sábado, 29 de janeiro de 2011

INOVAÇÃO EMPREENDEDORA: CRIAR, MANTER E FIDELIZAR CLIENTES

As pequenas empresas atuaram muito melhor do que as grandes empresas nos últimos 20 anos. Isto porque a pequena empresa, em lugar de contratar especialista, depende mais de uns poucos gerentes, precisa de mais objetivos do que as grandes empresas, necessita concentrar-se mais uma vez que tem menor energia. O verdadeiro problema da pequena empresa surge quando o negócio supera os próprios limites.
As mudanças nas regras do jogo dos negócios estão valorizando as qualidades empreendedoras das pequenas empresas. Hoje a empresa de sucesso é caracterizada por um comportamento ágil, inovador, próximo ao cliente e com respostas rápidas no mercado.
Por isso há tanto interesse na inovação no modelo de negócios atualmente. Percebemos três grandes razões. A primeira é a rapidez cada vez maior das coisas. Tanto o ciclo de vida quanto o ciclo de concepção de produtos estão encurtando. Quando o ritmo da mudança acelera, todo mundo percebe que é preciso sair em busca da próxima grande novidade. A segunda questão é a competição intersetorial.
A concorrência está vindo de lugares inesperados. Quem teria previsto que o sucesso do iPad tiraria do páreo toda uma série de dispositivos de visualização — porta-retratos eletrônicos, por exemplo? E a terceira tendência é a ruptura causada por modelos de negócios que oferecem uma experiência melhor ao cliente em vez de simplesmente produtos.
Seguramente, algumas indústrias, como a petroquímica e automobilística, ainda requerem tamanho e escala. Porém a grande velocidade da mudança tecnológica e a fragmentação dos mercados estão corroendo a tradicional economia de escala. Com efeito, alguns filósofos do "management" agora já falam da "diseconomies of scale". Enquanto "os dinossauros" tentam ajustar-se para uma nova realidade, onde as pequenas empresas têm surgido como agentes de mudança da economia mundial.
Embora não haja consenso ao nível da exatidão dos números, muitos pesquisadores concordam que as pequenas empresas são mais inovadoras e criadoras de empregos do que as grandes. O tamanho já deixou de ser um trunfo no brutalmente competitivo mundo dos negócios de hoje - o mercado exige respostas muito mais rápidas do que se possa imaginar.
Na esteira do crescimento do "downsizing" nas grandes empresas, o movimento do "espírito empreendedor" está em ritmo acelerado. Na verdade, este processo leva a grande empresa a subcontratar e adquirir de terceiros mais e mais produtos ou serviços de pequenas empresas.
A capacidade de inovação e o dinamismo das pequenas empresas estão sendo descobertos pelas nações através do mundo como uma alternativa para uma retomada econômica. O mundo está neste momento focalizando muito mais o fenômeno, a importância do "espírito empreendedor".
Enquanto a maioria das nações está agora redescobrindo as virtudes das pequenas empresas, o "empreendedor" é uma figura indissociável da cultura americana. Desde os tempos de Thomas Jefferson até hoje, muitos americanos vêem os proprietários de pequenos negócios como uma personificação de tudo que há de melhor no "American way of life".
Até século 19, as pequenas empresas dominavam o mundo dos negócios nos Estados Unidos da América. Porém, o "empreendedor" foi diminuindo durante o rápido processo de industrialização americano.
As grandes empresas surgem nos ramos de negócios onde a economia de escala era crítica para o sucesso: estradas de ferro, indústria automobilística, química e telefonia. As vantagens do tamanho da pequena empresa estão tornando-se muito grande.
Jovens recém-licenciados, normalmente, vão trabalhar numa grande empresa porque esta tem um programa de treinamento e serviços de recrutamento no próprio campus universitário, onde recrutam e selecionam os candidatos, porém, mais de setenta por cento dos contratados deixam esta empresa dentro de cinco anos.
Não acredito que as grandes empresas desaparecerão, contudo no futuro o tamanho será uma decisão estratégica da empresa, se ela será uma grande empresa ou não, quando no passado ser grande era um objetivo em si mesmo.
Alguns ramos de negócios terão de ser grandes, devido a sua própria natureza. Apesar de hoje, existir uma gama incrível de oportunidades de negócios nas quais as pequenas e médias empresas podem atuar muito melhor, onde simplesmente surgirão resultados difusos, e fatalmente destruirá a lucratividade se for de tamanho grande. Assim, está se tornando importante meditar profundamente no tamanho certo da empresa.
Como imaginar, nos dias de hoje, um indivíduo deixando uma grande e admirada empresa para montar a sua, de alta tecnologia? Quem estaria disposto correr este risco? Poucos. Estes simbolizam o "espírito de empresa" a pedra angular, fundamental para o progresso econômico de qualquer nação. O legado empreendedor ressurge com força total nas pequenas empresas de alta tecnologia.
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer". Agora é um grande momento para se começar. Existem fortes evidências que estamos entrando numa, particularmente, era fértil para o "empreendedorismo".
