domingo, 27 de fevereiro de 2011

EXPLOSÃO EMPREENDEDORA: EMPREENDEDORISMO + INOVAÇÃO + CAPITALISMO

O capitalismo está em uma encruzilhada e precisa de reformas profundas para que possa sobreviver. As empresas que terão êxito no século 21 serão capitalistas construtivos-companhias que não causam danos à sociedade, não geram resíduos, desenvolvem produtos a partir da demanda dos consumidores e vendem itens de alta necessidade e baixo custo.
É o que defende o economista norte-americano e colaborador da "Harvard Business Review" Umair Haque, 34, no recém-lançado livro "The New Capitalist Manifesto" (O Novo Manifesto Capitalista) - que ele próprio define como "um manual" para um futuro melhor.
O termo capitalismo não tem uma definição consensual. Podemos afirmar, no entanto, que mercados de muitas formas e estruturas existem há centenas de anos, e a atividade capitalista, há séculos.
O capitalismo não é um sistema estático; ele varia em lugares e épocas diferentes e se tem mostrado extraordinariamente adaptável e elástico, em resposta a pressões políticas e sociais divergentes. Entretanto, alguns atributos parecem ser necessários sem, contudo, serem suficientes.
Entre eles, está o capital, mercados, organização comercial, a capacidade empreendedora. Essas condições surgiram no Ocidente, antes que outras partes do mundo e desataram o boom econômico que se prolongou até uma crise que atingiu basicamente os países mais industrializados, no mais impressionante período atual de mudança econômica, que podemos chamar de empresas capitalistas construtivos-companhias.
Não pode haver capitalismo sem capital, o acúmulo e utilização de recursos com objetivos de investimentos produtivos. O capitalismo pressupõe a superação, até certo ponto, da escassez e a aceitação pelo sistema de valor da sociedade de que os recursos resultarão na criação de instrumentos-agrícolas, industriais e comerciais, cuja recompensa virá no futuro.
Não somente deve haver capital para que o capitalismo deslanche, mas, esses mercados precisam ser guiados, até certo ponto, pela lei da oferta e da procura, ou pelo mecanismo custo-preço.
Os mercados que tentam ignorar essas considerações inevitavelmente criam tantas distorções e imperfeições que a produtividade pode, eventualmente, ser revertida. O planejamento econômico, rigidamente mantido, é o exemplo óbvio corrente.
A organização empresarial é outra necessidade para o nascimento do capitalismo. A burocracia racional (mas não necessariamente hierárquica), o passivo limitado e o gerenciamento feito por profissionais são algumas das necessidades básicas, como também o é a obtenção do lucro. Diferentes sociedades definem cada um desses conceitos à sua maneira, e existem muitas ramificações dessas variações.
O empreendedor imaginado por Joseph Schumpeter era o indivíduo romântico que inovou com um novo meio de produção ou transporte, uma habilidade de marketing, ou uma nova combinação desses fatores.
A mola propulsora do capitalismo é o empreendedor. O capitalismo não funciona bem, sem a figura do empreendedor e um sistema de valores que aceite as recompensas do materialismo como vantajosas e desejáveis.
A relação entre liberdade civil e política e crescimento econômico é o mais tênue e difícil de definir dos elementos que sustentam o capitalismo, desde que, no início do século 17, o filósofo inglês John Locke incluiu a propriedade, junto com a vida e a liberdade.
Como direitos inalienáveis, essas liberdades desempenharam um grande papel no capitalismo. Mas há muitas culturas que definem a liberdade em termos diferentes da sociedade ocidental. O confucionismo, por exemplo, vê a liberdade individual num contexto de profunda responsabilidade para com a família e a comunidade.
Tendo enfocado os elementos necessários para o desenvolvimento do capitalismo, vamos nos voltar para uma consideração sobre as três revoluções industriais que impulsionaram, ainda mais, o capitalismo, e sobre as transformações sociais que essas revoluções suscitaram - e ainda suscitam.
Pela primeira vez na história do homem, iniciou-se um processo que eliminou o problema da escassez em sociedades que tinham os meios e queriam correr o risco do impacto dessas mudanças.
“Em menos de 100 anos de domínio, escreveu Karl Marx, “a burguesia da Revolução Industrial” criou forças produtivas mais poderosas e colossais que todas as gerações precedentes juntas”.
Os ricos ficaram mais ricos - alguns se tornam imensamente abastados-, mas os pobres ficaram mais ricos também, principalmente com a proliferação de bens essenciais públicos, como a água pura, a remoção de despejos e águas servidas de esgotos, e mais alimentos
George Eastman, o fundador da Eastman Kodak, concebia o mundo como seu mercado e todos os indivíduos nele como dignos de uma câmara Kodak. Henry Ford incentivou o aumento de salário de US$ 5 por dia - para que seus operários pudessem comprar seu automóvel Modelo T.
