sábado, 19 de setembro de 2009

OS QUATRO IS DO EMPREENDEDORISMO

Os empreendimentos diferem em duas dimensões pelo seu grau de inovação (criação de algo novo e diferente) e preparação psicológica para assumir riscos.

“O empreendedor olha ao seu redor e pergunta-se – por quê? Porém sonha coisas que nunca viu antes e questiona-se – por que não?”

É o momento de colocar em prática os 4 Is – inspiração, inovação, implementação e incubação .


Figura 1. – Os 4 I’s do Empreendedorismo e a Inovação

Fonte: Empreendedorismo, Inovação e Incubação de Empresas - Emanuel Leite (2006).

O organograma de toda empresa devia ter a forma de um átomo, e a palavra cliente escrita bem no meio. O empreendedor de sucesso precisa conscientizar os seus funcionários para resolver qualquer problema que o cliente tenha. Todos sabem que o lucro é fruto da criação, manutenção e fidelização dos clientes, a figura 2 enfatiza a importância do cliente como razão de existência da empresa.


Figura 2: Enfoque no Cliente: O Triângulo de Serviço

Fonte: Empreendedorismo, Inovação e Incubação de Empresas – Emanuel Leite (2006).


Os três cês estratégicos da performance empreendedora são apresentados na figura 3.

Figura 3 Os três Cês Estratégicos da Performance Empreendedora

Fonte: Empreendedorismo, Inovação e Incubação de Empresas – Emanuel Leite (2006).


Os objetivos de um empreendimento sofrem uma forte influência da Inovação como podemos ver na figura 4.

Figura 4: Objetivo de um negócio e os Meandros da Lei de Inovação

Fonte: Empreendedorismo, Inovação e Incubação de Empresa – Emanuel Leite (2006).

Cada vez mais se usa a inovação para explorar as oportunidades geradas pelas mudanças. Isto vem tornando-se cada vez mais evidente quando avançamos rumo à sociedade pós-capitalista baseada no conhecimento, é o que preconiza o Peter Drucker em vários de seus textos.

Uma das dimensões-chave para a empresa desenvolver-se em direção a seu mais alto potencial é seu apetite por mudanças, que consiste na capacidade de se desapegar do passado e criar, de forma proativa, novas formas de fazer as coisas que lhe trarão sucesso no futuro.

Muito se fala das rápidas mudanças no mundo dos negócios, do poder crescente dos clientes. Hoje a mudança tem características próprias: é perigosa, traiçoeira, imprevisível e sempre surpreendente.

As mudanças tecnológicas inesperadas são muito rápidas. Recorde-se o exemplo da queda da IBM o que motivou a ascensão da Microsoft.

O papel tradicional das patentes, como defesa da propriedade intelectual, sofreu uma grande erosão. Isso sucede na maioria dos segmentos de alta tecnologia com exceção da farmacêutica, ou seja, para conservarem a liderança, as empresas da alta tecnologia já não podem adormecer a sombra das patentes.

Conseguir impor o padrão e o caminho para uma posição monopolista ou oligopolista no mercado. Neste mercado de alta tecnologia a emergência de um padrão confere um poder de mercado enorme.

As empresas de base tecnológica reavaliam permanemente suas tecnologias centrais. Isso provoca um incremento nas alianças estratégicas, embora muito instáveis, requer uma atitude de “co-opetição”, ou seja, cooperar e competir em mercados diferentes.

Possui alcance, nível de turbulência e aceleração nunca vistas. E o mais atemorizante para os “privilegiados” tempos que vivemos nesta época: a mudança é hipercrítica.

As pessoas não mudam rapidamente. Não é da natureza humana. Em termos abstratos, todo mundo é a favor de mudanças. Mas, quando se trata de coisas que irão alterar diretamente a vida das pessoas, elas não aceitam.

O mundo dos negócios está em ebulição. Vivemos em uma era de mudanças. Assistimos a troca do paradigma da era industrial, quando o foco estava nos pontos fracos, pelo paradigma da era do conhecimento, que determina que cada empreendedor deva concentrar-se em seus pontos fortes e compensar os fracos, montando equipes em que haja pessoas com habilidades complementares.

O segredo para alimentar a inovação está em criar autenticamente um espaço em que seja possível correr riscos.

O comportamento de correr riscos deve fazer parte da cultura e emergir da maneira como as coisas são feitas ao seu redor. Então, a pergunta é: como se estimula uma cultura propensa a assumir riscos?

A essência do empreendedorismo da Era Digital está em uma cultura do risco profundamente arraigada, por isso, há uma enorme diferença entre criar uma empresa em uma incubadora e fora dela.

Temos de entender que o processo de incubação de empresas é resultado de um movimento fantástico de empreendedorismo. Inclusive um movimento de negações, talvez a maior epopeia do homem tenha resultado no espaço ibero-americano.

Foram os ibéricos que transformaram o mundo achando o caminho para as Índias, mas ao mesmo tempo fazendo reconhecimento da África e descobrindo as Américas, tudo isso obra de empreendedores inspirados no mais profundo sentimento de empreendedorismo .

Na nossa visão de mundo: o ser humano nasceu para ser livre, para empreender e não para ser escravo do medo de empreender. Mas o que faz o ser humano ser livre é ele estar disposto de levar o processo empreendedor, o empreendedorismo até o fim, já o escravo do medo de não empreender sempre pára no meio.

O empreendedor brasileiro precisa entender que deve levar o processo até o fim, porque na verdade, o mercado brasileiro é propício para o surgimento de empreendimentos de alta tecnologia.

É preciso estabelecer uma verdadeira ecologia de inovação, na qual a polinização cruzada entre as suas competências técnicas é o segredo do sucesso.

A cultura das empresas incubadas é a ultracompetição e a inovação. O risco e a experimentação de idéias novas têm que ser encorajados, pois os retornos podem ser enormes. O empreendedor alavanca ativos e capacidades para a criação de novos negócios.



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