Com as grandes empresas passando por processos radicais de reestruturação, com departamentos inteiros sendo extintos, o risco que qualquer empregado destas empresas virem a ser dispensado é relativamente grande.
Mas significativamente, o aumento do programas de "(re) estruturação" implantados nas grandes empresas indica que começa a surgir uma era na qual as ágeis e dinâmicas pequenas empresas terão um desempenho muito melhor do que as grandes.
Neste novo ambiente, empreendedores florescerão como em nenhuma época desde o surgimento da chamada Idade Industrial.
As oportunidades para se empreender em diversos setores da economia são muitas. Neste momento o "high tech" é normalmente associado aos "startups"- sempre presente na agonia, aflição da transformação tão comum no processo de criação.
Toda a economia mundial está mudando - já não fundamentada numa base industrial, em vez de, crescentemente, na transferência de informação.
A Idade Industrial estava baseada, fundamentada sempre numa grande economia de escala. Construiu gigantescos sistemas para distribuir enormes quantidades de produtos. Aumentou de maneira considerável a capacidade dos computadores.
Hoje, a gestão descentralizada, redes de computadores e telecomunicações estão reduzindo esta escala.
Esta tendência para o surgimento de pequenas, dinâmicas empresas, aumenta o potencial do impacto do empreendedorismo na economia - e proporciona ao empreendedor oportunidades sem paralelo.
“As pequenas empresas estão criando estas situações bem como estão se beneficiando dela“. “A tecnologia da informação pode ajudar o nível no terreno da competição entre a grande e a pequena empresa”.
Atualmente, as rápidas modificações no terreno da competição, avanços na tecnologia, alterações no mercado é um conjunto de circunstâncias que tornam o ambiente difícil para as grandes empresas.
A principal razão é que com estas mudanças está sendo reduzido o custo das barreiras de entrada que protegiam as grandes empresas do incômodo das empresas nascentes.
A vantagem que o capital propicia as grandes empresas já está sendo diminuída através da figura do capital de risco. A tecnologia e a inovação estão ajudando as pequenas empresas a baterem as grandes, como David derrotou Golias.
Nas últimas quatro décadas da humanidade foram marcadas por mudanças fundamentais para a história das nações. Primeiro o (re)surgimento do espírito empreendedor, a explosão da inovação pelos quatro cantos da Terra.
Ao trilhar esse caminho, cheio de obstáculos e armadilhas o empreendedor constrói um mundo cada vez mais marcado pelas rápidas mudanças na economia mundial.
O mundo apesar das crises que vivenciamos é melhor hoje do que era há 40 anos, onde a economia era inundada por grandes, ineficiente e ineficazes empresas estatais que por sua pouca flexibilidade entravavam o crescimento da economia. Chegou o momento de um novo salto.
Para onde ir? Que escolha fazer? Uma conjugação de momentos históricos com um melhor aproveitamento dos recursos naturais coloca à frente do empreendedor desafios do desenvolvimento sustentável e a oportunidade de colocar-se diante todos como vanguarda de uma economia nova, com valores do século 21.
Chamamos a atenção da responsabilidade pela atividade inovadora do empreendedor, pois trabalho que consome maior tempo dos gestores provavelmente desaparecerá. Os gerentes passam muito tempo administrando ao invés de se dedicar a atividades empreendedoras e inovadoras.
Os livros-textos de gestão tratam, quase que exclusivamente, das tarefas de "gestão", em vez de tarefas do "empreendimento". Deve-se isto ao fato de que, no passado, a tarefa de administrar era uma novidade. Hoje, não é mais.
Percebemos a inovação - como agente dinâmico capaz a partir das limitações da existência e capacidades humanas adicionarem uma nova dimensão ao esforço produtivo, com um esquema de "organização" fundado em uma "visão" mais esclarecida da realidade, a qual também precisa ser articulada com recursos e potenciais oferecidos pela natureza, para permitir passar além dos resultados da reforma ou da revolução, como programa de mudança da sociedade humana.
Do mesmo modo que a revolução industrial repousa sobre dez ou quinze avanços científicos aplicados nos últimos dois séculos, é possível, pelos novos moldes de organização, antes social do que tecnológica, alcançar, por "inovação", níveis de tratamento dos problemas humanos (econômicos, políticos, dentre outros) ainda não cogitados.
Estamos a atravessar o período mais controverso da História desde a revolução industrial, ocorrida há 200 anos, Trata-se de ampliar, inclusive, sobre o conceito de "empreendedor - inovador" já elaborado por Schumpeter.
Inovação é sinônimo de risco, pois deve ser capaz de empreender mudanças dos dados da ordem estabelecida, com alvos diferentes dos da reforma que almeja curar um defeito, ou dos da revolução que tenciona reorganização pela subversão da ordem presente.
