sábado, 29 de janeiro de 2011

INOVAÇÃO EMPREENDEDORA: CRIAR, MANTER E FIDELIZAR CLIENTES

As pequenas empresas atuaram muito melhor do que as grandes empresas nos últimos 20 anos. Isto porque a pequena empresa, em lugar de contratar especialista, depende mais de uns poucos gerentes, precisa de mais objetivos do que as grandes empresas, necessita concentrar-se mais uma vez que tem menor energia. O verdadeiro problema da pequena empresa surge quando o negócio supera os próprios limites.
As mudanças nas regras do jogo dos negócios estão valorizando as qualidades empreendedoras das pequenas empresas. Hoje a empresa de sucesso é caracterizada por um comportamento ágil, inovador, próximo ao cliente e com respostas rápidas no mercado.
Por isso há tanto interesse na inovação no modelo de negócios atualmente. Percebemos três grandes razões. A primeira é a rapidez cada vez maior das coisas. Tanto o ciclo de vida quanto o ciclo de concepção de produtos estão encurtando. Quando o ritmo da mudança acelera, todo mundo percebe que é preciso sair em busca da próxima grande novidade. A segunda questão é a competição intersetorial.
A concorrência está vindo de lugares inesperados. Quem teria previsto que o sucesso do iPad tiraria do páreo toda uma série de dispositivos de visualização — porta-retratos eletrônicos, por exemplo? E a terceira tendência é a ruptura causada por modelos de negócios que oferecem uma experiência melhor ao cliente em vez de simplesmente produtos.
Seguramente, algumas indústrias, como a petroquímica e automobilística, ainda requerem tamanho e escala. Porém a grande velocidade da mudança tecnológica e a fragmentação dos mercados estão corroendo a tradicional economia de escala. Com efeito, alguns filósofos do "management" agora já falam da "diseconomies of scale". Enquanto "os dinossauros" tentam ajustar-se para uma nova realidade, onde as pequenas empresas têm surgido como agentes de mudança da economia mundial.
Embora não haja consenso ao nível da exatidão dos números, muitos pesquisadores concordam que as pequenas empresas são mais inovadoras e criadoras de empregos do que as grandes. O tamanho já deixou de ser um trunfo no brutalmente competitivo mundo dos negócios de hoje - o mercado exige respostas muito mais rápidas do que se possa imaginar.
Na esteira do crescimento do "downsizing" nas grandes empresas, o movimento do "espírito empreendedor" está em ritmo acelerado. Na verdade, este processo leva a grande empresa a subcontratar e adquirir de terceiros mais e mais produtos ou serviços de pequenas empresas.
A capacidade de inovação e o dinamismo das pequenas empresas estão sendo descobertos pelas nações através do mundo como uma alternativa para uma retomada econômica. O mundo está neste momento focalizando muito mais o fenômeno, a importância do "espírito empreendedor".
Enquanto a maioria das nações está agora redescobrindo as virtudes das pequenas empresas, o "empreendedor" é uma figura indissociável da cultura americana. Desde os tempos de Thomas Jefferson até hoje, muitos americanos vêem os proprietários de pequenos negócios como uma personificação de tudo que há de melhor no "American way of life".
Até século 19, as pequenas empresas dominavam o mundo dos negócios nos Estados Unidos da América. Porém, o "empreendedor" foi diminuindo durante o rápido processo de industrialização americano.
As grandes empresas surgem nos ramos de negócios onde a economia de escala era crítica para o sucesso: estradas de ferro, indústria automobilística, química e telefonia. As vantagens do tamanho da pequena empresa estão tornando-se muito grande.
Jovens recém-licenciados, normalmente, vão trabalhar numa grande empresa porque esta tem um programa de treinamento e serviços de recrutamento no próprio campus universitário, onde recrutam e selecionam os candidatos, porém, mais de setenta por cento dos contratados deixam esta empresa dentro de cinco anos.
Não acredito que as grandes empresas desaparecerão, contudo no futuro o tamanho será uma decisão estratégica da empresa, se ela será uma grande empresa ou não, quando no passado ser grande era um objetivo em si mesmo.
Alguns ramos de negócios terão de ser grandes, devido a sua própria natureza. Apesar de hoje, existir uma gama incrível de oportunidades de negócios nas quais as pequenas e médias empresas podem atuar muito melhor, onde simplesmente surgirão resultados difusos, e fatalmente destruirá a lucratividade se for de tamanho grande. Assim, está se tornando importante meditar profundamente no tamanho certo da empresa.
Como imaginar, nos dias de hoje, um indivíduo deixando uma grande e admirada empresa para montar a sua, de alta tecnologia? Quem estaria disposto correr este risco? Poucos. Estes simbolizam o "espírito de empresa" a pedra angular, fundamental para o progresso econômico de qualquer nação. O legado empreendedor ressurge com força total nas pequenas empresas de alta tecnologia.
