sábado, 28 de agosto de 2010

ENSINO DE EMPREENDEDORISMO: ALÉM DO PLANO DE NEGÓCIO – A TRANSCENDÊNCIA DE UM SONHO EM UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO

Quando analisamos as regras que hoje ditam o mercado econômico, percebemos profundas mudanças estruturais, conceituais e formais. O sistema de troca de produtos está cada dia mais inteligente, mais apurado, melhor desenhado e agregando valores e práticas diversas e porque não, universais. Vender hoje requer um nível de especialização e informação sobre o produto, o serviço e o cliente que nossos ancestrais jamais imaginaram. Conceitos nunca antes pensados pelos primeiros empreendedores e empresários fazem parte hoje do dia a dia da maioria das pessoas, em todo o mundo. Palavras como logística, satisfação do cliente, inovação e criatividade sequer faziam parte do dicionário dos antigos mascates. E essas mudanças provocaram o nascimento e/ou acomodação de padrões, posturas e possibilidades.

Possibilidade. É este o enfoque que vamos tratar, a partir de agora. Novos mercados, formas de gerência e a presença cada vez mais forte e firme de um novo elemento na economia global, o empreendedor, a empreendedora. Esta nova condição de empreendedor (a) promove mudanças na forma de gerenciar e promover os negócios mudando com isso, o mercado e, por conseguinte, a economia onde ele (a) está inserido (a). O importante agora é perceber que vivemos em uma nação onde há muito mais que violência, cerveja e carnaval. Aliás, esses temas estão sendo objetos de iniciativas, idéias e ações empreendedoras.

Pensar sobre do fenômeno do empreendedorismo requer um entendimento e uma análise da sua força motriz. Dessa forma destacamos dois elementos que são pilares na construção dessa nova modalidade de trabalho: a inovação, a partir do desenvolvimento tecnológico, e o processo de globalização promovendo o fim do emprego. Passamos da era onde se investia essencialmente nos produtos e no objeto da venda, para a valorização do humano. É o momento de se investir no capital humano.

A ótica muda de foco e os desejos e necessidades do cliente passaram a ser reconhecidos e analisados à exaustão. O lado subjetivo passa a ser o foco, pode-se dizer que os profissionais descobriram a importância de ver a organização de forma holística. Trabalha-se agora o conhecimento e não apenas o produto final, o objeto. É preciso sempre destacar que o propósito de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes, por isso é necessário ter em mente que a empresa tem que satisfazer os desejos e necessidades dos seus clientes.

Percebe-se claramente que os empreendedores devem ter uma verdadeira obsessão por ouvir e entender os desejos e necessidades dos clientes, reagirem rapidamente visando a atender às exigências dos clientes, terem uma estratégia de atendimento bem definida e inspirada no cliente.

A rigidez da legislação trabalhista brasileira também vem contribuindo com grande força na promoção do empreendedorismo, por não possibilitar a flexibilidade nas contratações. Podemos destacar que no Brasil apenas um único modelo impera: aquele onde o trabalhador é obrigado a trabalhar oito horas diárias, com um mês de férias, 13º salário, indenização por demissão e todo o resto. Em todo país com legislação trabalhista rígida há mais desemprego.

Lei de Inovação: Bases para o Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa!

A expressão que a perspectiva do primeiro emprego? Não primeira empresa! Tem no conjunto da economia obriga a uma atuação institucional dirigida à melhoria do seu potencial de desenvolvimento assente, sobretudo no reforço da formação e na tomada de medidas susceptíveis de cobrirem áreas importantes, como por exemplo, as seguintes: a) simplificação e melhoria do quadro administrativo e regulamentar das empresas; b) apoio à internacionalização; c) reforço da competitividade das empresas, melhorando o seu acesso à investigação, à inovação e à formação; d) apoio seletivo aos projetos de investimento na inovação; e e) aposta nas novas tecnologias por forma a promover a aproximação dos diversos parceiros.

Empreender é um conceito com múltiplas opções de interpretações, dependendo do contexto em que se utiliza. A conotação que se dá, por exemplo, para o âmbito empresarial o empreendedor é muitas vezes confundido com empresário, é às vezes tratado com um sinônimo de proprietário de uma empresa comercial com fins de lucro, podemos descrevê-lo como alguém que se aventura em uma nova atividade de negócios.