Isso seria possível por um novo conceito de input-output, substituísse tanto a postura como a prática de que se deve fazer o melhor uso dos recursos existentes, pela atitude e modo de seleção de alguns meios ótimos, resultantes de decisões e ações humanas em vez de só rendimento dos recursos fornecidos pela natureza. O conceito de "produtividade" ilustra a base operativa, na linha de organização por "inovação social e tecnológica".
Inovação é o método à disposição de contingentes de homens normais em vez de "insight" de genialidade de uns poucos, é imaginação criadora sistemática em vez de produto de temperamento artístico ou vocação científica ou ainda administrativa.
Aqui alertamos para o "poder de inovação", ao afirmarmos que a inovação é um risco; os recursos presentes estão destinados a resultados futuros e altamente incertos.
A ação e comportamento presentes estão subordinados a um potencial de uma realidade futura ainda desconhecida e incompreendida.
A inovação pode ser definida como a procura organizada e, na verdade, deliberada do risco para substituir não só a sorte cega dos tempos pré-modernos (como simbolizados na crença renascentista pela "Fortuna" como o gênio que preside o destino humano) e a certeza das mais recentes, mas já obsoletas crenças no progresso inevitável sem perspectivas nem riscos, é o que nos ensina Drucker.
Drucker afirma que "a moderna empresa de negócios não é apenas uma instituição econômica; ela deve ter um conceito atrás de si, uma organização e uma constituição. Ela é uma instituição social e como tal, deve ser dirigida e estudada.
"O homem parece ter-se tornado anão pelas montanhas gigantes das grandes organizações ao seu redor. Ai está o monte Everest do governo moderno. Ao lado dele, as forças armadas que em todo o país devoram a parte do leão da produção nacional. Vêm, então, os picos das grandes corporações e não menos alto e difícil, os picos dos grandes e poderosos sindicatos; aí as vastas universidades, os grandes hospitais - todas as criaturas deste século". Vivia-se a época das grandes corporações.
Drucker ver "a corporação como produto do esforço humano", onde a primeira regra "da corporação é a da sobrevivência como organização". Sendo este o objetivo básico, as diretrizes são os recursos gerenciais:
A corporação precisa encontra dentro de si mesma todos os talentos e habilidades para atingir seus objetivos. Deve desenvolver tanto os especialistas necessitados por serem instrumentos humanos de alto calibre, como os generalistas, que são pessoas a cargo da direção, educadas e capazes para fazer julgamentos e tomar decisões.
É chegado o momento de uma reflexão. O primeiro é a sociedade pós-industrial do século XXI é uma sociedade inteiramente nova e peculiar, de âmbito mundial mais do que ocidental ou capitalista. O segundo é que esta nova sociedade possui uma instituição específica: a empresa on-line.
Alertamos é que compete ao empreendedor "a responsabilidade pela sobrevivência da empresa na economia, isto é, pela lucratividade, seu mercado e seu produto". Da defesa da sobrevivência de seu empreendimento, o empreendedor deve decidir qual a natureza de seu negócio, isto é, em que negócio a empresa está realmente empenhada.
Podemos afirmar que o empreendedorismo implica em estudos que têm como pano de fundo o "livre mercado" e a "iniciativa privada". Coisas do capitalismo, como se sabe. Vale à pena abordar esse tema.
Em primeiro lugar, uma pergunta: por que será que as pessoas praticam atos arriscados como empreender e criar empresas, ou a emprestar dinheiro, comprar e vender mercadorias?
Afinal, como afirmam os intelectuais, o mercado é um ambiente hostil, no qual os indivíduos estão sempre tentando se prevalecer da boa-fé alheia e enriquecer a custa da exploração do próximo. Quem garante os cordeiros contra os lobos? Não é mais seguro ficar em casa e não se prestar a aventuras de final imprevisível?
A resposta é que as pessoas têm confiança. Empreendem porque sabem que estão garantidas pelas instituições. As pessoas confiam umas nas outras. E não é por causa das virtudes que os outros alegam ter, mas porque as instituições nos obrigam a todos a agir com retidão.
Urge, pois, uma aposta na formação de empreendedores de base tecnológica em empreendedorismo de todas as pessoas que, de uma maneira geral e, principalmente, daquelas que se encontram na situação de desemprego em particular.
A quem compete esse papel? À sociedade, no seu todo, onde se integram, naturalmente, todas as organizações e empresas.
É preciso fugir à tentação de convocar o Estado para capitanear este processo de mudança. “De todas as coisas organizadas, é o Estado, em qualquer parte ou época, a mais mal organizada de todas”, é o que nos ensina Fernando Pessoa.
Esse célebre poeta lusitano nos alerta que: “Quanto mais o Estado intervém na vida espontânea da sociedade, mais risco há se não positivamente mais certeza, de está-la entrando em conflitos com as leis naturais, com leis fundamentais da vida.....”.
Nunca devemos esquecer que o objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes. Sem clientes não temos negócio.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO, INCUBAÇÃO DE EMPRESAS, START-UP, SPIN-OFF E O PLANO TECNOLÓGICO