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer". Agora é um grande momento para se começar. Existem fortes evidências que estamos entrando numa, particularmente, era fértil para o "empreendedorismo".
Com as grandes empresas passando por processos radicais de reestruturação, com departamentos inteiros sendo extintos, o risco que qualquer empregado destas empresas virem a ser dispensado é relativamente grande.
Mas significativamente, o aumento do programas de "(re) estruturação" implantados nas grandes empresas indica que começa a surgir uma era na qual as ágeis e dinâmicas pequenas empresas terão um desempenho muito melhor do que as grandes.
Neste novo ambiente, empreendedores florescerão como em nenhuma época desde o surgimento da chamada Idade Industrial.
As oportunidades para se empreender em diversos setores da economia são muitas. Neste momento o "high tech" é normalmente associado aos "startups"- sempre presente na agonia, aflição da transformação tão comum no processo de criação.
Toda a economia mundial está mudando - já não fundamentada numa base industrial, em vez de, crescentemente, na transferência de informação.
A Idade Industrial estava baseada, fundamentada sempre numa grande economia de escala. Construiu gigantescos sistemas para distribuir enormes quantidades de produtos. Aumentou de maneira considerável a capacidade dos computadores.
Hoje, a gestão descentralizada, redes de computadores e telecomunicações estão reduzindo esta escala.
Esta tendência para o surgimento de pequenas, dinâmicas empresas, aumenta o potencial do impacto do empreendedorismo na economia - e proporciona ao empreendedor oportunidades sem paralelo.
“As pequenas empresas estão criando estas situações bem como estão se beneficiando dela“. “A tecnologia da informação pode ajudar o nível no terreno da competição entre a grande e a pequena empresa”.
Atualmente, as rápidas modificações no terreno da competição, avanços na tecnologia, alterações no mercado é um conjunto de circunstâncias que tornam o ambiente difícil para as grandes empresas.
A principal razão é que com estas mudanças está sendo reduzido o custo das barreiras de entrada que protegiam as grandes empresas do incômodo das empresas nascentes.
A vantagem que o capital propicia as grandes empresas já está sendo diminuída através da figura do capital de risco. A tecnologia e a inovação estão ajudando as pequenas empresas a baterem as grandes, como David derrotou Golias.
Nas últimas quatro décadas da humanidade foram marcadas por mudanças fundamentais para a história das nações. Primeiro o (re)surgimento do espírito empreendedor, a explosão da inovação pelos quatro cantos da Terra.
Ao trilhar esse caminho, cheio de obstáculos e armadilhas o empreendedor constrói um mundo cada vez mais marcado pelas rápidas mudanças na economia mundial.
O mundo apesar das crises que vivenciamos é melhor hoje do que era há 40 anos, onde a economia era inundada por grandes, ineficiente e ineficazes empresas estatais que por sua pouca flexibilidade entravavam o crescimento da economia. Chegou o momento de um novo salto.
Para onde ir? Que escolha fazer? Uma conjugação de momentos históricos com um melhor aproveitamento dos recursos naturais coloca à frente do empreendedor desafios do desenvolvimento sustentável e a oportunidade de colocar-se diante todos como vanguarda de uma economia nova, com valores do século 21.
Chamamos a atenção da responsabilidade pela atividade inovadora do empreendedor, pois trabalho que consome maior tempo dos gestores provavelmente desaparecerá. Os gerentes passam muito tempo administrando ao invés de se dedicar a atividades empreendedoras e inovadoras.
Os livros-textos de gestão tratam, quase que exclusivamente, das tarefas de "gestão", em vez de tarefas do "empreendimento". Deve-se isto ao fato de que, no passado, a tarefa de administrar era uma novidade. Hoje, não é mais.
Percebemos a inovação - como agente dinâmico capaz a partir das limitações da existência e capacidades humanas adicionarem uma nova dimensão ao esforço produtivo, com um esquema de "organização" fundado em uma "visão" mais esclarecida da realidade, a qual também precisa ser articulada com recursos e potenciais oferecidos pela natureza, para permitir passar além dos resultados da reforma ou da revolução, como programa de mudança da sociedade humana.
Do mesmo modo que a revolução industrial repousa sobre dez ou quinze avanços científicos aplicados nos últimos dois séculos, é possível, pelos novos moldes de organização, antes social do que tecnológica, alcançar, por "inovação", níveis de tratamento dos problemas humanos (econômicos, políticos, dentre outros) ainda não cogitados.
Estamos a atravessar o período mais controverso da História desde a revolução industrial, ocorrida há 200 anos, Trata-se de ampliar, inclusive, sobre o conceito de "empreendedor - inovador" já elaborado por Schumpeter.
Inovação é sinônimo de risco, pois deve ser capaz de empreender mudanças dos dados da ordem estabelecida, com alvos diferentes dos da reforma que almeja curar um defeito, ou dos da revolução que tenciona reorganização pela subversão da ordem presente.
