sábado, 24 de dezembro de 2011

SEJA EMPREENDEDOR DENTRO DE SUA EMPRESA

Quando se fala em empreendedorismo, logo se associa à ação de criar uma empresa – o empreendedor como aquele que abre um negócio e precisa gerir sua firma e funcionários. Mas, ao conversar com o professor universitário Emanuel Leite, os conceitos sobre o tema passam por uma reformulação. Segundo ele, especialista no assunto, o empreender está mais ligado a ter um comportamento inovador do que ao fato de ser o responsável pela abertura de uma empresa. “A pergunta a ser feita é: qual o objetivo de se criar uma empresa? Se responder que é para ganhar dinheiro, o foco está errado. A resposta é para criar, manter e fidelizar uma clientela. Por isso que nem todo empresário é empreendedor. O empreendedorismo está ligado à inovação, mas não no sentido tecnológico, e sim comportamental. É preciso ser inovador”, afirma Emanuel Leite. E este espírito se leva para dentro de uma empresa, no exercício de colaborador mesmo. “Estes são os intraempreendedores, que não desejam sair da empresa na qual possuem contrato e querem contribuir”, explica. Para ser inovador, é preciso reunir espírito de liderança, capacidade de adaptação de ideias e constante atualização. “Para conseguir ser inovador, é necessário sair da zona de conforto, estar sempre inquieto em busca de novas ideias e, o principal, correr riscos calculados. Por isso, poucas pessoas mantêm este espírito, mas é isso que vai fazê-las se sobressair no ambiente profissional. Até porque a tendência para um futuro bem próximo, se bem que já existe no presente, é a extinção do emprego – do contrato com uma empresa – para a prevalência do trabalho – do exercício autônomo”, diz o professor universitário. Para quem deseja manter um espírito empreendedor, o professor Emanuel Leite enumera dez passos (ver quadro). “Todos podem e devem ser empreendedores. É preciso ser determinado porque o trabalho é contínuo e cultivar o que chamo de cinco ‘Ps’: paixão, paciência, prudência, perseverança e prática”. 10 PASSOS PARA UM ESPÍRITO EMPREENDEDOR 1 – Busca por oportunidades; 2 – Persistência; 3 – Correr riscos calculados; 4 – Exigência de qualidade; 5 – Comprometimento; 6 – Busca por informações; 7 – Estabelecimento de metas; 8 – Planejamento e monitoramento sistemático; 9 – Rede de contatos; 10 – Independência e autoconfiança. PARA SABER MAIS Livro - Empreendedorismo, Inovação e Incubação, de Emanuel Leite / - O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Leite Site: http://emanueleite.blogspot.com/ Fonte: Folha de Pernambuco