Para mundo acadêmico em constantes mudanças, empreender denota mais um perfil, um conjunto de características que lhe fazem atuar de uma maneira determinada e que lhe permitem mostrar certas “capacidades” para visualizar, definir e alcançar objetivos. Empreendedor é o termo utilizado para descrever a qualquer membro da economia cujas atividades são, de alguma forma, criar, inovar, fugir ao rotineiro, fazer coisas melhores, diferentes, melhorar o existente.

Outro exemplo desta forma de visualizar o empreendedor é a apresentada por Drucker(1989), que se refere ao empreendedor como as pessoas que “fazem pequenos negócios bem-sucedidos, que desenvolvem novas idéias ou novas formas de enfocar o mercado”.

Podemos enfatizar a capacidade do empreendedor para utilizar adequadamente os recursos disponíveis, como aquele que se especializa em assumir a responsabilidade de tomar decisões que tem a ver com a localização e uso de bens, recursos e instruções, é decidir, como um “ágil catador e utilizador de informações, recursos”, capacidade para detectar oportunidades de negócios e aproveitá-las.

É possível identificar o empreendedor como uma pessoa que, além de otimizar os recursos disponíveis e utilizá-los em combinações que maximizam os resultados factíveis das combinações, “agrega valor” a todo processo ou atividade em que intervem. O empreendedor é uma pessoa capaz de concentrar sua mente em certos aspectos do meio que o rodeia e ignorar outros, o que lhes permite aplicar seu tempo e esforço na busca e materialização de oportunidades. O empreendedor é um alquimista peculiar que toma um sonho particular próprio e o transforma em algo esplêndido e real, pelo que tem “dinamismo criativo”.

Particularmente identificarmos o empreendedor como uma pessoa capaz de detectar oportunidades e com as habilidades necessárias para desenvolver, a partir delas, um novo conceito de negócio. Assim, pois, existem diversas formas de definir e entender o termo empreendedor, sem dúvidas no que coincidem diversos autores é em que o termo empreendedor se deriva da palavra entrepreneur, que à sua vez se origina do verbo francês: “Entreprendre”, que significa encarregar-se de.

Schumpeter (1934), afirma que a inovação se desenvolve a partir da capacidade para empreender, portanto, os empreendedores não são necessariamente capitalistas, administradores ou inventores, já que finalmente se trata de pessoas com uma capacidade para “combinar” os fatores de produção existentes e obter melhores resultados de forma de utilizá-los, fazer e de inovar.

Então, empreender é algo complicado de definir, já que não se trata somente de uma série de atributos, se não também da forma de utilizá-los para obter o máximo proveito possível dos mesmos.

Os empreendedores da Era da Lei de Inovação:a) procuram continuamente ganhar novas competências provenientes do exterior, através de parcerias ou de aquisições, o Google é um excelente exemplo dessa estratégia. Estas visam capturar conhecimentos, em vez de seguir uma lógica meramente financeira; b) criam mecanismos de reciclagem do conhecimento interno. Seminários e jornais internos, redes informais de especialistas são usados para esse fim; c) descartam rapidamente o conhecimento obsoleto. Com esse objetivo, recrutam permanentemente gente nova com novas idéias, investem na inovação em várias tecnologias. Exercem a atitude de curiosidade inovadora permanente; d) em vez de se agarrarem à procura de certeza, tentam primeiro formular as questões cruciais. Não eliminam a ambigüidade. Pelo contrário, trabalham no seio dela, procurando descobrir oportunidades. Sabem que haverá sempre algo novo a descobrir, amanhã; e) ouvem os clientes atuais, mas nem sempre acreditam neles. Muitas vezes dão mais ouvidos aos que não são clientes. E sabem que muitas inovações movem-se mais rapidamente do que a capacidade de encaixe, por parte dos mercados atuais; f) criam um portifólio de inovação. As empresas deste tipo têm sempre mais projetos e iniciativa em curso do que as empresas tradicionais. Esse portifólio de inovação equilibra a introdução de produtos revolucionários com as melhorias incrementais; g) conhecer o negócio da empresa; h) administrar o presente, enquanto cria o futuro; j) transformar ameaças em oportunidades; i) criar paixão por resultados.

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