A Segunda Guerra Mundial mostrou a enorme capacidade produtiva de um sistema capitalista livre, orientado para o lucro e nas mãos da iniciativa privada.
Os Estados Unidos produziram mais materiais bélicos do que quaisquer outras duas potências combinadas. E o período do pós-guerra inaugurou uma era de crescimento real, nos Estados Unidos e no resto do Mundo Livre, única na História.
As economias planificadas do mundo socialista e comunista, com seus preços determinados politicamente, nunca lograram sucesso.
Nem a Primeira nem a Segunda Revolução Industrial foram sensíveis ao meio ambiente do planeta. Para elas, o oceano era suficientemente grande e profundo para receber todos os nossos refugos - o lema era jogar fora!
Além disso, a terra era, com freqüência, selvagemmente explorada; o ar e a água, de acordo com a teoria econômica clássica, eram de proteção ambiental, o capitalismo e seu resultante crescimento econômicos autoritários e não-democráticos.
No entanto, a maioria dos especialistas de hoje acha que o mecanismo preço-custo da economia tradicional é insuficiente para definir os custos reais para a sociedade, dos abusos ambientais.
As revoluções econômicas não nascem de eventos ou atos isolados. As empresas capitalistas construtivos-companhias, que só agora está ganhando força, nasceram, pouco a pouco, dos laboratórios do mundo ocidental.
Antes do surgimento do conceito de empresas capitalistas construtivos-companhias, o mundo era dominado por uma ortodoxia de gerenciamento convencional. Administradores e engenheiros se encaixavam confortavelmente num sistema de múltiplas camadas de organização hierárquica, que dominava o mundo capitalista.
A visão de empresas capitalistas construtivos-companhias abrange o mais poderoso conjunto de mudanças na história moderna, eclipsando todas as experiências anteriores na vida econômica. E é real e irreversível: continuará ganhando ímpeto, devido à sua base de conhecimentos científicos, e afetará nossas vidas, pelo próximo meio século ou mais.
Certas áreas e impactos deste monumental happening global já são de nosso conhecimento, mas não podemos vislumbrar ainda a maioria das mudanças. Os aspectos científicos e tecnológicos, frutos das empresas capitalistas construtivos-companhias, são fáceis de descrever.
A internet interliga computadores a uma maciça rede paralela de computação que vem fazendo explodir os três C´s – computadores, comunicação e conteúdo.
Na outra extremidade do espectro, o computador pessoal e o portátil dão ao indivíduo um poder computacional nunca imaginado. O custo continua a declinar em função de intensa competição.
A maioria das novas drogas preservadoras da vida, e muitas outras que se encontra em fase de testes, foram desenvolvidas a partir do novo conhecimento baseado na decifração do código do DNA. É a biotecnologia.
Ao avançarmos na aplicação da visão empresas capitalistas construtivos-companhias, defrontamo-nos com incógnitas, nas relações econômicas, políticas e sociais. É pouco provável que muitas de nossas instituições permaneçam inalteradas; o capitalismo, que já passou por muitas mudanças em sua existência, colherá novas e consideráveis transformações.
Podemos vislumbra um cenário no século XXI no qual podemos ver o papel econômico de uma nação como o de melhorar o padrão de vida dos cidadãos ao elevar o valor do que eles contribuem para a economia mundial.
Destacamos que a competição será em nível internacional. “Com dinheiro, tecnologia e ideias fluindo facilmente através das fronteiras, e empregos sendo oferecidos onde possam ser realizadas mais eficientemente, essas forças inexoráveis do capitalismo mundial estão levando as empresas a perder suas identidades nacionais”.
O que podemos racionalmente esperar? A perspectiva das empresas capitalistas construtivos-companhias traz consigo uma era de incerteza permanente. Os produtos terão vida mais curta, a despeito do custo crescente do lançamento de novos itens no mercado.
Empresas e governos terão de escolher áreas selecionadas para pesquisa e desenvolvimento; ninguém poderá dispor de tudo, nem mesmo as multinacionais mais ricas, ou os países mais abastados. Veremos uma proliferação de “joint venture”.
À luz da esmagadora autodestruição das economias centralizadas comunistas, o capitalismo, com sua eficiente alocação de recursos, se espalharam. A empresa capitalista construtivo-companhias precisa de competência para se firmar no mercado, e os políticos e indivíduos terão de escolher para estilos de vida de riqueza superficial e as políticas necessárias para gerar uma sociedade rica e produtiva.
A empresa capitalista construtivo-companhias provavelmente produzirá mais mudanças e riquezas do que a raça humana já conheceu, mas nos desafiará a não esquecer a fragilidade de nosso planeta.
Sociedades sem um exigente sistema educacional e uma forte ética de trabalho não conseguirão atender as exigências deste mundo espantoso. Para alguns, a nova era trará ganhos enormes, mas esta grande oportunidade deve beneficiar todas as pessoas ou levar ao fracasso a experiência humana

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A FORÇA DO EMPREENDEDORISMO A GERAR RIQUEZAS

É inegável que o empreendedorismo seja responsável pela ascensão social de milhões de pessoas nem que esse fato seja extremamente importante e digno de alegria.