domingo, 11 de dezembro de 2011

GOOGLE – A TRABALHAR COM ATIVOS DOS OUTROS

Ingenuidade e paixão é uma mistura potente. Combine essas duas características com poder e você tem uma força incrível, Capaz de provocar grandes mudanças para o bem ou mal. Todo empreendedor tem plena consciência que tem uma missão. Os criadores do Google afirmam que seu objetivo é mudar o mundo. “Ganhar dinheiro é apenas uma tecnologia para pagar isso”. Empreendedores brilhantes sempre estão no coração do sucesso de qualquer empresa. Questionam tudo acreditam sempre que a busca de oportunidades e iniciativa é a chave do desenvolvimento de qualquer negócio. Ao olharmos pelo retrovisor percebemos quantos empreendimentos sucumbiram quando o livro impresso substitui os pergaminhos, o telefone que destronou o telégrafo, o automóvel colocou fora de uso das carroças e os cavalos como meio de transportes, o avião que suplantou os navios, o computador superou as máquinas de escrever, os cheques de viagem perdendo terreno para os cartões internacionais. Todos esses produtos vencedores são frutos do conhecimento. O objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes para tanto os empreendedores precisam focalizar os clientes não apenas por idade, sexo, renda, profissão ou local onde moram, mas por preferências pessoais no que se referem a atividades de lazer, locais que gostam de visitar, preferências em produtos/serviços e notícias. É colocar-se – literalmente – no lugar dos clientes que vão usar seu produto ou serviço. Só assim é possível desenvolver aquilo que realmente interessa ao cliente e não à própria empresa. Os empreendedores acreditam que estão modelando um mundo novo e melhor ao usarem com responsabilidade o marketing e a inovação. Não querem fazer nada errado e nem causar prejuízo ao mundo ou às pessoas, mas sabem que é preciso inovar cada vez mais e isso nem sempre deixa todo mundo contente. Investido dessa convicção, os empreendedores têm de fato deixados muitos concorrentes para trás. A revolução da inovação é “um tsunami que, quando você está no oceano, não passa de uma onda grande quando atinge a costa é maior. Imensamente maior”. A inovação avança rapidamente e será amigável com as entrincheiradas empresas míopes. No final do século passado era incipiente a internet, DVSs, televisão por satélite, celulares, máquinas fotográficas digitais. iPods, Play Satsion ou blogs. A informação e o entretenimento foram rapidamente democratizados à medida que a inovação deu poder aos consumidores não apenas para garimpar qualquer notícia a partir de um motor de busca, mas para copiar e compartilhar essa informação. O exemplo da é elucidativo o Google começou como uma empresa de tecnologia e evoluíram para uma empresa de mídia, publicidade, e software, todas em uma só. Fornecer informação para as massas é a sua missão. O Google é uma feliz junção de cientistas e artistas que são vidrados em inovar, subverter a ordem normal de fazer as coisas. É a materialização do espírito empreendedor, da utopia dos que sonham com um mundo novo que leve a uma mudança transformadora fruto de uma cultura baseada e focada no cliente, pois as duas funções fundamentais de qualquer negócio são o marketing e a inovação. Que desafio atormenta um empreendedor como o Bill Gates? Ele teme de alguém em uma garagem esteja a criar algo totalmente novo. Ele não tem a mínima idéia de onde pode estar localizada a garagem – nem mesmo em qual país – e não poderá adivinhar a natureza dessa nova tecnologia. Sabe apenas que a inovação é, em geral, o inimigo das empresas estabelecidas. Empreender é afastar-se de sonhos teóricos e ter a noção de como as coisas funcionam na prática e como são os usuários. Esse é o paradoxo dos tecnólogos: com freqüência, adicionar funcionalidade implica aumentar a complexidade. Podemos substituir o sistema, mas podemos substituir o usuário. Faz-se necessário ter uma visão clara do negócio. Um ponto de vista focado no consumidor. É preciso desenvolver o espírito empreendedor nos indivíduos. O empreendedor precisa convencer os seus clientes a entender o seu modelo de negócio, as coisas não acontecem facilmente, mas na verdade é que basta fazer isso para que as pessoas se aproximem e percebam que estão apegadas a hábitos antigos que não são tão bons assim como é a nova proposta. O empreendedor sabe perfeitamente o que o seu cliente quer. O Google ao copiar pedaços e pegando do conteúdo de reportagens e conteúdo de livros e postando como se fosse dele estar a trabalhar com os ativos dos outros. Sem pagar nada. E o melhor negócio do mundo. Aprender com os erros é uma das maiores características do empreendedor, pois quando comete uma falha é um sinal de que estava a trabalhar com agilidade e fazendo muitas coisas. Ele tem a consciência que não pode é deslizar por estar a trabalhar com lentidão e perda de oportunidades Nos dias de hoje é as empresas micro, pequenas ágeis e com uma visão e missão específica podem dar certo. As grandes empresas é que estão passando por maus bocados. Elas são muito impacientes porque não conseguem explicar aos acionistas públicos como vão conseguir um retorno rápido ao investir em start-ups. Grandes empresas não inovam; elas funcionam. As estrelas desse século serão os empreendedores. “Muitas vezes errados, nunca em dúvida” São pessoas interessantes que desenvolvem trabalhos incríveis, tudo na internet. Trata-se de um novo mundo, com uma nova mídia e um novo comportamento do usuário. Para