domingo, 13 de fevereiro de 2011

E-Business: A Nova Visão de Negócio no Século XXI

Hoje se constata que uma força poderosa atualmente impele o mundo a um único ponto convergente, e essa força é a tecnologia. Ela proletarizou as telecomunicações, a Internet, transportes e viagens, tornando-os baratos e acessíveis, nos lugares mais isolados do mundo e às multidões empobrecidas. Subitamente, em nenhum lugar ninguém se acha isolado das fascinantes atrações da modernidade. Quase todas as pessoas, em todos os lugares, querem todas as coisas que ouviram, viram ou experimentaram, através dos novos veículos tecnológicos que impelem suas vontades e desejos. E isso as impele cada vez mais para um ponto comum global, dessa forma homogeneizando os mercados em todos os lugares.
O empreendedor tem plena consciência de que o resultado disto é uma nova realidade empresarial, o surgimento explosivo de mercados globais para produtos globalmente padronizados, mercados gigantescos em escala mundial, de magnitude jamais imaginada.
É o mundo de tecnologia cuja “lei suprema é a convergência, a tendência para que tudo se torne mais parecido com tudo o mais”.
Perceber as transformações é uma fonte inesgotável de oportunidades para o empreendedor. O ato de observar significa colocar a mente naquilo que os olhos vêem.
Com muito esforço e imaginação, a mente observadora do empreendedor aprende rapidamente onde estão oportunidades de negócios.
O empreendedor sabe perfeitamente que o propósito da empresa é conseguir e conservar clientes. Ou, para usar a construção mais exigente de Peter Drucker, criar e manter clientes. A empresa faz isso se casando construtivamente, como os ideais de inovação, procurando constantemente oferecer produtos melhores ou mais desejados.
Nada impele o progresso como a imaginação. A imaginação do empreendedor é fundamental para a difusão do empreendedorismo. A idéia precede o feito. As únicas exceções são os acidentes e a seleção natural, porém, essas coisas não podem ser frutos da vontade. Para o empreendedor, as idéias podem ser desejadas e a imaginação o seu motor. Embora o empreendedor reconheça que o progresso comece com a imaginação, ele sabe perfeitamente que somente o trabalho pode fazer com que as coisas aconteçam. E o próprio trabalho funciona melhor quando abastecido, uma vez mais, pela imaginação. Uma idéia ou uma nova conceituação geralmente requer a aplicação imaginativa do esforço para obtenção dos resultados almejados. Assim, “a imaginação gera a idéia e depois, para ser eficaz precisa convertê-la em resultados”.
Parafraseando o famoso explorador polar Sir Ernest Shakleton, podemos dizer que um anúncio de recrutamento de empreendedores dispostos a instalarem-se numa incubadora, poderia ter o seguinte enunciado: “Procuram-se Homens/Mulheres para Jornada Arriscada. Salário zero, muito trabalho, longos meses de nenhuma retirada de lucros, perigo constante, concorrentes fortes, mercado a criar, clientes a conquistar, retorno sobre investimento duvidoso.
“Honra reconhecimento e possibilidades de satisfação das necessidades de realização e triunfar em caso de sucesso”. A procura pelas vagas certamente surpreenderia a todos os envolvidos no processo.
O descobrimento da simplicidade é a essência da imaginação do empreendedor. Imaginação significa construir mentalmente o quadro do que existe e do que deveria existir, do que nunca foi realmente experimentado. “Exercer a imaginação é ser criativo”. Requer inventividade intelectual ou artística.
Qualquer indivíduo pode fazer isso, e a maioria das pessoas o faz. Infelizmente, porém, somente em devaneios e fantasias, quando não estão limitadas por convenções ou convicções.
Para fazê-lo em negócios, o empreendedor sabe que é preciso deixar de lado essas restrições, que há também necessidade de disciplina, especialmente de afastar-se do que existe e do que existiu. Ele tem plena consciência de que geralmente é preciso combinar fato ou idéias díspares, em novos amálgamas de significados.