Porém, a vida deles é uma verdadeira batalha. É marcada pela ausência dos privilégios que caracterizam os que têm uma carteira de trabalho assinada.
Não falo só da certeza de um salário certo depositado em uma conta bancária no final do mês. Os privilégios envolvem também um dos recursos mais valiosos dos assalariados: o tempo.
O que nos impressiona é o esforço de superação de condições adversas. A todo instante assistimos à luta cotidiana e silenciosa desses empreendedores.
O empreendedorismo sinaliza o fato de que o que perfaz o cotidiano dessas pessoas é a necessidade de "matar um leão por dia" como forma de vida que tem que lutar diariamente contra o peso esmagador da carga tributária e a enorme burocracia que enfrentam a todo o instante para sobreviver.
Temos nesses indivíduos a incorporação da tríade disciplina, autocontrole e pensamento prospectivo que sempre está pressuposta em qualquer processo de empreender.
Sem disciplina e autocontrole é impossível, por exemplo, concentrar-se no desenvolvimento de um modelo de negócio. Não lhes faltam força de vontade, perseverança e confiança no futuro, apesar de todas as dificuldades.
Uma das principais dificuldades dos empreendedores são os mecanismos que permitam que tenham acesso a linhas de crédito compatíveis com o seu porte econômico e programas de incentivo desburocratizados.
A inovação é a introdução de novas ideias, produtos, serviços e práticas com a intenção de ser úteis para o incremento da produtividade. A inovação pode ser tecnológica, financeira, organizacional, comercial, etc.
Um elemento essencial das inovações é sua aplicação exitosa de forma comercial. Estas devem ser introduzidas no mercado ou utilizadas no processo produtivo, pelo que envolvem uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais.
Os empreendedores usufruem de vantagens competitivas mediante atos de inovação. Eles abordam a inovação em seu sentido mais amplo, incluindo novas tecnologi¬as e novas maneiras de fazer as coisas.
Inovação é a ferramenta específica aos empreendedores, a maneira na qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou serviço diferente, pode ser apresentada como uma disciplina, capaz de ser aprendida, capaz de ser praticada.
Hoje percebemos excelentes oportunidades para empreender tendo como base projetos voltados para a economia criativa. Ela é terceira maior indústria do mundo, atrás de petróleo e de armamentos, que tem como principal insumo a criatividade e a inovação.
Da moda ao design, passando por cinema e literatura e incluindo a produção de software, a chamada indústria criativa movimenta bilhões de dólares no mundo todo.
O conceito vem dos anos 90: indústrias criativas são aquelas com potencial de geração de riqueza e emprego por meio da utilização de propriedade intelectual.
Do conceito surgiram experiências de cidades ou núcleos criativos, como forma de transformação de áreas degradadas e de desenvolvimento sustentável.
Esse tipo de empreendimento se encaixa como uma luva em áreas degradadas e violentas. Por meio do envolvimento dos alunos-designers, estilistas e artistas - com a comunidade, áreas podem ser recuperadas.
A criação de núcleos e redes de cidades criativas é uma alternativa para se enfrentar as dificuldades na criação de empregos via ao incentivo ao fomento, ao empreendedorismo, de forma que os indivíduos possam criar suas próprias empresas.
As novas empresas baseadas na economia criativa têm sido muito mais eficazes a aproveitar as novas oportunidades proporcionadas por esse tipo de visão onde seus empreendedores optaram não pelo primeiro emprego, e sim, pela primeira empresa consonância com as propostas da economia criativa.
É preciso vencer as barreiras físicas. Elas estão sendo rapidamente superadas pela internet, as psicológicas, fruto de resistências às mudanças mentais ou emocionais e tradicionais materializadas na cultura, costumes e hábitos, muitos deles já enraizados, difíceis de mudar para sair das formas tradicionais de criar empresas.
A criação do auto-emprego constitui um elemento essencial para vencer o fantasma do desemprego.
\ Os empreendedores promovem a geração de empreendimentos que ofertam produtos/serviços, mas também representam um exemplo vivo de que é possível propiciar aos jovens à alternativa de ser um empreendedor ao invés de ser empregado.
Falar de empreendedorismo é falar do ser humano e, por conseguinte, da capacidade nata que ele tem de se moldar, suplantar e transcender os limites impostos a ele. É encontrar uma saída, e diga-se, dos empreendedores, uma boa saída, para os momentos de crise.
É falar de conhecimento, inovação, sabedoria, visão, ousadia, coragem. É discorrer de ética, de novas possibilidades e caminhos por desvendar.
Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora.
É preciso promover uma ocupação de prédios históricos que seja inclusiva e que gere riqueza, Esse é um conceito novo, que precisa ser compreendido pela sociedade. Brasil e Portugal precisam empreender mais na área e exportar a diversidade cultural, do mamulengo ao software e à arquitetura.
