EMPREENDEDORISMO NA
INSTITUIÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Instituições
de serviço público - como órgãos do governo, sindicatos, igrejas, universidades
e escolas, hospitais, organizações comunitárias e de caridade, associações
profissionais e setores afins - precisam ser empreendedoras e inovadoras quanto
as de negócios.
Na
verdade, precisam de sê-las ainda mais. As rápidas mudanças atuais na
sociedade, na tecnologia e na economia são, ao mesmo tempo, para elas, tanto
uma grande ameaça, quanto uma grande oportunidade.
No
entanto as instituições de serviço publico acham inovar mais difícil até do que
as mais burocráticas companhias. O existente parece ser um obstáculo ainda
maior para elas. Com certeza, cada instituição de serviço gosta de crescer.
Na
ausência do teste do lucro, o tamanho é o único critério de sucesso de uma
instituição de serviços, e o crescimento é uma meta em si mesma. E depois, é
claro, existe muito mais a ser feito.Mas, parar com o que sempre tem sido feito
e passar a fazer algo novo são igualmente anátemas para as instituições de
serviços, ou pelo menos algo doloroso para elas.
A
maioria das inovações nas instituições de serviço público é imposta a elas por
gente de fora ou por catástrofes. Um dos melhores exemplos de pensamento
inovador na história americana, o New Deal de 1933 - 1936, foi desencadeado por
uma depressão tão severa que quase esgarçou o tecido social americano.
Críticos
da burocracia jogam a culpa pela resistência das instituições de serviço
publico em relação ao empreendedorismo e a inovação nos tímidos burocráticas,
naqueles que simplesmente vão levando o que nunca enfrentam uma folha de
pagamento, ou que nos políticos sedentos por poder.
As
pessoas mais empreendedoras e inovadoras se comportam como as mais desmotivadas
burocratas ou políticos sedentos de poder seis meses depois de terem assumido a
administração de uma instituição de serviço público, particularmente quando se
trata de um órgão público.
As
forças que impedem o empreendedorismo e a inovação numa instituição de serviço
público são inerentes a ela, parte integrante dela, inseparáveis. A melhor
prova disso são as equipas de serviço internas nos negócios, que são, na
verdade, as instituições de serviço publico dentro das corporações de negócios.
Elas são quase sempre lideradas por pessoas quem vêm de fora e que provaram sua
capacidade de desempenho em mercados competitivos. E, no entanto, as equipes
internas se serviço não se destacam como inovadoras. Elas são boas para
construir impérios - e sempre querem fazer mais do mesmo. Elas resistem a
abdicar de qualquer coisa que estejam fazendo. E raramente inovam depois que se
estabelecem.
Há
inovações que modificam o produto e inovações que modificam os processos para
seu suprimento. A inovação pode originar-se de necessidades do mercado ou do
consumidor; a necessidade pode ser a mãe da inovação. Ou pode resultar
do trabalho de aperfeiçoamento da capacidade e do conhecimento, realizado em
escolas e laboratórios.
A
dificuldade consiste na medição dos resultados possíveis. O autor recomenda
estas cinco metas de inovação:
•
Novos produtos ou serviços, necessários a que se alcancem os objetivos de marketing.
•
Novos produtos ou serviços que se tomarão necessários em face de mudanças
tecnológicas capazes de tomar obsoletos os produtos atuais.
•
Aperfeiçoamento nos produtos, necessários tanto para alcançar os objetivos de
mercado como para antecipar mudanças tecnológicas esperadas.
•
Novos processos e aperfeiçoamentos de processos antigos, necessários para
satisfazer metas de mercado - por exemplo, aperfeiçoamentos de fabricação
destinados a possibilitar o alcance de objetivos de preço.
•
Inovações e melhorias em todos os principais campos de atividade - em
contabilidade ou desenho, em trabalhos de escritório ou relações trabalhistas -
de maneira a manter a firma em dia com os progressos em matéria de conhecimento
e habilidade.
"Muitas
companhias devem a posição de liderança, que hoje desfrutam, à atividade de uma
geração que labutou há vinte e cinco anos ou mais. Muitas companhias hoje desconhecidas
do público liderarão amanhã seus ramos industriais em virtude de suas inovações
de hoje. A empresa bem sucedida corre sempre o risco de estar vivendo à custa
da energia inovadora acumulada uma geração atrás."
A inovação traz consigo três riscos:
• o risco de ser surpreendido pela inovação;
• o risco do malôgro da inovação e
• o maior de todos, o risco do êxito da inovação.
Sobre este último, podemos afirmar que os riscos da exposição e do fracasso são
pequenos se comparados ao terceiro: o do êxito da inovação. Que impacto terá
uma inovação bem-sucedida além do que é desejado? Que novas e inesperadas
mudanças irá - produzir? Que influência irá ter sobre a estrutura social, sobre
suas crenças e seus laços comunitários?"
A inovação não é somente oportunidade, é acima de
tudo responsabilidade. Ninguém é responsável pela sorte; ninguém pode fazer
algo a esse respeito. Podemos apenas bendizer o progresso inevitável, ou
lamentá-lo; podemos, no máximo, tentar retardá-lo. Mas a inovação é escolhida
deliberada e assim somos responsáveis pelas suas consequências. A inovação é,
consequentemente, sempre de natureza ética - tanto quanto ela é um processo intelectual
e uma percepção estética.
Temos quatro requisitos para a inovação
bem-sucedida na instituições de serviço público:
a) Ter uma clara definição demissão;
b) Estabelecer metas que sejam alcançáveis e
enunciá-las segundo o ótimo e não o máximo teórico.
c) Investigas objetivos que não estejam sendo
alcançados depois de repetidas tentativas.O fracasso em alcançar objetivos
depois de repetidas tentativas significa que eles devem ser redefinidos ou
abandonados;
d) Introduzir nas instituições de serviço publico
políticas e práticas empreendedoras que comprovadamente tenham funcionado em
outros setores da economia.
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