conquistar esse público, é preciso entender a maneira como eles reagem. Os usuários não apenas acessam, recebem informações ou se divertindo. Ele estar interagindo – a palavra interagir como uma nova métrica, ao contrário de ficar assistindo. Podemos denominar isso de estado ativo, em oposição ao estado passivo Esse público se interessa por diferentes formas de contar uma história. O sucesso que qualquer negócio na internet tem permitir que o usuário seja capaz de acessar o conteúdo em qualquer dispositivo, aprender procurando por informações na internet, jogar videogames, conectar-se a redes sociais e de mensagens instantâneas, fazer micro transações envolvendo dinheiro na internet e criar conteúdo gerado pelo próprio usuário. “Conteúdo é como o consumidor escolhe passar o seu tempo”. Uma vez que você alcança certo tamanho, precisa descobrir novas maneiras de crescer, então começa a investir em outras linhas de negócios. E quando você faz isso, meio que desperta aqueles que estão sendo incômodos que passam a tentar barrar a sua entrada nesses novos negócios. É difícil ter uma visão mais ampla quando se está muito focado. Quando uma empresa cresce rapidamente. Seu ambiente se altera bastante. As prioridades passam a depender do que cai bem internamente, e, aos poucos. O empreendedor se afasta dos clientes. Crescer demais e perder o foco deve ser de longe a maior preocupação. O objetivo de qualquer negócio é satisfação do cliente. É preciso ter uma visão coesa e focada sobre a empresa. Não se pode correr o risco de querer fazer tudo e ser tudo, para todo o mundo. É preciso preocupar-se com a simplicidade. Empreender é viver a fantástica, porém dolorosa experiência de fracassar e dar a volta por cima. A sabedoria do fracasso proporciona um enriquecedor aprendizado. O Google montou seu modelo de negócio trabalhando com o conteúdo dos outros a um custo zero. É a única empresa que sua matéria prima é os ativos dos outros. O mundo dos negócios vem mudando muito rapidamente. Os serviços de mídia que não existiam há uma geração, tais como celular, banda larga, TV digital, TV por satélite e iTunes, entre outro O público que era fiel à televisão aberta mudou para TV a cabo, para o vídeo sob demanda, para os DVSs, para o YouTube, para Facebook, etc. A informação precisa ser livre. As empresas podem ser divididas em duas grandes categorias: as poucas que criam ondas e as muitas que aproveitam para embarcar na onda – ou se afogam. As empresas de elite que criam as ondas são raras, os surfistas são comuns. Uma empresa pode ser bem-sucedida, como a Cisco, a Dell, a Oracle, embora isso não altere fundamentalmente o comportamento do consumidor ou das outras empresas. A proposta da Dell de produzir computadores com a maior eficiência possível era original, não revolucionária; afina, ela mudou o mundo como os consumidores se comportam. Steve Jobs e a Apple são criadores de ondas. Já Dell tentou surfar nas ondas. A onda da Apple começou com o Apple II, que lançou a era do PC em 1997. Em 1984 veio o Macintosh, com sua inovadora interface gráfica, Depois, surgiu o estúdio Pixar, que transformou o cinema de animação, e, por fim, o iPod, o iTunes e iPhone. É seguro dizer que a Intel e a HP criaram ondas, bem como a Amazon. Existem aqueles que dizem que a Microsoft não se qualifica porque ela surfou as ondas que os outros inventaram, mas é inegável que o sucesso que ela há três décadas mudou a computação. É muito cedo para saber se o Facebook, o YouTube, o Twitter ou a Wikipédia vão ter impacto duradouro. O Google é criador de ondas. Ele eliminou as barreiras para encontrar a informação e o conhecimento. A onda Google quebrou em cima de indústrias inteiras: de publicidade, jornalismo, edição de livros, telefonia, cinema, software e fabricantes de equipamentos. Seu poder é medido pelas empresas que a temem e pelo público que a adora. “A atual geração de empreendedores vem crescendo no mundo on-lne, acreditando que tudo o que digital é grátis. Podemos pensar na internet como uma máquina copiadora que produz informações gratuitas? Como um empreendedor faz para ganhar dinheiro vendendo cópias gratuitas? Quando a cópias são gratuitas, o empreendedor precisa vender coisas que não podem ser copiadas. A primeira delas é a confiança, que não é duplicável. Confiança precisa ser conquistada ao longo do tempo”. O empreendedor digital acredita que a internet pode transformar vidas, sociedades e economias positivamente tendo sempre em mente a responsabilidade social corporativa. Sempre a experimentar, correr riscos e inovar tendo como pano de fundo uma visão de negócio onde social esteja presente. Em 1989 não existia a internet e a IBM era a número um do negócio de informática. O objetivo das empresas do ramo era tentar superar a IBM. Passaram-se décadas a televisão virou um dinossauro. Assistimos o surgimento e desaparecimento de empresas. A Netscape é um exemplo. As ondas de destruição criativa renovam rapidamente o tecido econômico. Muitos empreendedores ao ver o Youtube se perguntam como não previ o Youtube? E a CNN? A ESPN? Como é possível que a IBM tenha cedido o sistema operacional desenvolvido para Microsoft que qualquer PC utilizar? O mundo está a caminhar rumo às vendas diretas – sem intermediários, sem lojas? A internet democratiza o conhecimento – empreendedorismo + conhecimento = criação de riquezas – permitindo a todo o acesso às lojas virtuais, jornais, revistas ou livros de qualquer parte do mundo.