"A criatividade e a inovação são insumos que não acabam e a economia criativa pode ser uma grande estratégia de desenvolvimento com distribuição de renda.".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

E-Business: A Nova Visão de Negócio no Século XXI

Hoje se constata que uma força poderosa atualmente impele o mundo a um único ponto convergente, e essa força é a tecnologia. Ela proletarizou as telecomunicações, a Internet, transportes e viagens, tornando-os baratos e acessíveis, nos lugares mais isolados do mundo e às multidões empobrecidas. Subitamente, em nenhum lugar ninguém se acha isolado das fascinantes atrações da modernidade. Quase todas as pessoas, em todos os lugares, querem todas as coisas que ouviram, viram ou experimentaram, através dos novos veículos tecnológicos que impelem suas vontades e desejos. E isso as impele cada vez mais para um ponto comum global, dessa forma homogeneizando os mercados em todos os lugares.
O empreendedor tem plena consciência de que o resultado disto é uma nova realidade empresarial, o surgimento explosivo de mercados globais para produtos globalmente padronizados, mercados gigantescos em escala mundial, de magnitude jamais imaginada.
É o mundo de tecnologia cuja “lei suprema é a convergência, a tendência para que tudo se torne mais parecido com tudo o mais”.
Perceber as transformações é uma fonte inesgotável de oportunidades para o empreendedor. O ato de observar significa colocar a mente naquilo que os olhos vêem.
Com muito esforço e imaginação, a mente observadora do empreendedor aprende rapidamente onde estão oportunidades de negócios.
O empreendedor sabe perfeitamente que o propósito da empresa é conseguir e conservar clientes. Ou, para usar a construção mais exigente de Peter Drucker, criar e manter clientes. A empresa faz isso se casando construtivamente, como os ideais de inovação, procurando constantemente oferecer produtos melhores ou mais desejados.
Nada impele o progresso como a imaginação. A imaginação do empreendedor é fundamental para a difusão do empreendedorismo. A idéia precede o feito. As únicas exceções são os acidentes e a seleção natural, porém, essas coisas não podem ser frutos da vontade. Para o empreendedor, as idéias podem ser desejadas e a imaginação o seu motor. Embora o empreendedor reconheça que o progresso comece com a imaginação, ele sabe perfeitamente que somente o trabalho pode fazer com que as coisas aconteçam. E o próprio trabalho funciona melhor quando abastecido, uma vez mais, pela imaginação. Uma idéia ou uma nova conceituação geralmente requer a aplicação imaginativa do esforço para obtenção dos resultados almejados. Assim, “a imaginação gera a idéia e depois, para ser eficaz precisa convertê-la em resultados”.
Parafraseando o famoso explorador polar Sir Ernest Shakleton, podemos dizer que um anúncio de recrutamento de empreendedores dispostos a instalarem-se numa incubadora, poderia ter o seguinte enunciado: “Procuram-se Homens/Mulheres para Jornada Arriscada. Salário zero, muito trabalho, longos meses de nenhuma retirada de lucros, perigo constante, concorrentes fortes, mercado a criar, clientes a conquistar, retorno sobre investimento duvidoso.
“Honra reconhecimento e possibilidades de satisfação das necessidades de realização e triunfar em caso de sucesso”. A procura pelas vagas certamente surpreenderia a todos os envolvidos no processo.
O descobrimento da simplicidade é a essência da imaginação do empreendedor. Imaginação significa construir mentalmente o quadro do que existe e do que deveria existir, do que nunca foi realmente experimentado. “Exercer a imaginação é ser criativo”. Requer inventividade intelectual ou artística.
Qualquer indivíduo pode fazer isso, e a maioria das pessoas o faz. Infelizmente, porém, somente em devaneios e fantasias, quando não estão limitadas por convenções ou convicções.
Para fazê-lo em negócios, o empreendedor sabe que é preciso deixar de lado essas restrições, que há também necessidade de disciplina, especialmente de afastar-se do que existe e do que existiu. Ele tem plena consciência de que geralmente é preciso combinar fato ou idéias díspares, em novos amálgamas de significados.
É preciso que exista uma massa crítica de pessoas que utilizem a nova ferramenta. Se isto não acontecer, ela será, em grande medida, irrelevante. Uma nova máquina não nos obriga a avançar em determina da velocidade. A máquina (neste caso, a Internet ) faz a diferença apenas quando satisfaz preferências e interesses humanos.
Para combater o principal fantasma da industrialização (a morte prematura de empresas), o Brasil e Portugal precisam fomentar, cada vez mais, as incubadoras que subsidiam a instalação de micro e pequenas empresas e dão assessoria e acompanhamento técnico a quem, ainda inexperiente, deseja investir em um novo negócio.
