suas atividades e entregá-las a pequenas empresas que criaram ou ocuparam nicho de mercado rentável. Os serviços públicos estão a ser privatizados, e a burocracia governamental, o último bastão da segurança no trabalho, tem vindo a ser reduzida. Com o fim das condições que criavam empregos, desaparece a necessidade de rotular o trabalho dessa forma.
A maioria das pessoas ainda não conseguiu digerir a idéia do fim dos empregos. Elas fazem uma leitura errônea da situação. Para muitos, o fim dos empregos significa o fim do trabalho e isso não é verdade. O que o atual sistema impõe são mudanças na visão, no aprimoramento e na forma de execução e criação de produtos e de serviços. O caminho que se abre é o das organizações individuais, ou seja, o indivíduo, que é dotado de saberes e capacidades, oferece a sua mão-de-obra, seus conhecimentos e aptidões para a execução dos serviços.
Na verdade, aumenta e muito a quantidade do trabalho. E isso porque agora ele, o trabalhador/ a trabalhadora, terão que fazer tudo, agora ele/ela são a empresa. É preciso ter consciência das suas habilidades, irem à busca dos clientes, convencê-los de que é a melhor opção, ter preço e prazo, oferecer serviços de qualidade, dar garantias, pagar impostos. Em outras palavras, ele terá que ser o administrador, o contador, o profissional de marketing, o vendedor, o departamento jurídico. Some-se a tudo isso a necessidade de estar constantemente olhando o mercado e percebendo suas atualizações e mudanças. Enfim, ele sozinho terá que fazer tudo que uma empresa com vários funcionários fazia e ainda se sair bem, só assim garantirá sua existência e subsistência. Estes empreendedores e empreendedoras precisam descobrir/criar novos nichos de mercados.
Um primeiro entrave nessa mudança de perspectiva frente à idéia de emprego e trabalho está na formação cultural e acadêmica ainda adotada na nossa sociedade. As pessoas são formadas para trabalhar, num sentido de execução de atividades, quando deveriam ser provocadas a pensar, num primeiro momento, e a ousar e ter a capacidade para arriscar-se, num segundo. O empreendedorismo caminha de mãos dadas com esses elementos: a ousadia, a coragem de tentar e de transpor barreiras e, principalmente, com a capacidade de criar e implementar.
Mas a escola brasileira não pensa assim, ela veta a capacidade do ser humano de pensar e resume-se apenas a repassar informações. A interdisciplinaridade não é praticada, assim como também não é desenvolvida a capacidade de inter-relações, outro elemento importante para o desenvolvimento do espírito empreendedor.
Mas as modificações no mundo do trabalho já começaram a acontecer. É só parar um pouco e observar: cresce, no Brasil, o número de empresas de pequeno e médio porte, há cada vez mais profissionais liberais ou free-lances no mercado funcionando como empresa física, aumenta-se também o número de empresas terceirizadas e, como não poderia deixar de ser, estas pessoas procuram cada vez mais por informações e conhecimentos. Afinal, estamos na era da informação digital e tudo passa por ela, pois o mercado agora é uma aldeia global.
O Brasil está então em um caminho sem volta. Portanto, é preciso mergulhar nas novas possibilidades. Encorajar, incentivar e apoiar o desenvolvimento do espírito empreendedor e da iniciativa individual, especialmente as iniciativas de base tecnológica.
A condição de trabalhador/empreendedor autônomo impulsiona transformações na prática e no exercício diário destas pessoas. É preciso investir cada vez mais no conhecimento e na atualização. Estudar passou a ser um compromisso que independe de idade e nível de formação. Uma outra mudança é na forma de trabalhar. O empreendedor não precisa, necessariamente, estar presente fisicamente na organização onde trabalha. Com a internet, é possível estar “ligado” à empresa, mesmo à distância. Isso não só significa novidade, como também redução de custos. O importante é a promoção dos resultados, e não o método como eles estão sendo feitos.
“O rápido crescimento da economia digital fará com que muitos indivíduos descubram que exercerão suas atividades profissionais, não mais na condição de meros
empregados, porém assumindo o papel de um trabalhador autônomo, por conta própria, uma verdadeira empresa individual”.

domingo, 12 de setembro de 2010

EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO, INCUBAÇÃO E A LEI DE INOVAÇÃO - O (DES)PREPARO PODE (IN)VIABILIZAR UM EMPREENDIMENTO

