domingo, 16 de maio de 2010

A produção científica e tecnológica no Estado de Pernambuco é um dos elementos impulsionadores do desenvolvimento econômico e social da região. É a alavanca responsável pela transformação da sociedade industrial para a socidade da informação.
O empreendedorismo não é uma receita, mas uma necessidade do mercado. A consolidação do Pólo de Conhecimento de Pernambuco exige a presença de empreendedores inovadores.
O que basicamente diferencia um parque de ciência e tecnologia de um parque industrial, é a criação de redes formais ou informais, entre os vários usuários e a ênfase constante na qualidade no seu âmbito mais lato. Por outras palavras, a componente soft (interação humana) deve ser privilegiada.
A sociedade de serviços está substituindo a sociedade industrial, a economia é cambiante e as especializações desaparecem. Por isso, a universidade não pode mais ser vetora de produtos acabados e sim formar empreendedores capazes de encontrar os nichos de oportunidades nessa nova sociedade, constata Carlos do Carmo da PUC-RJ.
As principais características observadas na formação de um parque tecnológico são: esforços cooperativos e o modelo tripartite governo, universidade e indústria é uma constante em praticamente todos eles, os recursos sempre bem inferiores ao necessário, a participação, cada vez mais intensa, dos governos municipais e estaduais diretamente na concepção dos projetos.
Os elementos de sucesso de um pólo de alta tecnologia bem-sucedidos são: fontes de pesquisa e desenvolvimento, universidades vocacionadas para ciência, tecnologia e engenharia, institutos de pesquisa e desenvolvimento, política regional de desenvolvimento tecnológico e programas de inovação e de apoio às novas empresas, ambiente social, habitação de alta qualidade, cultura atrativa e oportunidades de lazer e clima propício para o “empreendedorismo”, educação e qualificações, sistema educacional (educação básica e superior de qualidade), educação direcionada para formar indivíduos capazes de perceberem, darem rápidas respostas às transformações geradas pela tecnologia, formar pessoas aptas a atuarem como agentes de mudança para fazer frente aos desafios gerenciais do próximo milênio, mercado de trabalho, pessoal academicamente bem preparado e trabalhadores altamente qualificados, transportes e meios de acesso às empresas, rede de transporte bem distribuída, mercado financeiro, existência de mecanismo de capital de risco, sistema financeiro público e privado disposto a financiar empresas nascentes e bancos com mentalidade aberta para apoiar a inovação, apoio público e privado, programas governamentais de compra de produtos/serviços, ações de formação patrocinadas por entidades oficiais e mecanismos de incentivo ao surgimento de micro, pequenas e médias empresas.
Os elementos pertinentes ao conjunto de atrativos de um parque de ciência e tecnologia podem ser assim sintetizados: mão de obra qualificada, que esteja sempre renovando seus conhecimentos, tecnologia aplicada, infra-estrutura personalizada, fontes de capital com experiência em operações de capital semente e de risco; consumidores sofisticados e exigentes, cujas necessidades estejam à frente das necessidades dos consumidores de outros locais, fornecedores de máquinas, equipamentos, componentes e serviços que contribuam para a melhoria do produto e do processo de produção e concorrentes diretos da empresa, que motivem o progresso.
Pode-se afirmar que a incubadora, um dos instrumento de ação de um parque de ciência e tecnologia, como sendo um ambiente gerador de novas oportunidades de negócios, não difere muito daquele utilizado por um recém-nascido, quando ele precisa de tratamento especial. Empresas que entram no mercado podem hoje se instalar em ambientes tão protegidos quanto os dos hospitais. No entanto, em ambas as situações, a dose de esforço pessoal para sobreviver é fundamental.
Hoje o empreendedor de empresas de base tecnológica percebe que, como Schumepter em Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942), “a competição que conta é a do novo produto, da nova tecnologia, da nova fonte de suprimento, do novo tipo de organização empresarial. Essa é a competição que resulta na vantagem de custo ou de qualidade. Essa é a competição que atinge não apenas a produção e as margens de lucro das empresas existentes, mas principalmente seus alicerces e a sua própria sobrevivência”.
A revolução na tecnologia de informação e os avanços da biotecnologia deflagraram um inequívoco processo schumpeteriamo de destruição criativa. As tecnologias disponíveis, as técnicas geranciais alternativas, os recursos escassos podem ser combinados em uma infinidade de tentativas empresariais pelos empreendedores.
Podemos concluir, após a leitura deste texto, que o capital e o trabalho serão substituídos, enquanto recursos mais importantes pelo conhecimento  quem tiver a informação terá o poder. E o conhecimento é inesgotável, pelo que toda a teoria econômica, assente na escassez dos recursos, terá de ser revista. É a era do capital intelectual.
A pesquisa e desenvolvimento produzem somente um produto  o conhecimento. Na verdade, trata-se de um conhecimento com um propósito, mas, ainda assim, apenas conhecimento. A pesquisa e desenvolvimento não produzem vendas, rendimentos ou redução de custos. Elas não produzem um produto físico para venda ou um processo operacional. Porém, a pesquisa e desenvolvimento produzem o conhecimento que está nos alicerces de todos esses outros resultados.
Os parques de ciência e tecnologia e as incubadoras de empresas têm um papel determinante ao nível de desenvolvimento regional, na medida em que são importantes "motores" de desenvolvimento científico e empresarial, geradores de emprego, renda, aceleradores ao nível da transferência de tecnologia e geradores de inovação.




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