A criação de um empreendimento, de base tecnológica ou não, implica em correr riscos, muitas das vezes na quebra de regras preestabelecidas, e ser um verdadeiro empreendedor sempre tem sido muito importante para geração de emprego e renda, porém atualmente os empreendedores são, cada vez mais, cruciais para o desenvolvimento econômico.
O vigor e a audácia empresariais que caracterizam os empreendedores representam um verdadeiro afastamento, diametralmente oposto do sonambulismo daqueles que não acreditaram na incubadora como mecanismo eficiente e eficaz para criação de empresas.
Isso começou principalmente com o advento de novos empreendedores em campo, ou um punhado de antigos empreendedores com novas idéias. E não há dúvida de que foram eles como indivíduos, e não somente a existência de incubadoras, que fizeram e ou estão fazendo as revoluções nas suas empresas. Eles tiveram visões, promulgaram as idéias e inspiraram suas organizações.
Vivemos num mundo de descontinuidades, onde a digitalização, desregulamentação, e globalização está reformulando, redesenhando profundamente o panorama industrial.
O que hoje assistimos é uma dramática proliferação de novas formas de vida econômica: organizações virtuais, consórcio globais de empresas, parcerias, comércio baseados na Internet, e infinitas outras modalidades.
Inevitavelmente, o mar de transformações econômicas é a maior fonte de oportunidades para o empreendedor e uma fonte, quase inesgotável, de criação de riquezas, nas próximas décadas – da mesma forma que foi transição da economia agrária para a industrial, na última virada de século.
A estratégia de inovação, a habilidade para reinventar a base de competição dentro de uma indústria já existente e inventar novas indústrias inteiramente novas. Ela provavelmente será a próxima fonte de vantagem competitiva sustentável para as empresas darem a volta ao mundo que será cada vez mais marcado pela incerteza, um mundo não-linear, somente estratégias não-lineares criarão substanciais riquezas.
Os empreendedores já perceberam que é preciso derrubar certos mitos:
• a análise da indústria é a chave da estratégia. Os empreendedores – rompedores de regras preestabelecidas – sabem o quanto é atualmente difícil definir precisamente onde uma indústria começa e termina. Isto é já particularmente verdade para os serviços financeiros, telecomunicações e uma variedade de outras indústrias. A questão, “Em que indústria está?”, está tornando-se cada vez mais difícil de responder;
• o empreendedor deve focalizar-se nos seus competidores diretos. No passado, era relativamente fácil dizer quem era o competidor e quem não o era. Atualmente, é difícil distinguir competidores de colaborador, parceiro de fornecedores de clientes. Os “violadores” das regras preestabelecidas percebem claramente que o emprego dos termos rivais, rivalidade hoje não é tão simples como parecia ser, num passado muito recente. Para muitas empresas, está tornando-se cada vez mais difícil determinar quem são seus principais concorrentes;
• em estratégia, é a empresa contra o mundo. Muitos empreendedores pensam que podem exercer um controle sobre a direção de seus negócios. Todavia, existem os que já se aperceberam o quanto é difícil delimitar as fronteiras de seu empreendimento – início e fim – trabalhadores temporários, terceirização, e contratos de fornecimento de longa duração são uma realidade, nos dias de hoje.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

NEGÓCIOS VIA INTERNET = IDEIAS DE McLUHAN + EMPREENDEDORISMO

A Internet é um dos instrumentos que vem impulsionando a revolução empreendedora. Há milhões de pessoas que neste momento estão usando-a ao redor do mundo. Não temos dúvidas de que existe um grande número de oportunidades de negócios muito lucrativos na Internet.
Para os pequenos empreendedores, a possibilidade de se transformar numa empresa global de forma rápida é notável. Nunca se viu isso antes. Abriu-se uma janela de oportunidades para oferta de serviços que está a alimentar um “boom” de micro e pequenas inovadoras, uma nova onda de empreendedorismo.
É importante destacar que o movimento impulsionador desta nova onda de empreendimentos não se trata mais de engenheiros criando empresas, mas sim empreendedores em qualquer ramo de atividade, repensando seu próprio negócio, em termos da nova tecnologia da informação.
Para vencer na Internet são exigidos, do empreendedor, não só conhecimento tecnológico, mas basicamente um profundo domínio das técnicas de marketing.
Todos os empreendedores de empresas de base tecnológica bem-sucedidos, que investiram os melhores anos de suas vidas na edificação de organização de sucesso, têm hoje de enfrentar a verdade, nua e crua, de que essas estruturas, esses produtos, esses serviços e esses processos tecnológicos não são mais a realidade, à luz dos padrões de amanhã. Muitos deles continuam seduzidos pela obra feita, mas a nova realidade emerge.
O tempo de implantação no mercado de um produto de comunicações ou de tecnologias de informação frutos de um salto tecnológico, estar a ser comprimido drasticamente. Um CD-ROM levou apenas seis anos, a saltar essa barreira, ou seja, sensivelmente quatro vezes menos que a TV a cabo.