A passagem de assalariado para empreendedor exige planejamento e persistência, pois o retorno pode demorar mais do que espera o criador do negócio. A realização profissional, financeira e pessoal - a felicidade - de quem deixa a condição de empregado para tentar a sorte em um negócio próprio, está ligada à maneira como é feita a preparação para essa mudança.
O domínio de aspectos psicológicos - como a consciência de uma possível perda de status-, materiais - estar preparado para investir durante um período considerável de tempo na maturação do negócio - e estratégicos - pesquisar o mercado e avaliar sua afinidade com ele - são os principais fatores de sucesso do novo empreendedor.
As principais armadilhas para o empreendedor são:
a) escolher negócio incompatível com sua personalidade, habilidades e experiência profissional;
b) as expectativas;
c) fazer avaliação incorreta do mercado e da aceitação do produto;
d) desconhecer princípios de administração, finanças e contabilidade;
e)exagerar na obtenção de empréstimos;
f) divulgar-se de forma ineficiente ou cara;
g) aplicar técnicas inadequadas de vendas;
h) não calcular o preço de vendas e estoque ideais;
i) contratar funcionários além do necessário; j) viver do fluxo de caixa e não dos lucros; e
k) ao primeiro sinal de sucesso, tentar dar o passo maior que a perna.
Quando um empreendimento parece saudável, é difícil se comportar como se houvesse uma crise. Eis porque uma das etapas mais difíceis em gestão, especialmente em empreendimentos de alta tecnologia, é reconhecer a necessidade de mudança e mudar, enquanto é tempo. É preciso estar vigilante para perceber a onda de mudança; nem sempre esta tarefa é fácil.
Frente a toda essa onda de mudanças, as empresas podem ser tentadas a adotar modismos atuais da administração que apregoam mudanças radicais em todas as suas dimensões. Os empreendedores deveriam tomar cuidado porque esses modismos não apenas estão errados, mas são também perigosos. Qualquer instituição humana que quer ser duradoura precisa ter um conjunto de valores básicos e um senso de propósito central que nunca deveriam mudar.
Quando o ambiente competitivo de uma empresa está mudando, contribui, de forma significativa na postura do empreendedor ao afirmar: “Vamos levar isso adiante. Vamos usar alguns de nossos recursos e ir adiante”. Todavia, a realidade demonstra que este comportamento, infelizmente, é raro. A luta pela sobrevivência no mercado é, realmente, muito árdua, tendo o empreendedor que enfrentar desafios a todo instante.
Empreendedor de sucesso está sempre enfrentando a todo instante uma verdadeira corrida de obstáculos. Os erros mais comuns na gestão de empresas de base tecnológica são:
a) desconhecer as necessidades do consumidor;
b) depender de poucos fornecedores e compradores;
c) basear o negócio em apenas um produto/serviço;
d) desprezar a concorrência;
e) ignorar as variáveis e tendências do mercado;
f) prescindir de vantagens competitivas;
g) descuidar da formação e treinamento dos funcionários;
h) esquecer de definir metas;
i) usar equipamentos e processos industriais e administrativos obsoletos;
j) deixar de definir parâmetros e sistemas de controles;
l) negligenciar no controle de qualidade;
m) dimensionar mal o nível de endividamento; e
n) investir pouco ou nada na imagem da empresa.
Em qualquer época ou circunstância, nenhuma empresa jamais será bem-sucedida sem um modelo ou uma teoria do negócio que responda sem dificuldades as indagações há tempos formuladas por Drucker(1985):
a) Quem é o cliente?
b) O que é importante para ele? Além disso, responde também àquela pergunta que todo empreendedor sério se faz: como é possível ganhar dinheiro nesse negócio? e
c) Que lógica econômica permite que eu proporcione ao cliente aquilo que ele deseja a um custo suportável?
O risco do fracasso é algo com que o empreendedor tem de aprender a conviver. Todo fracasso empresarial tem sua própria história, sendo este, na maioria das vezes, fruto de equívocos que podem levar o empreendimento à falência. O empreendedor, geralmente, percebe que o fracasso é uma excelente oportunidade de começar novamente, inteligentemente, mais experientemente, um novo empreendimento.
O sucesso de um empreendedor pode ser precedido por uma série de fracassadas tentativas de empreender um negócio com êxito.
Para sobreviver, os empreendedores devem perceber que é necessário desenvolver mecanismos visando:

a) adaptabilidade: quando o tempo é de transformações é preciso mudar rapidamente para poder acompanhá-las;
b) independência: empreendedores não desejam um emprego, por mais seguro que seja. O controle de seu próprio destino é dos seus principais objetivos;
c) audacioso: arrojado, fixa meta e objetivos desafiantes para si e seus colaboradores;
d) persistente: enfrentar com muita garra os obstáculos, procurando fórmulas criativas para vencê-las;
e)aceitação de sacrifício: tem plena consciência do preço do sucesso - adia retiradas monetárias, caso a situação do empreendimento exija este comportamento;
f) habilidade para dirigir seu empreendimento em tempos de mudanças e turbulências;
g) capacidade para avaliar suas idéias, dimensionando-as em termos de oportunidade; e
h) ter o espírito empreendedor no seu sangue.
As chaves para o sucesso gerencial dos empreendedores de empresas de base tecnológica. Os passos necessários para que o empreendedor de base tecnológica seja bem-sucedido são os seguintes:
a) investir toda a força de sua juventude na determinação e perseguição de elevados objetivos;
b) perceberem que nunca devem deixar de estudar - a reciclagem e a aquisição de novos conhecimentos são de fundamental importância para um empreendedor de empresa de base tecnológica;
c) ser criativo;
d) ser inovador; e
e) cercar-se da melhor equipe de colaboradores que puder montar.
Somem-se a estas, outras fortes características: a busca pelas oportunidades e iniciativa, a persistência, a capacidade de correr riscos calculados, exigência da qualidade, eficiência e eficácia, comprometimento, busca de informações, estabelecimento de metas, planejamento e monitoramento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança. Tudo isso faz parte do que McClelland (1961, 1965, 1995) constatou em seus estudos, identificando três necessidades básicas que os indivíduos apresentam: realização, poder e afiliação.
Portanto, empreendedor é todo aquele trabalhador, toda aquela trabalhadora, que põe em execução o sonho de gerenciar seu próprio negócio, que está atento às mudanças e as entende como provocações para a criação de novos saberes, produtos ou serviços, que é capaz de se agregar a outros trabalhadores e promover mudanças estruturais na economia e na sociedade. No entendimento de Leite (2002) ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber idéias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceitualmente, e a capacidade para ver, perceber a mudança como uma oportunidade.
Transformando uma Visão em uma Oportunidade de Negócio – O Empreendedor, a Empreendedora do Século XXI.
Os constantes avanços tecnológicos provocaram mudanças na estrutura, forma e na definição de emprego. Tomo como conceito uma definição de emprego muito clara: ato ou efeito de empregar, função, cargo, colocação, lugar, ocupação, trabalho, situação ou funções de quem faz serviços em repartição pública ou estabelecimento particular, cargo etc.
Este é o conceito que a maioria dos brasileiros, portugueses e espanhóis incorporou ao seu dia-a-dia. Emprego como sinônimo de garantia e estabilidade. Culturalmente apreendido e repassado de geração em geração, mas com uma significação estática, fixa. Mesmo com todo o aparato tecnológico e os avanços nesta área, as pessoas que ingressam ainda hoje nas universidades, ou mesmo nos cursos de nível técnico almejam um mesmo futuro: terminar o curso, ser contratado por uma multinacional ou por uma estatal e assim ter uma vida “normal”.
Essa visão estática do termo emprego seria perfeita se estivéssemos situados na primeira metade do século passado, onde as linhas de produção exigiam trabalhos manuais, repetidos e o raro uso da inteligência e do conhecimento.
A mulher, personagem até então reservada aos cuidados da casa e à educação dos filhos, emancipa-se e paulatinamente ingressa no mercado de trabalho. A sociedade urgia mudanças e novas saídas para o crescente desemprego e a grande falta de perspectiva de vida para os muitos brasileiros. E como a evolução é um processo contínuo e o ser humano tem a capacidade nata de surpreender e superar qualquer barreira, o Brasil ainda que tarde, estão mudando.
E é essa capacidade de mudança que o ser humano se permite ter, alimentada pela falta de perspectivas de emprego, no campo do trabalho e pelos avanços tecnológicos que proporcionou, ainda que a poucos, o acesso à rede de informações mundiais, via computador, que possibilitou a gestação e o nascimento de uma nova forma de trabalho: o empreendedorismo.
Para essa aptidão ímpar de mudança e de adequação peculiar ao homem e à mulher, tão necessários na composição das características do empreendedor, esta capacidade de adequação e transcendência aliada à necessidade e à coragem de propor e implementar mudanças é o adubo perfeito para o empreendedorismo. E o momento histórico requer iniciativas, descobertas e novos caminhos como as criadas pelos empreendedores. Do início da teoria econômica, com Adam Smith, até muito recentemente, os economistas explicavam o desenvolvimento das nações como resultado de três variáveis: mão-de-obra barata, matéria-prima abundante e capital disponível para investimentos. Hoje, sabe-se que existem duas outras variáveis, provavelmente mais importantes que as demais: a tecnologia e o ”empreendedorismo” (o espírito empreendedor). O empreendedor/criador de empresas de base tecnológica, via incubadora, é um filho da revolução do saber, que a cada dia aumenta o seu quociente de inteligência.
Para criar realmente o espírito empreendedor em nossos jovens, para o desenvolvimento de um negócio próprio ou a própria vida com elevado espírito empreendedor, é preciso desenvolver a capacidade de perceber seus próprios talentos e vocações, de sonhar, aprender e se esforçar na edificação de seu próprio futuro. Além disso, é necessário direcionar sua atenção para as oportunidades que existem em seu entorno socioeconômico. Vivemos a era da criação de oportunidades.
Espera-se que o ensino do empreendedorismo estimule o desenvolvimento da capacidade empreendedora, aliada à aprendizagem adquirida e a força disponível nos jovens com bom nível de maturidade.

EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO, INCUBAÇÃO E A LEI DE INOVAÇÃO O (DES)PREPARO PODE (IN)VIABILIZAR UM EMPREENDIMENTO

sábado, 4 de setembro de 2010

EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO, INCUBAÇÃO DE EMPRESA E A LEI DE INOVAÇÃO

Não Ria! Eis o meu Plano de Negócios!

Não goze! Eis o meu plano de negócios. A primeira lei dos negócios reza: o seu plano contém o único cenário que não vai acontecer. Preparado para as outras? É preciso antes do que qualquer plano desenvolver nas pessoas o espírito empreendedor.
Os desafios para fazer negócios no Brasil são bem conhecidos. O maior obstáculo, entretanto, é a imprevisibilidade. Administrar uma empresa nesses países é como dirigir um carro de corrida em uma pista desconhecida e com neblina. Os empreendedores devem se antecipar e se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Os empreendedores precisam aprender a dominar um conjunto de técnicas de gestão que tornem suas empresas prontas para se adaptar. Precisam reagir rapidamente a crises recorrentes, navegar a despeito da visibilidade limitada e encontrar maneiras de tirar vantagem da turbulência que ameaça os concorrentes menos flexíveis.
O projeto de Deus correu bem nos primeiros anos. Até que apareceram os negócios. Quando primeiro emergiu numa forma reconhecida, na Idade Média, o negócio não era mais do que uma extensão das dimensões sociais da comunidade. A palavra «companhia» deriva do conceito de juntar o pão (do latim cum panis). Mas se carregarmos no botão do fast forward até aos finais do século vinte e carregarmos, depois, no play, vemos uma imagem muito diferente. Complexo, paranóico, anti-social, hierárquico, burocrático, rotina e tenso — algumas destas palavras dizem-lhe alguma coisa?
As formas como os negócios modernos se desenvolveram foram um dos principais erros de Deus. E existe alguma forma de pôr ordem neste caos? Felizmente, acredito que sim. Da mesma forma que as leis universais governam a nossa existência — como a morte e a gravidade —, acredito que uma série de leis universal existe nos negócios. Por exemplo, quase todas as empresas criam um plano de negócios, uma reflexão acerca do presente e do futuro. Imagine que Deus teria acesso ao seu plano. Já o estou a ver, a rir-se que nem um doido: o que você diz do presente já é engraçado, mas as suas previsões para o futuro são muito mais hilariantes. É que Ele já sabe o que vem aí. Isto leva-nos à primeira lei universal: quando tiver completado o seu plano de negócios, ele contém o único cenário que garantidamente não acontecerá.
Esta lei ajudá-lo-á a diferenciar os administradores dos empreendedores. O primeiro vive para o plano. O empreendedor, por outro lado, volta da apresentação, coloca o documento junto de todos os outros, digere o fato de que, pelo menos, há uma noção clara do que não irá acontecer e prepara-se para lidar com o que quer que seja que vem aí.