Isso seria possível por um novo conceito de input-output, substituísse tanto a postura como a prática de que se deve fazer o melhor uso dos recursos existentes, pela atitude e modo de seleção de alguns meios ótimos, resultantes de decisões e ações humanas em vez de só rendimento dos recursos fornecidos pela natureza. O conceito de "produtividade" ilustra a base operativa, na linha de organização por "inovação social e tecnológica".
Inovação é o método à disposição de contingentes de homens normais em vez de "insight" de genialidade de uns poucos, é imaginação criadora sistemática em vez de produto de temperamento artístico ou vocação científica ou ainda administrativa.
Aqui alertamos para o "poder de inovação", ao afirmarmos que a inovação é um risco; os recursos presentes estão destinados a resultados futuros e altamente incertos.
A ação e comportamento presentes estão subordinados a um potencial de uma realidade futura ainda desconhecida e incompreendida.
A inovação pode ser definida como a procura organizada e, na verdade, deliberada do risco para substituir não só a sorte cega dos tempos pré-modernos (como simbolizados na crença renascentista pela "Fortuna" como o gênio que preside o destino humano) e a certeza das mais recentes, mas já obsoletas crenças no progresso inevitável sem perspectivas nem riscos, é o que nos ensina Drucker.
Drucker afirma que "a moderna empresa de negócios não é apenas uma instituição econômica; ela deve ter um conceito atrás de si, uma organização e uma constituição. Ela é uma instituição social e como tal, deve ser dirigida e estudada.
"O homem parece ter-se tornado anão pelas montanhas gigantes das grandes organizações ao seu redor. Ai está o monte Everest do governo moderno. Ao lado dele, as forças armadas que em todo o país devoram a parte do leão da produção nacional. Vêm, então, os picos das grandes corporações e não menos alto e difícil, os picos dos grandes e poderosos sindicatos; aí as vastas universidades, os grandes hospitais - todas as criaturas deste século". Vivia-se a época das grandes corporações.
Drucker ver "a corporação como produto do esforço humano", onde a primeira regra "da corporação é a da sobrevivência como organização". Sendo este o objetivo básico, as diretrizes são os recursos gerenciais:
A corporação precisa encontra dentro de si mesma todos os talentos e habilidades para atingir seus objetivos. Deve desenvolver tanto os especialistas necessitados por serem instrumentos humanos de alto calibre, como os generalistas, que são pessoas a cargo da direção, educadas e capazes para fazer julgamentos e tomar decisões.
É chegado o momento de uma reflexão. O primeiro é a sociedade pós-industrial do século XXI é uma sociedade inteiramente nova e peculiar, de âmbito mundial mais do que ocidental ou capitalista. O segundo é que esta nova sociedade possui uma instituição específica: a empresa on-line.
Alertamos é que compete ao empreendedor "a responsabilidade pela sobrevivência da empresa na economia, isto é, pela lucratividade, seu mercado e seu produto". Da defesa da sobrevivência de seu empreendimento, o empreendedor deve decidir qual a natureza de seu negócio, isto é, em que negócio a empresa está realmente empenhada.
Podemos afirmar que o empreendedorismo implica em estudos que têm como pano de fundo o "livre mercado" e a "iniciativa privada". Coisas do capitalismo, como se sabe. Vale à pena abordar esse tema.
Em primeiro lugar, uma pergunta: por que será que as pessoas praticam atos arriscados como empreender e criar empresas, ou a emprestar dinheiro, comprar e vender mercadorias?
Afinal, como afirmam os intelectuais, o mercado é um ambiente hostil, no qual os indivíduos estão sempre tentando se prevalecer da boa-fé alheia e enriquecer a custa da exploração do próximo. Quem garante os cordeiros contra os lobos? Não é mais seguro ficar em casa e não se prestar a aventuras de final imprevisível?
A resposta é que as pessoas têm confiança. Empreendem porque sabem que estão garantidas pelas instituições. As pessoas confiam umas nas outras. E não é por causa das virtudes que os outros alegam ter, mas porque as instituições nos obrigam a todos a agir com retidão.
Urge, pois, uma aposta na formação de empreendedores de base tecnológica em empreendedorismo de todas as pessoas que, de uma maneira geral e, principalmente, daquelas que se encontram na situação de desemprego em particular.
A quem compete esse papel? À sociedade, no seu todo, onde se integram, naturalmente, todas as organizações e empresas.
É preciso fugir à tentação de convocar o Estado para capitanear este processo de mudança. “De todas as coisas organizadas, é o Estado, em qualquer parte ou época, a mais mal organizada de todas”, é o que nos ensina Fernando Pessoa.
Esse célebre poeta lusitano nos alerta que: “Quanto mais o Estado intervém na vida espontânea da sociedade, mais risco há se não positivamente mais certeza, de está-la entrando em conflitos com as leis naturais, com leis fundamentais da vida.....”.
Nunca devemos esquecer que o objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes. Sem clientes não temos negócio.

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