O computador pessoal levou quase o mesmo número de anos que o CD-ROM e cerca de um terço do tempo que levou o “fax”, telefone celular levou quatro vezes menos tempo que o telefone tradicional e duas vezes e meia menos que o “fax”. Ipad e Kindle estão rapidamente a tomar lugar dos notes e netbooks.
Urge que o empreendedor de empresa de base tecnológica tenha consciência dos riscos da sedução da obra feita, com a ideia de que o que construirão continuará a florescer. Contudo, é importante destacar que, ao emergir uma nova realidade, com novos modelos de negócios, a sua competitividade atual falha.
Nesta nova Era dos negócios via Internet, a idade do empreendedor já não conta absolutamente para nada. As inovações e as novas tecnologias se sucedem a uma cadência incrível, os valores alteram-se constantemente e o mesmo acontece com os mercados.
Um indivíduo pode estar estabelecido desde há vinte anos, ter obtido êxito e acumulado experiência durante essas duas décadas – e, de hoje para amanhã, perder tudo.
Para manter-se na crista da onda, o empreendedor deve estar atento ao futuro, modificar constantemente as suas estratégias, em função das alterações que vão surgir no mercado.
Isto é mais importante do que ter vinte anos de experiência e de contabilidade sólida. É preciso ter uma visão clara de seu negócio e apostar, cada vez mais, na sua intuição para detectar as melhores oportunidades de negócios.
O empreendedor tem de dar atenção, agora, mais do que nunca, à forma como as empresas criam valor, tanto no mundo físico como no mundo virtual. E ter em atenção que os processos de criação de valor não são os mesmos nos dois mundos.
As transformações provocadas pela Internet, no mundo dos negócios, podem ser consideradas radicais. O seu custo de acesso ao usuário é baixo.
Isto está a causar grandes preocupações aos gigantes da indústria do software. A raiz desta situação é a maneira pela qual o software é concebido, distribuído e consumido.
A Internet e a sua World Wide Web têm criado uma infra-estrutura para entrega de informação para computadores, virtualmente em qualquer lugar. Agora, a mesma coisa está acontecendo com o software, graças a World Wide Web.
O resultado: uma revolução nos software. Esta situação abre uma grande janela de oportunidades para as micro, pequenas e médias empresas – seus empreendedores, usando a Internet, têm mais possibilidades de distribuir, de forma mais competitiva, os seus produtos. Os varejistas ainda terão muitos clientes, contudo, mais e mais softwares serão distribuídos via Internet.
A Internet é o elemento fundamental na destruição e (re)construção de um novo modelo para a indústria de software. A World Wide Web torna a Internet um gigantesco disco rígido. A Internet realmente muda tudo e, com isso, gera uma gama incrível de oportunidades para os empreendedores-cibernéticos.
A auto-estrada da informação não é uma metáfora muito boa para o que está acontecendo. Ela sugere uma grande construção, cabos que iriam conectar todo o mundo. Não é isso que está ocorrendo. Trata-se de mais um supermercado da informação, em vez de uma estrada da informação.
O supermercado pode ser montado a partir de diferentes tecnologias: TV a cabo, telefone, satélites, celular. Pagers, Iphones, Ipod, etc.. Temos de esquecer a ideia de que alguém vai sair por aí, passando cabos e conectando todo o mundo.
O meio já não seria a mensagem, ao contrário do que disse Marshall McLuhan, essa é a opinião de Negroponte. Na concepção deste “guru” da cibernética, o meio é apenas uma das encarnações da mensagem. Uma dada mensagem pode ter diversas expressões mediáticas, automaticamente deriváveis, a partir dos mesmos dados.
Sob outro ângulo de abordagem, o digital levará à mudança da natureza dos mass media – de uma situação de “empurrar” os bits para cima do público, para outra que serão as pessoas (ou os seus computadores) a “puxar” por eles.
Esta é outra mudança radical, porque o tradicional conceito de media radica na ideia de uma sucessão de patamares de filtragem, que reduzem a informação e entretenimento a uma coleção de top stories e de best-sellers, lançados para diferentes audiências.
Neste momento, mesmo que um monte de empresas esteja indo para o mercado tentar aproveitar as oportunidades geradas pela Web, que são muito grandes, nem todas estarão nele no futuro. Vão surgir algumas caras novas no salão, mas no total será menos gente do que antes do início do baile.
Antes tínhamos uma crise de sobrevivência e agora uma crise de oportunidades. Há um monte de oportunidades fora das quatro paredes da empresa. A questão é saber quais os bons empreendedores-cibernéticos para tirar vantagem deles.
A empresa da Era da Web deve ser a de totalmente voltada para o mercado, tendo como objetivo principal a satisfação de desejos e necessidades dos clientes. Se o foco da empresa está em como fazer dinheiro, em vez de como solucionar problemas, ela não enxergará as novas oportunidades. Muitas vezes, elas estão muito distantes do foco.