Reconhecer (se) Empreendedor – Reconhecer (se) Empreendedora

Mas, afinal, o que significa ser empreendedor? Quais são as características, ou melhor, como reconhecer(-se) um empreendedor, uma empreendedora? Uma importante observação de Drucker (1985) sobre o que difere um empreendedor de uma pessoa qualquer.
Mas o que é um empreendedor/criador de empresas? Drucker (1985) alerta que este título não pode ser aplicado a todo audacioso que inicia um pequeno negócio. Os empreendedores são pessoas que estão simultaneamente criando novos tipos de negócios e aplicando novos e insólitos conceitos administrativos.
O vocábulo entrepreneur apresenta algumas dificuldades para ser traduzido para a língua portuguesa, porém podemos afirmar que um empreendedor é um indivíduo que empreende, criativo, arrojado e que procura sempre fazer coisas diferentes. Empreendedores são um dos ativos mais importantes de qualquer economia. Difícil é ser um deles. Empreendedores são ágeis, persistentes e, geralmente, trabalham com um tipo de capital intangível: boas idéias. Empreendedorismo (espírito empreendedor), terra, trabalho e capital são os quatro pilares de uma sociedade fundamentada na livre iniciativa, Leite (2002).
Os empreendedores estão comprometidos num processo onde Schumpeter (1984, 1988) descreveu como “destruição criativa”, ou seja, “romper com velhos hábitos, para gerar respostas novas às carências e desejos do mercado. Eles (os empreendedores) forçam situações, com o objetivo de mudar as coisas para melhor. São construtores compulsórios: quando começam, não param mais”.
É importante esclarecer que a ação do empreendedor não está determinada a um eixo único, ou seja, qualquer pessoa, empregada ou não, pode ser empreendedora. O empreendedorismo está para a relação subjetiva do ser humano, o que existe antes de uma ação empreendedora é o espírito empreendedor.

Apostolado da Nova Religião do Risco

“Nada na empresa substitui o risco. Assim como na política, quem não tem coragem não é estadista, é politiqueiro. Na empresa quem não assume risco não é empreendedor, é burocrata”.A noção de que o futuro reserva aos empreendedores mais do que um exato capricho dos deuses é uma idéia revolucionária. Nada mais foi debatido, nos últimos tempos, do que o traço característico do empreendedorismo, que é sua capacidade de correr riscos calculados.
A quantificação do risco define as fronteiras entre os tempos modernos e o resto da história da humanidade. A velocidade, o poder, a livre movimentação de idéias e capitais e a comunicação instantânea que caracterizam a era do empreendedor teriam sido inconcebíveis, antes que a ciência substituísse a superstição como um baluarte contra os riscos de todos os tipos.
Espírito de empresa e o fenômeno de gostar de assumir riscos.O empreendedor tem de estar preparado para enfrentar, no seu dia-a-dia, três tendências: exposição a uma era de descontinuidades, arrogância de quantificar o que é impossível quantificar e ameaça do crescimento dos riscos, ao invés da sua capacidade de saber administrá-los.
O que faz a diferença entre um empreendedor de sucesso e outro que acaba fechando ou se limita a manter seu negócio funcionando, mas sem perspectivas de crescimento? Mais do que a criatividade ou uma boa idéia, são o trabalho árduo, o planejamento sistemático e a inovação características marcantes de um empreendedor de sucesso.