Esperamos que este texto, ao mesmo tempo em que estuda o empreendedor, empreendedorismo, inovação, incubação de empresas, start–up e spin-off no contexto do Plano Tecnológico, revele também algo sobre o poder da informação e poder das ideias para os milhões de jovens empreendedores nesse momento especial da economia mundial.
O empreendedor tem a plena consciência de que os seus produtos/serviços são tão bons quanto as suas ideias. As ideias são a nova moeda no mundo empresarial. As incubadoras não estão somente na vanguarda do desenvolvimento de inovações, novas tecnologias, berçários de empreendedores, desenvolvimento de novos produtos/serviços, mas também numa nova era de princípios empreendedores.
É por essa razão que procuramos narrar não apenas sobre os temas que intitulam o livro, mas também o desenrolar das ideias que mudaram nossas vidas. Para fazer isso, tivemos de romper os limites do formato linear do livro.
Nos livros, habitualmente o leitor encontra-se em estado de pura passividade, marchando no mesmo passo dos autores, e quiser extrair tudo do livro, ou examinando superficialmente as páginas ao acaso.
Ao ler este livro, o empreendedor deve concentrar-se nos curtos ensaios que acompanham cada capítulo, cujo propósito é fornecer uma explicação mais detalhada de uma lição de empreendedorismo, inovação, incubação de empresa ou de administração que a história representa.
Nosso modelo para esse tipo de leitura é o processamento de dados individual, que permita ao leitor resumir qualquer informação que necessite, na dosagem exigida. Esperamos tanto as lições como as histórias lhe ensejem uma variedade de aberturas de ideias de negócio. Tentamos imaginar formas de tornar esta leitura mais que uma experiência passiva.
Chegamos à conclusão que o empreendedor é um cético. O futuro pertence aos céticos, não aos cínicos; e uma cultura na qual a internet e as redes sociais tornam-se tão essenciais e rotineiros como as tecnologias de informação que abre espaço para que possam empreender. O cético não aceita as ideias sem questionar; utiliza múltiplas informações para comparar e constatar. O computador torna essas informações facilmente disponíveis e em grande quantidade.
Seguindo esse modelo, traçamos as linhas de inspiração para o desenvolvimento do espírito empreendedor que exercerão papel decisivo no desenvolvimento econômico mundial, partindo de novas disciplinas (empreendedorismo e inovação) e novos paradigmas (desenvolvimento do espírito empreendedor), biotecnologia, arte, etc.
Quando formulamos metáforas partindo dessas disciplinas, estamos na verdade, oferecendo ao leitor pontos de vista diferentes que ampliam a sua capacidade crítica. O texto ensejará mais perguntas do que respostas que esperamos, despertarão curiosidade e provocarão a busca de novos pontos de vista.
O que mais nos entusiasma sobre o que aprendemos na elaboração de Empreendedorismo, Inovação, Incubação e o Plano Tecnológico é que o empreendedor, o empreendedorismo e a inovação são mais do que palavras da moda. São instrumentos determinantes na retoma econômica mundial.
Assim como o conteúdo eletrônico desse livro transformando uma sociedade onde as publicações ainda são em sua maioria em meio impresso para forma eletrônica, instrumento que transformará a forma pela qual encaramos o mundo.
Queremos que a inovação, o empreendedor, o empreendedorismo sejam a fonte de novos instrumentos para se criar um novo mundo. O novo mundo que seja desenvolvido sobre égide da ética, onde a inovação permeia todas as facetas do meio ambiente. É apenas um pequeno exemplo de quanto excitante pode ser uma nova empresa de base tecnológica criada em uma incubadora filha da era da informação.
Rumo à segunda década do século XXI, cujas sementes já estão lançadas via o empreendedorismo, inovação, incubação e o Plano Tecnológico e as ideias que poderão florescer nas mentes dos leitores desse livro. É uma odisseia de aventura e ousadia, repleta de riscos e surpresas inerentes à criação de um empreendimento.
É, sobretudo, a ousadia de transição de dois mundos – o velho (sem o espírito empreendedor) e o novo (sobre o prisma do espirito empreendedor) – um mundo que mudou tão marcadamente durante todo o processo de elaboração do Empreendedorismo, Inovação, Incubação e o Plano Tecnológico.
A incubadora de empresas é uma oportunidade sem fronteiras. Um ambiente estonteante, uma consumada reunião de empreendedores a conquista de novos mercados para a imensa gama de produtos/serviços de seus empreendimentos.
Nas incubadoras os empreendedores lutam ferozmente por um décimo de porcentagem de fatia de mercado. São sonhadores, conduzidos à paixão de mudar o mundo e torná-los um lugar melhor e mais produtos para todos os incubados. Vendem não apenas produtos/serviços, mais instrumentos para os corações e mentes dos seus clientes.