É preciso que exista uma massa crítica de pessoas que utilizem a nova ferramenta. Se isto não acontecer, ela será, em grande medida, irrelevante. Uma nova máquina não nos obriga a avançar em determina da velocidade. A máquina (neste caso, a Internet ) faz a diferença apenas quando satisfaz preferências e interesses humanos.
Para combater o principal fantasma da industrialização (a morte prematura de empresas), o Brasil e Portugal precisam fomentar, cada vez mais, as incubadoras que subsidiam a instalação de micro e pequenas empresas e dão assessoria e acompanhamento técnico a quem, ainda inexperiente, deseja investir em um novo negócio.
A criação de um empreendimento, de base tecnológica ou não, implica em correr riscos, muitas das vezes na quebra de regras preestabelecidas, e ser um verdadeiro empreendedor sempre tem sido muito importante para geração de emprego e renda, porém atualmente os empreendedores são, cada vez mais, cruciais para o desenvolvimento econômico.
O vigor e a audácia empresariais que caracterizam os empreendedores representam um verdadeiro afastamento, diametralmente oposto do sonambulismo daqueles que não acreditaram na incubadora como mecanismo eficiente e eficaz para criação de empresas.
Isso começou principalmente com o advento de novos empreendedores em campo, ou um punhado de antigos empreendedores com novas idéias. E não há dúvida de que foram eles como indivíduos, e não somente a existência de incubadoras, que fizeram e ou estão fazendo as revoluções nas suas empresas. Eles tiveram visões, promulgaram as idéias e inspiraram suas organizações.
Vivemos num mundo de descontinuidades, onde a digitalização, desregulamentação, e globalização está reformulando, redesenhando profundamente o panorama industrial.
O que hoje assistimos é uma dramática proliferação de novas formas de vida econômica: organizações virtuais, consórcio globais de empresas, parcerias, comércio baseados na Internet, e infinitas outras modalidades.
Inevitavelmente, o mar de transformações econômicas é a maior fonte de oportunidades para o empreendedor e uma fonte, quase inesgotável, de criação de riquezas, nas próximas décadas – da mesma forma que foi transição da economia agrária para a industrial, na última virada de século.
A estratégia de inovação, a habilidade para reinventar a base de competição dentro de uma indústria já existente e inventar novas indústrias inteiramente novas. Ela provavelmente será a próxima fonte de vantagem competitiva sustentável para as empresas darem a volta ao mundo que será cada vez mais marcado pela incerteza, um mundo não-linear, somente estratégias não-lineares criarão substanciais riquezas.
Os empreendedores já perceberam que é preciso derrubar certos mitos:
• a análise da indústria é a chave da estratégia. Os empreendedores – rompedores de regras preestabelecidas – sabem o quanto é atualmente difícil definir precisamente onde uma indústria começa e termina. Isto é já particularmente verdade para os serviços financeiros, telecomunicações e uma variedade de outras indústrias. A questão, “Em que indústria está?”, está tornando-se cada vez mais difícil de responder;
• o empreendedor deve focalizar-se nos seus competidores diretos. No passado, era relativamente fácil dizer quem era o competidor e quem não o era. Atualmente, é difícil distinguir competidores de colaborador, parceiro de fornecedores de clientes. Os “violadores” das regras preestabelecidas percebem claramente que o emprego dos termos rivais, rivalidade hoje não é tão simples como parecia ser, num passado muito recente. Para muitas empresas, está tornando-se cada vez mais difícil determinar quem são seus principais concorrentes;
• em estratégia, é a empresa contra o mundo. Muitos empreendedores pensam que podem exercer um controle sobre a direção de seus negócios. Todavia, existem os que já se aperceberam o quanto é difícil delimitar as fronteiras de seu empreendimento – início e fim – trabalhadores temporários, terceirização, e contratos de fornecimento de longa duração são uma realidade, nos dias de hoje.

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