Somente boas ideias não valem nada

“O artista é aquele que copia bem. O gênio é aquele que rouba as idéias” (Pablo Picasso). O que o empreendedor tem de fazer é trabalhar muito em torno da sua idéia de negócio. E para isso deve buscar informação. As pessoas normalmente pensam que é muito difícil conseguir informação. Mas existe informação em quantidade ilimitada. O mais importante é ter a coragem de abrir a boca e perguntar. Todavia, as pessoas têm medo de revelar sua ignorância.
Um mito que este trabalho identificou é que a micro, pequenas e médias empresas precisam de linha de crédito. A linha de crédito tem trucidado mais empresas que ajudado. O que as empresas necessitam é de informação e que haja um ambiente para o desenvolvimento do negócio. Empreendedor é movido a adrenalina. Ainda se pensa que o empreendedor é um indivíduo calculista, frio e que só gosta de ganhar dinheiro. Essa visão não é perfeita. Os empreendedores são pessoas apaixonadas pelo seu produto e com grande necessidade de realização.
Há corrente de pensamento que acredita que um empreendedor não se faz, mas já nasce com esse perfil. E há outras que afirmam que se pode treinar qualquer pessoa para ser empreendedor. Estes investigadores defendem a idéia da montagem de um programa de treinamento com um pé em cada uma dessas escolas e partem do pressuposto de que se pode fortalecer o que já existe, mas não criar. Assim, no modelo por eles proposto, uma pessoa que já tenha as características básicas de um empreendedor, pode ser fortalecida.
As micro, pequenas e médias empresas não estão acostumados a planejar, porque pensam que se deve passar por Harvard para aprender isso. E planejar significa, só colocar em prática uma atividade que também começa com p, que é pensar. Mas pensar é muito difícil para os empreendedores, porque eles são movidos à adrenalina.
As organizações apresentam, em geral, um ciclo de vida que é compreendido pela sua criação e apresentação de um alto crescimento; nestas duas fases temos a presença do espírito empreendedor, em seguida seguem uma etapa onde prevalecem uma burocracia e a luta pela sobrevivência - estas duas últimas fases das vivências de várias experiências preconizadas pela ciência administrativa. As características fundamentais dos empreendedores são: simplicidade, fazer as coisas com obsessão, senso de missão e valores, prioridades. Todo empreendedor é dirigido por uma filosofia pessoal e de negócios.
À medida que as empresas crescem é comum se tornarem vítimas dos mesmos erros que seus administradores censuram em empresas maiores ou mais antigas. Os seis erros mais freqüentes. É preciso evitá-los e eliminá-los sempre que ocorram para não comprometer o futuro da empresa. Os erros são os seguintes: a)gerir por atividade; b) desequilíbrio nas contas; c) especialização; d) uniformidade; e) falta de responsabilidade em todos os níveis; e f) falta de cooperação.
Como o empreendedor pode tirar partido dos fracassos. O fracasso pode ser devastador para o empreendedor. Contudo, a lição que resta e o aprendizado que fica, são uma fonte de referências para novos empreendimentos.
É preciso estudar profundamente as principais áreas da gestão da empresa – finanças, sistema administrativo, distribuição e marketing. Recorrer a consultores externos, quando necessário. Resultado: a empresa tem muito mais chance de sobreviver, mesmo enfrentando condições ambientais adversas.
Para os estudiosos do empreendedorismo, o fracasso é rotineiro, esperado no processo empreendedor, como ele é quase um requisito para o sucesso. Muitos empreendedores chegaram ao sucesso utilizando as lições de erros anteriores. Não existe negócio perfeito, cabe ao seu gestor descobrir o que há de errado, em cada um deles.
Embora a opinião popular diga o contrário, a primeira solução para um problema não é normalmente a melhor, é interessante procurar pelo menos quatro outras alternativas: em 80% dos casos, alguma delas se revelará melhor do que a original. É prudente esperar, estar pronto para o inesperado – com freqüência ele acontece; estar sempre preparado para as eventualidades, atento para o pior.

Grande Concepção + Fraca Execução = Morte do Empreendimento

Um dos principais riscos que o empreendedor corre é a falta de objetividade em relação à idéia: o futuro empreendedor fica como um adolescente apaixonado, disposto a enfrentar tudo e todos para provar que está certo. Porém este não é o único risco. Pode-se listar uma série de outros perigos: a) desconhecimento do mercado em que se pretende atuar. É o caso da padaria ou do posto de gasolina que começa a funcionar num determinado local porque o empreendedor acha que o ponto é bom. Uma simples pesquisa por telefone, com clientes em potencial, pode eliminar, ou pelo menos amenizar, esse problema; b) erros na estimativa das necessidades financeiras - para mais ou para menos; c) subavaliação de problemas técnicos; d) falta de diferenciação dos produtos ou serviços em relação aos concorrentes; e) desconhecimento dos aspectos legais do novo empreendimento; f) escolha equivocada de sócios; e g) localização inadequada para a atividade.