É atributo dos realizadores, fundamentalmente indivíduos com espírito criativo, inovador, que tentam penetrar mentalmente com seus produtos/serviços. A inovação demanda uma crença apaixonada no poder de suas próprias ideias e a convicção de vê-las chegar até o fim. Isso pode resultar, muitas vezes, numa batalha longa e solitária a ser vencida.
Os visionários estão constantemente lutando contra o pensamento convencional, porque têm uma visão progressiva do mundo em termos do que ele pode vir a ser se alguém estiver disposto a encarar as coisas de maneira diferente.
Por definição, são mais dependentes de seus próprios instintos. Dedicam sua vida a um empreendimento, tornando-se totalmente absortos em seus múltiplos aspectos. São normalmente exigentes, teimosos, intransigentes e de difícil trato. Mas quando sua perseverança e seu instinto se combinam, eles são perfeitos.
Os visionários estão sempre examinando o horizonte do amanhã. Se sua visão estiver no alvo certo, mudará o mercado e eles prosperarão – mesmo que isto signifique a perda de algumas batalhas pelo caminho.
O empreendedorismo é, portanto, muito mais uma atitude, uma maneira de pensar, do que uma disciplina de objetivo único ou um acervo de conhecimentos. Um empreendedor bem sucedido precisa ser conceitualmente criativo, inovador, intuitivo e deve examinar diferentes pontos de vista para resolver velhos problemas. É preciso sair do hábito racional, do pensamento linear e tentar focalizar o mundo de forma diferente.
Os empreendedores têm também uma incrível habilidade na busca de diferentes perspectivas. É crucial o desenvolvimento de uma larga faixa de amplitude para explorar as chances de qualidade na prestação de serviços em todas as áreas da empresa – atendimento sob medida a clientes, desenho, fabricação etc. Isto é tão essencial numa firma de prestação de serviços como numa fábrica.
Para desenvolver essa plenitude, o empreendedor deve ter a habilidade de examinar as coisas bem de perto ou focalizá-las de um ângulo bem distante.
Examinar algo em seus mínimos detalhes, até o ponto em que muitas vezes a verdadeira beleza está oculta. Entretanto, devem ter capacidade para olhar mais além, procurando mudanças fundamentais nos hábitos de consumo.
Mas isso não é suficiente: o empreendedor deve ter também coragem para fazer mudanças. Muitos empreendedores tendem a agir do lado, de cima do muro, cedendo às mudanças a outros. As pessoas que têm a coragem de assumir riscos são as que você provavelmente perderá.
Alguns das melhores iniciativas na área do empreendedorismo partem muitas vezes de pessoas sem qualquer formação específica, mas com ideias originais, criativas e inovadoras. As melhores ideias não florescem na cabeça de quem as têm e sim na de pessoas que são mais ágeis na sua implementação. O empreendedor deve ser capaz de reorientar rapidamente sua perspectiva à medida que examina as possibilidades de como seu produto ou serviço serás visto pelo consumidor.
O empreendedorismo valoriza os maiores poderes intuitivos - algo que só surge realmente através de conhecimento e bom senso numa determinada indústria.
Hoje, contudo, o empreendedorismo está assumindo importância cada vez maior nos empreendimentos bem-sucedidos; representa um papel relevante ao atribuir valor ao que o empreendedor vende e em ver aquele valor reconhecido pelo cliente.
O empreendedor é um eterno apaixonado pelo que faz cujo sonho permanente é dar aos indivíduos o poder que as grandes empresas e instituições eram capazes de exercer.
A habilidade de transformar sua empresa e seus produtos/serviços em resposta às alterações na economia, nos hábitos sociais, nos interesses dos clientes. Os verdadeiros empreendedores são aqueles, portanto, que tiram vantagem da rede de contatos.
Os empreendedores que estão incubados que é melhor fonte de conhecimentos da empresa é a academia. O aprendizado não termina nas fronteiras da instituição; é uma experiência pela vida inteira.
O empreendedor bem-sucedido não vê obstáculos e sempre encontra uma forma criativa, inovadora de se desincumbir das tarefas mais difíceis e impossíveis. A época para assumir riscos é quando você enfrenta os mais difíceis obstáculos. Agir com margem muito ampla de segurança não funciona no meio de uma crise.
Hoje, o futuro parece ainda menos previsível. Vivemos numa época de mudanças aceleradas e voláteis. Em conseqüência, o planejamento do futuro torna-se difícil, com muitas empresas apostando em cavalos errados.
Esse texto é a introdução do livro Empreendedorismo, Inovação, Incubaçào de Empresas, Start-up, Spinn-off e o Plano Tecnológico que em breve será disponibilizado na Web

