quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

VIRTUDES DE UM BOM EMPREENDIMENTO

Uma boa ideia é importante; o capital, também. Porém o que mais importa é o potencial das pessoas.
O processo empreendedor pode ser representado como um triângulo invertido, em que o ponto de apoio (o vértice de baixo) é o empreendedor; no vértice de cima a direita está o capital e no esquerdo, o projeto ou a ideia. Todo processo empreendedor integra estes três componentes. Quando um empreendimento não é bem-sucedido, sempre se deve a uma destas três razões, ou alguma combinação entre elas: o empreendedor não foi bem, não obteve o capital ou o projeto empreendido era o equivocado.
O triângulo se apoia no próprio empreendedor. De sua firmeza depende, em grande parte, que o modelo não se desmorone. O empreendedor brilhante sempre levanta as fontes de capital necessárias para conceber um grande projeto, mesmo diante de uma conjuntura desfavorável.

O PROBLEMA NÃO É O CAPITAL.
Existem casos nos quais o empreendedor tem acesso ao capital desde o início. Todavia isso não lhe garante ter a ideia adequada e menos ainda, que venha a ser um excelente empreendedor. A experiência indica (e isto não é de modo algum uma regra se não uma simples observação empírica) que muitos filhos de pais ricos têm ideias e capital de sobra, contudo falham em sua paixão e compromisso com o empreendimento que pretendem criar. Carecem de determinação, firmeza para empreender, e isso é crucial na hora de encarar dificuldades.

O PROBLEMA NÃO É A IDEIA.
Em relação ao projeto, salvo poucas exceções, as boas ideias não são originais a 100%. Muitos empreendedores cometem um grave erro ao crer que sua ideia deve ser única. E, quando a encontram, são tomados pelo temor de que todo o mundo queira a “roubar”. Assumem então uma atitude “super protetora” de sua ideia, a atuar um pouco a maneira dos agentes secretos dos filmes de espionagem.
Em lugar de sair a apresentar e contrastar a ideia com o mercado, com especialistas da indústria, a protegem ao tal ponto que nunca reúnem a informação necessária para saber se é um bom projeto. Pode resultar duas coisas: levar adiante sua ideia sem uma boa compreensão do mercado (e fracassar) ou o projeto nunca se concretiza (fracassar sem tentar).

O SEGREDO DA IMPLEMENTAÇÃO.
Seguramente, Quando Bill Gates pensou em desenvolver software para computadores pessoais, tinham outras milhões de pessoas que pensaram o mesmo. O que o diferenciou? Parafraseando a Peter Drucker: “Por uma ideia pago 5 reais; por uma implementação, pago uma fortuna!”. O segredo não está em perguntar “qual é sua ideia?” Sim em responder “o que vai fazer que você e sua equipe possam transformar essa ideia em algo de sucesso”.
Por isso, o triângulo do processo empreendedor aparece invertido: porque a base de todo é a qualidade da equipe do empreendedor.

NASCE-SE OU SE FAZ?
Se a chave é o próprio empreendedor e sua capacidade, a pergunta é como podemos formar empreendedores. Há pessoas que dizem que é impossível modificar certas características inatas, e que isto é o determinante na hora de empreender. Por outro lado, outros asseguram que “tudo se faz, nada é inato, tudo se pode desenvolver”.
Podemos destacar as características comuns que encontramos nos grandes empreendedores que são: ter uma visão clara do negócio e permitir-se sonhar com ela; assumir um papel de protagonista; ter uma atitude de contínua aprendizagem; desenvolver a auto-estima para obter maior firmeza nas decisões; enamorar-se de seu projeto com um compromisso incondicional; aprender a trabalhar em equipe; assumir riscos para alcançar a independência e, sobretudo, divertir-se no processo dos próprios acertos e erros.

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