É inegável que o empreendedorismo seja responsável pela ascensão social de milhões de pessoas nem que esse fato seja extremamente importante e digno de alegria.
Porém, a vida deles é uma verdadeira batalha. É marcada pela ausência dos privilégios que caracterizam os que têm uma carteira de trabalho assinada.
Não falo só da certeza de um salário certo depositado em uma conta bancária no final do mês. Os privilégios envolvem também um dos recursos mais valiosos dos assalariados: o tempo.
O que nos impressiona é o esforço de superação de condições adversas. A todo instante assistimos à luta cotidiana e silenciosa desses empreendedores.
O empreendedorismo sinaliza o fato de que o que perfaz o cotidiano dessas pessoas é a necessidade de "matar um leão por dia" como forma de vida que tem que lutar diariamente contra o peso esmagador da carga tributária e a enorme burocracia que enfrentam a todo o instante para sobreviver.
Temos nesses indivíduos a incorporação da tríade disciplina, autocontrole e pensamento prospectivo que sempre está pressuposta em qualquer processo de empreender.
Sem disciplina e autocontrole é impossível, por exemplo, concentrar-se no desenvolvimento de um modelo de negócio. Não lhes faltam força de vontade, perseverança e confiança no futuro, apesar de todas as dificuldades.
Uma das principais dificuldades dos empreendedores são os mecanismos que permitam que tenham acesso a linhas de crédito compatíveis com o seu porte econômico e programas de incentivo desburocratizados.
A inovação é a introdução de novas ideias, produtos, serviços e práticas com a intenção de ser úteis para o incremento da produtividade. A inovação pode ser tecnológica, financeira, organizacional, comercial, etc.
Um elemento essencial das inovações é sua aplicação exitosa de forma comercial. Estas devem ser introduzidas no mercado ou utilizadas no processo produtivo, pelo que envolvem uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais.
Os empreendedores usufruem de vantagens competitivas mediante atos de inovação. Eles abordam a inovação em seu sentido mais amplo, incluindo novas tecnologi¬as e novas maneiras de fazer as coisas.
Inovação é a ferramenta específica aos empreendedores, a maneira na qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou serviço diferente, pode ser apresentada como uma disciplina, capaz de ser aprendida, capaz de ser praticada.
Hoje percebemos excelentes oportunidades para empreender tendo como base projetos voltados para a economia criativa. Ela é terceira maior indústria do mundo, atrás de petróleo e de armamentos, que tem como principal insumo a criatividade e a inovação.
Da moda ao design, passando por cinema e literatura e incluindo a produção de software, a chamada indústria criativa movimenta bilhões de dólares no mundo todo.
O conceito vem dos anos 90: indústrias criativas são aquelas com potencial de geração de riqueza e emprego por meio da utilização de propriedade intelectual.
Do conceito surgiram experiências de cidades ou núcleos criativos, como forma de transformação de áreas degradadas e de desenvolvimento sustentável.
Esse tipo de empreendimento se encaixa como uma luva em áreas degradadas e violentas. Por meio do envolvimento dos alunos-designers, estilistas e artistas - com a comunidade, áreas podem ser recuperadas.
A criação de núcleos e redes de cidades criativas é uma alternativa para se enfrentar as dificuldades na criação de empregos via ao incentivo ao fomento, ao empreendedorismo, de forma que os indivíduos possam criar suas próprias empresas.
As novas empresas baseadas na economia criativa têm sido muito mais eficazes a aproveitar as novas oportunidades proporcionadas por esse tipo de visão onde seus empreendedores optaram não pelo primeiro emprego, e sim, pela primeira empresa consonância com as propostas da economia criativa.
É preciso vencer as barreiras físicas. Elas estão sendo rapidamente superadas pela internet, as psicológicas, fruto de resistências às mudanças mentais ou emocionais e tradicionais materializadas na cultura, costumes e hábitos, muitos deles já enraizados, difíceis de mudar para sair das formas tradicionais de criar empresas.
A criação do auto-emprego constitui um elemento essencial para vencer o fantasma do desemprego.
\ Os empreendedores promovem a geração de empreendimentos que ofertam produtos/serviços, mas também representam um exemplo vivo de que é possível propiciar aos jovens à alternativa de ser um empreendedor ao invés de ser empregado.
Falar de empreendedorismo é falar do ser humano e, por conseguinte, da capacidade nata que ele tem de se moldar, suplantar e transcender os limites impostos a ele. É encontrar uma saída, e diga-se, dos empreendedores, uma boa saída, para os momentos de crise.
É falar de conhecimento, inovação, sabedoria, visão, ousadia, coragem. É discorrer de ética, de novas possibilidades e caminhos por desvendar.
Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora.
É preciso promover uma ocupação de prédios históricos que seja inclusiva e que gere riqueza, Esse é um conceito novo, que precisa ser compreendido pela sociedade. Brasil e Portugal precisam empreender mais na área e exportar a diversidade cultural, do mamulengo ao software e à arquitetura.
"A criatividade e a inovação são insumos que não acabam e a economia criativa pode ser uma grande estratégia de desenvolvimento com distribuição de renda.".
sábado, 19 de fevereiro de 2011
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