sábado, 8 de janeiro de 2011

CÉLULAS EMPREENDEDORAS

Células Empreendedoras
onde você aprende a empreender sua vida profissional
www.celulasempreendedoras.com.br
Descrição:
O objetivo geral deste projeto é disseminar a cultura empreendedora nos jovens através de ações educacionais de formação e desenvolvimento de uma rede de Células Empreendedoras em Pernambuco.
Células Empreendedoras são grupos de alunos de graduação que através de blogs e o apoio de tutores, são encorajados(as) a terem mais autonomia e um espírito empreendedor com o apoio de empresas. Elas têm como objetivo fazer com que os demais jovens aprendam a empreender suas vidas profissionais, e através disto desenvolverem a instituição de ensino onde convivem.
Os líderes das células têm como missão motivar os alunos a realizarem ações proativas em torno de um tema. Tais ações correspondem à organização de encontros regulares para troca de conhecimentos, cursos de capacitação, eventos, consultorias/projetos, criação de empresas, pesquisa/inovação, projetos interdisciplinares, entre outras atividades possíveis.
Por princípio as células trabalham a liderança associativa e não possuem CNPJ, buscando empresas parceiras para servirem de canal operacional (sobretudo às empresas juniores). Através do uso de blogs e redes sociais (que integram professores e empresários em torno de uma ênfase profissional), as células empreendedoras tornam-se uma alternativo prática para uma melhor integração universidade-empresa. Para promover networking e uma formação empreendedora continuada, congressos de empreendedorismo, cursos e encontros gerais são organizados regularmente.
Espera-se que com a participação no projeto os jovens obtenham competências para auto-aprendizagem, adquiram autonomia, exerçam liderança, e amadureçam com os conflitos interpessoais que aparecem pelo caminho. As células são também incentivadas a trabalhar questões sociais e ambientais de forma transversal. Observa-se que tais habilidades não são ensinadas no modelo educacional vigente, e com este projeto elas podem ser trabalhadas diariamente durante toda a graduação, com acompanhamento de professores.