Vejamos uma coisa bem simples, como a distribuição dos softwares. Hoje, os seus produtores gastam pesadas somas em separar os disquetes, colocá-los em embalagens apropriadas, e enviá-los para os varejistas que ainda terão o trabalho de expô-los em suas prateleiras.
Então, eles gastarão milhões em publicidade para atrair clientes a irem às suas lojas e comprar o software. Na rede, um consumidor simplesmente clica o ícone do software desejado e de forma online é introduzido no computador. Esta sistemática dispensa o varejista e o processo de instalação.
Vive-se uma Era de revoluções: o surgimento das redes sociais. A ascensão econômica do Terceiro Mundo. A Era da Informação. Por trás destes acontecimentos, vislumbra-se uma ideia: abertura. Foram colocadas abaixo todas as fronteiras e barreiras econômicas.
Sendo a Internet uma rede mundial formada por redes de computadores de todo o tipo, isto permite a troca de mensagens, programas, imagens e todo tipo de informações entre si. São através das autoestradas da informação que se podem conseguir, de forma rápida, notícias e intercambiar mensagens com o resto do mundo. Desde sua implantação, a rede tem duplicado de tamanho, ano após ano.
Para conectar-se à rede é preciso dispor, basicamente, de um computador, um modem. É a revolução das comunicações mundiais, com fortes impactos nas vidas das pessoas e da forma como as empresas empreendem seus negócios. As redes sociais são a última palavra no campo das comunicações entre os indivíduos.
Na era eletrônica, não se vai trabalhar: o trabalho começa quando se liga o computador portátil. Não se vai à escola ou às compras: a escola e as lojas vêm a nós. Também não se vai ao banco: transporta-se o banco no bolso. As transações comerciais e sociais estarão centradas no lar e no indivíduo.
Os sistemas políticos e econômicos são sempre os últimos a mudar. São os que apresentam maiores dificuldades para perceberem os avanços tecnológicos. Estão a criar, a todo instante, regulamentações que entravam os projetos inovadores de jovens empreendedores de empresas de base tecnológica.
Marshall Mcluhan está de volta, de repente. Há mais de 47 anos, McLuhan em 1964, suscitou controvérsia, quando disse que os avanços das telecomunicações e a informatização iriam transformar o mundo numa Aldeia Global.
Com as novas tecnologias – Internet – o conhecimento pode ser transmitido pelo planeta num instante. Marshall McLuhan estaria orgulhoso. O rápido aumento na utilização da Internet, como instrumento de negócios, criou uma teia de comunicações mundiais que interliga profissionais capacitados a colaborar, em todos os pontos do mundo.
É possível saltar continentes e oceanos, com o toque de um botão. A localização geográfica deixou de ser um fator restritivo, na hora de o empreendedor de empresa de base tecnológica criar e desenvolver seu empreendimento.
Hoje, a comunidade global de milhões de pessoas ligadas à Internet prova que Mcluhan estava na pista certa, e esta nova geração, “antenada” de empreendedores, está revendo suas teorias.
McLuhan morreu em 1980, justamente quando o PC se transformava em realidade, mas suas ideias ainda estão na vanguarda do estudo da mídia e da análise dos efeitos da mídia sobre a cultura.
McLuhan alcançou a fama por sua definição de que o meio é a mensagem, o que resumia seu ponto de vista do impacto da tecnologia da comunicação na personalidade e na imaginação humanas.
Foi um profeta de nossa época e um missionário da tecnologia, pois quando ele afirmou isto, a palavra meio não existia em seu significado atual como um canal de comunicação. Mas já então ele, claramente, acreditava que o meio é a mensagem, ou pelo menos, que o meio determina e configura a mensagem.
McLuhan via a tecnologia mais como humana do que divina. A tecnologia é uma extensão do homem. A tecnologia, para McLuhan, é o auto-aperfeiçoamento do homem, o modo pelo qual ele se estende, transforma-se, cresce e reafirma.
É exatamente como um animal que desenvolve um novo e diferente órgão, através da evolução natural torna-se um animal diferente, também um homem que desenvolve uma nova e diferente ferramenta e, em conseqüência, detém uma extensão, torna-se um homem diferente.
Hostilidade para, e desencanto com, a tecnologia foi a “causa” ostensiva da década de 60 do século passado e dos primeiros anos do decênio 70 do século passado.
Não se poderia imaginar menos provável herói de cruzada ambiental do que esse arquitecnólogo, Marshall McLuhan, o metafísico do meio eletrônico.
A geração dos anos 70 e 80 do século passado compreendeu, através dos ensinamentos de Marshall McLuhan, que a tecnologia teria de ser integrada à metafísica e à cultura, à estética e à antropologia humana – o que realmente estava na essência da antropologia humana e do autoconhecimento do homem – que este profeta ofereceu um refluxo de uma nova realidade.
Mas o seu panorama era muito nebuloso e sua expressão oracular somente contribui para o apelo que ele provocou.
