domingo, 12 de junho de 2011

A FORÇA DA INOVAÇÃO A GERAR RIQUEZAS

A estratégia inovadora requer um alto grau de disciplina por parte do inovador. Ele tem que operar sem o apoio do orçamento e das medidas contábeis convencionais que fornecem com rapidez e razoável segurança informações sobre resultados atuais úteis em programas e investimentos.
Por isso é fundamental para administrar bem a inovação, pensar detidamente no que se esperar e quando. Inevitavelmente, essas expectativas são mudadas pelos acontecimentos. Mas a menos que haja resultados intermediários no caminho, a inovação não está sendo administrada.
Uma estratégia para a inovação tem que ser baseada na clara aceitação do risco de fracasso e do risco talvez mais perigoso do "quase sucesso". É tão importante decidir quando abandonar um esforço inovador como saber qual deles iniciar.
Assim é particularmente crucial para bem administrar a inovação ponderar longamente e confiar ao papel às próprias expectativas.
E posteriormente, quando a inovação se converter em produto, processo ou empreendimento, comparar as expectativas com a realidade. Se a realidade estiver muito aquém das expectativas deve-se a seguinte indagação: "Não seria melhor abandonar isto já? Mas como?"
Na empresa tradicional, a alta administração é a instância final. Isto significa, com efeito, que o mais importante poder da administração superior é o veto e sua função mais importante é dizer "não" a propostas e idéias que não estejam completamente justificadas e elaboradas.
Na organização inovadora, a primeira e mais importante atribuição da alta administração é o contrário: são converter idéias poucas práticas, inclusas, a alta administração considera sua atribuição ouvir as idéias e levá-las a sério.
Novas idéias são sempre "poucas práticas” e são necessárias muitas idéias tolas para se encontrar uma viável.
Aliás, nas etapas iniciais não há meio de distinguir a idéia tola daquela marcada pela genialidade. Ambas parecem igualmente impossíveis ou igualmente brilhantes.
A alta administração na empresa inovadora não somente "encoraja" as idéias, mas também indaga continuamente: "Que é que essa idéia teria que possuir para ser prática, realista, efetiva?"
Por isso, mesmo as idéias mais extravagantes e tolas são objeto de consideração, pois poderão conter alguma coisa nova, cuja exeqüibilidade possa ser avaliada.
Isso, contudo, pressupõe a reestruturação das relações entre a alta administração e o grupo humano dentro da empresa. A organização tradicional, naturalmente permanece.
Aliás, no organograma da organização, não é fácil distinguir a que é inovadora da que segue normas mais rigidamente burocráticas. Nem uma organização inovadora precisa absolutamente ser "permissiva" ou "democrática".
Mas em companhias inovadoras o executivo sênior costuma realizar reuniões com os mais jovens sem uma agenda. Senta-se com eles e simplesmente pergunta: "Que oportunidades vocês vêem"?
Os empreendedores são maravilhosos criadores de empregos. Mas o que é um Empreendedor/ Criador de Empresas? Peter Drucker avisa que este título não pode ser aplicado a todo o audacioso que inicia um pequeno negócio.
Quando um indivíduo abre um restaurante, sem dúvida, está arriscando; mas não será um empreendedor, por tentar fazer algo familiar. E, no entanto, ele pode estar em um negócio totalmente novo e ainda assim não se qualificar como empreendedor/criador de empresas.
Qual, então, a prova decisiva? Os empreendedores são pessoas que estão simultaneamente criando novos tipos de procura e aplicando novos e insólitos conceitos administrativos.
Eles não devem surgir necessariamente, no empreendimento privado; autoridades, universitários e administradores municipais podem atuar de forma empreendedora - embora um estudo de caso do setor privado familiar sirva muito bem para tornar clara a concepção que, temos também os Empreendedores Sociais - indivíduos que se dedicam a atacar problemas como a Sida, abuso de crianças, alcoolismo, dentre outros.
Para milhões de pessoas, ter o seu próprio negócio ainda é o melhor meio de trabalhar na sociedade de informação, de eletrônica ou de serviços. Que o indivíduo inicie um trabalho em casa ou levante milhões de capital de risco, aplica-se o clássico conselho: descubra uma necessidade e satisfaça-a.
Desde que possua visão, acredite em si próprio e tenha capacidade especial de transformar sua visão em realidade.
As mudanças nos recursos estratégicos do capital para informação, conhecimento e criatividade são os fatores principais que impulsionam a expansão empreendedora atual. Mas há outros. As organizações não oferecem mais a segurança que sugeriam.
O candidato a empreendedor imagina: se é para correr o risco de qualquer forma, por que não arriscar um pouco mais e possivelmente colher grandes recompensas?
Ao tornar-se um empreendedor ou simplesmente trabalhar para si próprio, o empreendedor é motivado por necessidades pessoais.
Os empreendedores são pessoas viciadas em entusiasmo; pessoas que progridem assumindo riscos.
Para o empreendedor o trabalho não oferece muita emoção, a menos que oferte riscos. E observa-se que os empreendedores também gostam de jogar. Pode-se discordar e acreditar ser um mito retratar os empresários como pessoas que adoram assumir riscos. A maioria dos empreendedores assume riscos moderada e calculadamente; eles não estão jogando, afirmam os autores.
Um empreendedor com sucesso tem os seguintes atributos:
a) Orientação própria sente-se absolutamente à vontade como seu próprio chefe, auto-disciplinado.
b) Auto-incentivo: acredita na sua própria idéia quando mais ninguém acredita e é capaz de alimentar seu próprio entusiasmo.
c) Orientação para Ação: não se satisfaz com grandes ideias comerciais. O mais importante é o desejo intenso de realizar, atualizar e transformar seu sonho em realidade.
d) Alto nível de energia: é emocional, mental e fisicamente capaz de trabalhar por um longo e intenso período.
e) Tolerância com a incerteza: os empreendedores bem sucedidos só assumem riscos calculados (se possível); não obstante, é preciso que sejam capazes de assumir algum risco.
f) Não há meios mágicos para se prever quem pode se tornar um empreendedor; porém, os empreendedores precisam ter uma combinação de visão e capacidade de agir para realizar essa visão. Os empreendedores procuram independência, desafio, realização e justa compensação.
g) Compensação: as pessoas, às vezes, iniciam seus próprios negócios porque acham que seus esforços, dentro da organização, não foram satisfatoriamente recompensados.
h) Independência: embora procure compensação equitativa, a maioria dos empreendedores não é obcecada por dinheiro. Isso representa uma grande mudança da situação de décadas anteriores, quando os empresários se estabeleciam, principalmente, devido ao dinheiro.
i) Desafio: algumas pessoas trabalham por conta própria, pois é o único meio pelo qual podem satisfazer sua necessidade de desafio.
h) Realização: concorda-se, geralmente, que os empreendedores buscam realização, ao passo que os gerentes bem sucedidos desejam o poder.
O papel distintivo, e mesmo decisivo, do empreendedor, é este o indivíduo que concebe ou assume um empreendimento enxerga e explora oportunidades e constitui a força motriz das mudanças e aperfeiçoamento econômicos.
O empreendedor fez muito - e ainda faz - pela economia. Ele brilha em um conjunto à sombra de trabalhadores braçais, de funcionários de colarinhos azuis, de executivos empertigados e dos mais variados burocratas empresariais. Ao contrário do capitalista, o empreendedor não carrega consigo nenhum complexo de culpa de origem marxista.
A inovação e a contribuição peculiar do empreendedor poderiam ser mais bem financiadas, incentivadas e recompensadas, se o inovador estivesse livre de ameaças de imitação e da concorrência.

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