Motivação:
Diversas habilidades e competências hoje exigidas para o Professional ter uma carreira de sucesso não são ensinados nas faculdades devido às mesmas na maioria das vezes adotarem um ensino onde "tudo é dado de bandeja" ao aluno. Um modelo onde não se formam jovens autônomos, e que ratifica a formação de "empregados" (escravos das idéias dos outros). Além disto, existe muitas vezes uma latente falta de integração entre faculdades e empresas, resultando em muitos alunos desconhecendo o mercado de trabalho no qual se inserem.
O psicólogobielo-russo Lev Vygostky desde a década de 30 já alertava os educadores para a importância do social e das motivações próprias no ensino-aprendizagem. Sua teoria dizia que uma pessoa aprende ou se desenvolve quando busca por “motivações próprias” melhorar seu contexto social através da criação e registro de novas práticas elou ferramentas. A teoria sócio-cultural de Vygostky fundamenta as condições de desenvolvimento para que os alunos se tornem cidadãos que pensem e atuem por si mesmos.
Este projeto surgiu em 2008 no curso de Sistemas de Informação da FIR/Estácio. Na ocasião, o professor Genésio Gomes (fundador do mesmo), como coordenador de curso recém empossado ao cargo, presenciava alunos exigindo um maior dinamismo e integração com mercado de trabalho. Com o desejo de trabalhar práticas sócio-culturais de aprendizagem que aprendeu durante o doutoramento em tecnologias educacionais, o professor incentivou a criação de células acadêmicas a partir da sugestão dos alunos.
A recomendação, no entanto, era para os líderes terem um espírito empreendedor com apoio de empresas. Poderiam existir células em várias áreas de atuação, e as mesmas usariam blogs como ferramenta de marketing. Além disto, os alunos deveriam se engajar nas células que de fato gostassem ou se identificassem, e não precisavam cumprir padrões predeterminados, apenas mostrar resultados.
O sucesso dos alunos foi imediato e conseqüentemente outros cursos da FIR/Estácio, bem como outras faculdades de Pernambuco, vieram a criar células acadêmicas com este perfil “empreendedor”. Em 2010, o projeto tornou-se então multi-institucional e passou a se chamar de Células Empreendedoras com várias inovações incorporadas.
Resultados:
Hoje existem cerca de 20 células espalhadas por quatro instituições de ensino. Outras três instituições estarão iniciando o projeto no 1o semestre de 2011. Temos cerca de 40 jovens ativos. Juntos só no 2o semestre de 2010 foram mais de 5.000 pessoas beneficiadas por ações geradas por líderes de células, incluindo apenas neste contexto palestras, eventos e cursos oferecidos.

O 1o congresso Pernambucano de Empreendedorismo (www.cpeje.com.br), por exemplo, foi um evento com mais de 1.000 inscritos presentes no Centro de Convenções de Pernambuco. Todo o evento foi idealizado e organizado por um líder de célula empreendedora, chamado Marcos Rodrigues. Este congresso ocorrerá anualmente e será organizador sempre em conjunto com a rede de células empreendedoras das várias instituições.

Além de Marcos, líder da célula Manual do Herói, segue outros exemplos de sucesso de líderes do projeto que iniciaram as cinco primeiras células em 2008 [muitos deles ainda não estão formados]:

- Líder Marcelo Eden (OsSchools): hoje lidera equipes internacionais de desenvolvimento Open Source fazendo extensões premiadas no Joomla Day Brasil 2010 (http://www.3den.org).
- Ex-LíderYgorMacaúbas (ScrumFIR): lidera o uso de SCRUM na Globo.com.
- Líder Vinicius Perrot (InfraFIR): hoje palestrante Microsoft. Reconhecido por liderar a melhor célula acadêmica em Infra-Estrutura Microsoft do Brasil.
- Ex-Líder Roberto Alves (Testes): diretor regional recife da Associação Latino Americana de Testes. Fundador da empresa Intellectus Consultoria (www.intellectu.net.br).
- Líder Agenor Mota (Fir.Net): Reconhecido por liderar umas das células Microsoft mais ativas do Brasil. Fundador da empresa Ificomm (http://ificomm.com).

O projeto ganhou ainda o Prêmio Amadeus Partner Gold 2009 do CIN/UFPE pelas extensões realizadas no projeto Amadeus (www.amadeus.cin.ufpe.br). Amadeus é hoje a principal ferramenta open source de tecnologia educacional do Brasil, estando catalogada no portal do software público do governo federal (www.softwarepublico.gov.br).

