EMPREENDEDORISMO PODE SER ENSINADO/APRENDIDO?
Se o empreendedorismo fosse um dom inato, da forma como as pessoas nascem com o dom para a música ou com o dom para a pintura, estaríamos em uma situação ruim, pois sabemos que apenas uma pequena minoria nasce com grande talento em qualquer uma dessas áreas. Portanto, ficaríamos limitados a encontrar pessoas com alto potencial para serem empreendedores o mais cedo possível, e treiná-las da melhor forma para desenvolver o talento delas.
Dificilmente poderíamos esperar encontrar pessoas suficientes
para as tarefas empreendedoras da
sociedade moderna. De fato, se o empreendedorismo fosse um dom, nossa civilização atual se tornaria altamente
vulnerável, senão insustentável. Como nossa uma
civilização de grandes organizações, o empreendedorismo depende de um grande número de pessoas capazes de desempenho e função de
empreendedor de forma razoável.
Se o empreendedorismo pode ser aprendido, no entanto, surgem as perguntas: Em que ele consiste? O que é preciso aprender?
De que tipo é a aprendizagem? É um conhecimento - e o conhecimento que se aprende de forma sistemática e por meio de conceitos? É uma habilidade adquirida como aprendiz? Ou é uma prática que se aprende fazendo as mesmas coisas
elementares repetidamente?
Tenho feito essas perguntas por vários anos. Como estudioso do fenômeno do empreendedorismo. disseminar o
empreendedorismo é crucial para mim, de duas maneiras. Aprendi que não há "personalidade empreendedora". As pessoas empreendedora que conheço diferem amplamente em seus
temperamentos e capacidades, no que fazem e como o fazem, em suas personalidades, em seu conhecimento, em seus interesses - de fato, em quase tudo o que distingue os seres humanos. O que todos têm em comum e a capacidade de
empreender, fazer as coisas certas.
Entre os profissionais empreendedores que conheço e com quem trabalhei, há homens/mulheres extrovertidos e altivos, retraídos, alguns até mesmo morbidamente tímidos. Alguns são excêntricos, outros se conformam ao que seja correto. Alguns são gordos e outros, magros. Alguns são preocupados, outros são tranquilos. Alguns bebem bastante, outros são abstêmios convictos. Alguns são homens de grande
charme, calorosos:, alguns não têm mais
personalidade que um peixe congelado. Poucos deles responderiam à concepção popular de um "líder". Mas, igualmente há homens inexpressivos que não se distinguiriam em meio à multidão.
Alguns são
acadêmicos
e estudiosos responsáveis, outros são quase iletrados. Alguns têm interesses amplos,outros não sabem nada exceto algo em sua própria área estreita e
interesses por pouca coisa mais. Alguns são egocêntricos. Há também aqueles que são de coração e mente generosos.
Há homens que vivem apenas para o seu trabalho e outros cujos principais interesses residem fora - no trabalho comunitário, em sua igreja, no estudo da poesia chinesa, ou na música moderna. Entre os profissionais empreendedores que conheci, há os que usam o
raciocínio lógico e analítico e outros que contam principalmente com a percepção e a intuição. Há homens que tomam decisões facilmente e aqueles que passam por uma verdadeira agonia toda vez que precisam mudar alguma coisa.
As pessoas empreendedoras, em outras palavras, diferem tão amplamente quanto os médicos, professores de curso médio ou
violinistas. Diferem muito dos ineficazes, e são realmente indistinguíveis dos
ineficazes
em tipo,
personalidade e talentos. O que rodas essas pessoas eficazes têm em comum são as práticas que tornam
eficaz
o que estiver em suas mãos, seja o que for. E essas práticas são
as mesmas,
quer tais pessoas trabalhem em uma empresa, quer em uma instituição pública, como administrador hospitalar, quer como reitor universitário.
Mas toda vez que eu encontrava alguém, por maior que fosse sua inteligência, iniciativa, imaginação ou conhecimento, que não conseguia observar essas práticas, percebia que havia
encontrado alguém sem eficácia.
O empreendedor, em outras palavras, é um hábito; ou seja, um conjunto de práticas. E essas sempre podem ser aprendidas. São simples, muito simples; mesmo uma criança de sete anos não terem dificuldade de entender uma prática. Mas as práticas são sempre difíceis demais de realizá-las bem. Têm de ser adquiridas, da forma como rodos nós aprendemos uma tabuada; ou repetindo 6 x 6 = 36 até se tornar um reflexo condicionado.
APOIAR O EMPREENDEDORISMO PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS
Isso parece pensar os dirigentes políticos
brasileiros quando analisamos as últimas medidas anunciadas de apoio à criação
de empresas. Porém, o trabalho é um bem controvertido. O desempregado aspira a
trabalhar e o trabalhador aspira ócio. Ninguém está satisfeito com sua sorte.
O desemprego é um grande problema
econômico e social É muito importante que todos os indivíduos tenham formação
que os tornem aptos a ser empreendedor ou empregado. Uma das principais causas
do desemprego é o desajuste entre a formação e a sua aplicabilidade: falta a
educação para ganhar-se a vida.
Encontrar trabalho de qualidade
não é algo fácil. As empresas valorizam mais as qualidades pessoais e certos
conhecimentos que um título universitário. Hoje, muitos jovens universitários
estão em busca do primeiro emprego quando deviam receber incentivos para
criarem a sua própria empresa.
O jovem universitário que é
versado em conhecimentos de informática e Internet, fala inglês, detentor de
alguma de experiência, oriunda de estágio supervisionado, e com disponibilidade
para viajar, se lhes forem desenvolvidas qualidades pessoais como
responsabilidade, iniciativa, perseverança, capacidade de trabalho em equipe,
paciência e prática, temos tudo para transformar esse jovem em um empreendedor.
O trabalho de qualidade é algo
bastante escasso. Os jovens acabam a freqüentar os subempregos apesar de sua
preparação. Para os mais inquietos, criar uma empresa aparece como uma
alternativa em seu horizonte laboral.
Quantos jovens com formação
técnica, quantos titulados superiores planejam criar sua própria empresa?
Quantos tentam mudar o modelo de ser empregado para tornar-se um empreendedor? Põe
como sua meta tornar-se um empreendedor em oposição a ser funcionário de
qualquer empresa, a preferir não sair por aí entregando seus currículos em
empresas na esperança de obter um emprego.
Quem de nossos internautas estaria
disposto a criar uma empresa? Quem aconselharia o seu filho (a) a criar uma
empresa? O que pensam as pessoas sobre o tema empreendedor x empregado. No
Brasil ainda temos muitos indivíduos a preferir ser empregados, mesmo a viver
em uma era muito interessante, a nova economia: internet, informática,
biotecnologia, etc., um mundo de oportunidades criadas por jovens
empreendedores.
É preciso uma Nova Política de
Empreendedorismo. “Desenvolver o Espírito de Empresa”, como fórmula crítica
para criar emprego e riqueza com a criação de novas empresas em geral, e a contribuição
ao crescimento dos micros, pequenas e médias empresas em particular, são
fatores essenciais para a criação de emprego e de oportunidades de formação
para os jovens. Este processo tem como fundamento o fomento de uma maior consciência
empresarial na sociedade nos programas de desenvolvimento plena cidadania entre
nossos jovens. A União, os Estados e os Municípios, nos limites de suas
competências, devem estabelecer estratégias, a fim de explorar plenamente as
possibilidades que a economia local oferece aos empreendedores interessados na criação
de emprego e renda.