O mais importante discernimento de McLuhan não é o fato de que o meio é a mensagem. É o de que a tecnologia é uma extensão do homem, ao invés de “apenas um instrumento”.
Não é o mestre do homem. Porém modifica o homem e sua personalidade e o que o homem significa – ou verifica interiormente ser – do mesmo modo como altera o que ele pode fazer.
A ideia de McLuhan de que se possa integrar tecnologia, cultura e metafísica, é bastante interessante. Esta visão relaciona a tecnologia à atividade específica do homem chamada trabalho.
A tecnologia pode ser definida “de como as coisas são feitas ou preparadas”. É como o homem faz ou produz. A tecnologia trata da propositada evolução não organizada de coisas fabricadas pelo homem, através das quais ele desempenha essa atividade humana particular e única, o trabalho.
E o modo pelo qual o homem faz ou produz, o modo como ele trabalha, tem então profundo impacto sobre o seu modo de viver, o modo de viver com outros de sua própria espécie, e como ele próprio se vê – e por fim talvez até mesmo sobre o que ele é.
O trabalho é, sobretudo, o vínculo social específico na vida humana e na história. O liame orgânico que é baseado na necessidade de cuidarmos do jovem indefeso é dividido pelo homem com muitos dos grandes animais; as elefantas tomam conta dos seus filhotes por mais tempo do que o fazem as mães humanas, e poderão fazê-lo melhor.
Mas o vínculo social inimitável que o trabalho cria – em toda a sua plasticidade, flexibilidade, diversidade e exigência – constitui a dimensão humana específica; é o relacionamento entre a tecnologia como instrumento e tecnologia como cultura e personalidade. E o trabalho é uma atividade social que Marshall McLuhan jamais se dignou notar.
Já é hora de cobrarmos da tecnologia seu aspecto de dimensão humana social e específica e do modo como o homem a manipula. Estudos desenvolvidos atualmente apontam nesta direção.
A Internet ultrapassa áreas políticas e geográficas. McLuhan provavelmente diria que hoje, mais do que nunca, os computadores nos estão interligando numa Aldeia Global, tanto assim que ela já se transformou em algo mais semelhante a um teatro global.
Qualquer pessoa que disponha de um computador e um modem podem subir no palco mundial, e principalmente é capaz de fazer negócios que giram em torno de bilhões de dólares.
McLuhan acreditava que a cultura frequentemente descreve círculos completos. As conferências on-line são umas voltas à velha tradição oral, facilidade de ler e escrever já não é um requisito fundamental, como o é nos fóruns acadêmicos, e as pessoas interagem, através dos computadores, sem usar palavras: com ícones, com voz e com os novos ambientes de realidades virtuais.
As novas tecnologias multimídia, assim como as novas mídias trouxeram novas mensagens. Em suma, surgiu uma nova cultura.
Já se passaram 47 anos desde que Marshall McLuhan afirmou que as sociedades modernas serão modeladas mais pela natureza dos meios de comunicação que utilizam, do que pelo conteúdo do que comunicam.
A revolução digital chegou e mudou os hábitos, mas apesar dos cavaleiros do apocalipse, o novo paradigma, a Internet e seus agregados, não destruíram o anterior, a civilização TV pré-1994.
A flecha verbal de McLuhan acertou no alvo, mas faltou ao profeta à clareza de Thomas Kuhn, que em “The Structure of Scientic Revolutions, de dois anos antes, afirmou que na ciência uma mudança de paradigma não significava a destruição de seus predecessores, mas sua transformação.
A nova realidade em que a garrafa do vinho vale mais que sua degustação, a mudança de paradigma representado pela velocidade da World Wide Web em prover todo o tipo de informação e do internauta de recebê-la e reproduzi-la (tê-la na garrafa) sem que seja necessário conhecê-la (saber seu sabor).
O tempo de maturação do novo paradigma surpreendeu a todos: empreendedores e usuários. Quase duas décadas se passaram incorporação da Netscape de Marc Andressen ao mundo da realidade virtual e do comércio eletrônico, com o surgimento de dilemas que se avolumam, conforme a Web é alimentada com generosas doses do conhecimento humano.
Um novo setor na economia está a emergir, precisamente a partir da convergência de três C’sda computação (computadores, software, serviços), das comunicações (telefonia, cabos, satélite) e conteúdo (entretenimento, publicações, fornecedores de informação), com profundas implicações, não só à vida das pessoas, bem como na forma como os negócios serão criados, desenvolvidos e consolidados, daqui para frente.
A unidade econômica principal da economia industrial era a corporação, a empresa, a unidade de base da nova economia digital é você – é o indivíduo, o empreendedor ou a molécula.
Mudaram-se os tempos. Na nova economia, a nova empresa tem uma estrutura molecular. E é baseada no indivíduo, no empreendedor.
O trabalhador do saber, os empreendedores de empresas inovadoras funcionam como uma unidade de negócios que se adapta às condições ambientais, onde as perspectivas de se obter um emprego full time estão cada vez mais remotas.