Faculdades parceiras atuais: Universidade Federal de Pernambuco – CIN (www.cin.ufpe.br), Faculdade dos Guararapes (www.faculdadeguararapes.edu.br), Faculdade Integrada do Recife (www.fir.br), Universidade de Pernambuco – POLI (www.poli.ecomp.br) , Faculdade Joaquim Nabuco (www.joaquimnabuco.edu.br) e Universidade Federal Rural de Garanhuns (www.uag.ufrpe.br).

Instituições e empresas parceiras atuais: The Drucker Society of Brazil – Recife (http://druckersocietyrecife.com.br), Instituto Guia de Ação (www.guiadeacao.com.br), Grupo de Pesquisa CCTE (www.cin.ufpe.br/~ccte) e Intellectus Consultoria (www.intellectu.net.br).

O projeto possui ainda uma rede multi-institucional de professores com cerca de 30 parceiros voluntários, dentre eles o professor Emanuel Leite (autor de dois livros clássicos sobre empreendedorismo), o professor Alex Sandro Gomes (idealizador do projeto Amadeus e responsável por ações de empreendedorismo do CIN/UFPE) e Raniere Rodrigues (fundador da Drucker Society Recife).

Inovações:
Constata-se que as faculdades/universidades não abordam o problema da educação empreendedora de jovens de forma direta, tal como abordamos neste projeto. Modelos educacionais trabalhados nas instituições de ensino focam-se muitas vezes apenas na operacionalização de planos de negócios, e pouco atual nas questões comportamentais.
As empresas juniores, por outro lado, não possuem a flexibilidade para mobilizar muitos jovens para seus sonhos de vida Professional. Células Empreendedoras são uma forma de inclusive impulsionar as empresas juniores com dezenas de unidades de inovação (células) geradoras de idéias espalhadas por toda a instituição. O fato das células não necessitarem de espaço físico fixo para funcionarem, tornam factível a ploriferação de grupos de alunos empreendedores em todas as áreas de atuação.
O projeto possui quatro aspectos inovadores. São eles:
(1) Introduz uma inovação sobre os modelos de educação empreendedora vigentes por aliar uma formação continuada sobre aspectos atuais do empreendedorismo (era digital), com uma oportunidade para colocá-las em prática durante toda a graduação.
(2) Oferece uma evolução do conceito de células acadêmicas, e/ou grupos de estudos convencionais. Aqui os grupos de estudos são empreendedores, não seguem regras pré-determinadas, procuram várias empresas como canal operacional, trabalham juntos para realizar projetos, e possuem uma rede de colaboradores de apoio.
(3) Provê uma alternativa para uma melhor integração universidade-empresa através do uso de práticas sócio-culturais de aprendizagem.
(4) Cria uma rede social empreendedora de jovens líderes associativos. Rede social inexistente nos dias atuais.
Objetivos 2011:
Os objetivos do projeto para 2011 são:

1) Fornecer um portal de empreendedorismo com uma rede social de células empreendedoras. Portal este que estimulará a disseminação da cultura empreendedora, e propiciará a colaboração (via celulares e outras tecnologias) entre membros da comunidade de células (líderes, professores, alunos e gestores de ensino).

2) Conceber um curso official para capacitação de líderes de células empreendedoras e formar todos os líderes atuantes.

3) Promover encontros gerais de células nas várias instituições semestralmente. Eventos com palestras e apresentações dos cases de células para toda a comunidade.

4) Promover campanhas de marketing com palestras e materiais de divulgação que possibilitem a expansão do projeto para instituições de ensino em todo estado.

5) Entrega de um prêmio jovem empreendedor de células empreendedoras. Prêmio voltado para reconhecimento dos líderes de células mais atuantes, em termos de ações e idéias. Entregue ao final de 2011.

6) Co-organização do 2o Congresso Pernambucano de Empreendedorismo (www.cpje.com.br). Evento idealizado e coordenador pelo líder de uma célula de empreendedorismo e empregabilidade.

6) Criação de uma ONG ou instituto para comportar como pessoa jurídica o projeto multi-institucional células empreendedoras.

Tais objetivos visam criar uma infra-estrutura institucional que sirva para toda a comunidade de células nas várias faculdades.

Coordenação Geral:
Professor Genésio Gomes – Fundador do Projeto.
E-mail: professorgenesio@gmail.com
Todosos direitos reservados e registrados.