quarta-feira, 3 de setembro de 2014

EMPREENDEDORISMO NA INSTITUIÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

EMPREENDEDORISMO NA INSTITUIÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Instituições de serviço público - como órgãos do governo, sindicatos, igrejas, universidades e escolas, hospitais, organizações comunitárias e de caridade, associações profissionais e setores afins - precisam ser empreendedoras e inovadoras quanto as de negócios.
Na verdade, precisam de sê-las ainda mais. As rápidas mudanças atuais na sociedade, na tecnologia e na economia são, ao mesmo tempo, para elas, tanto uma grande ameaça, quanto uma grande oportunidade.
No entanto as instituições de serviço publico acham inovar mais difícil até do que as mais burocráticas companhias. O existente parece ser um obstáculo ainda maior para elas. Com certeza, cada instituição de serviço gosta de crescer.
Na ausência do teste do lucro, o tamanho é o único critério de sucesso de uma instituição de serviços, e o crescimento é uma meta em si mesma. E depois, é claro, existe muito mais a ser feito.Mas, parar com o que sempre tem sido feito e passar a fazer algo novo são igualmente anátemas para as instituições de serviços, ou pelo menos algo doloroso para elas.
A maioria das inovações nas instituições de serviço público é imposta a elas por gente de fora ou por catástrofes. Um dos melhores exemplos de pensamento inovador na história americana, o New Deal de 1933 - 1936, foi desencadeado por uma depressão tão severa que quase esgarçou o tecido social americano.
Críticos da burocracia jogam a culpa pela resistência das instituições de serviço publico em relação ao empreendedorismo e a inovação nos tímidos burocráticas, naqueles que simplesmente vão levando o que nunca enfrentam uma folha de pagamento, ou que nos políticos sedentos por poder.
As pessoas mais empreendedoras e inovadoras se comportam como as mais desmotivadas burocratas ou políticos sedentos de poder seis meses depois de terem assumido a administração de uma instituição de serviço público, particularmente quando se trata de um órgão público.
As forças que impedem o empreendedorismo e a inovação numa instituição de serviço público são inerentes a ela, parte integrante dela, inseparáveis. A melhor prova disso são as equipas de serviço internas nos negócios, que são, na verdade, as instituições de serviço publico dentro das corporações de negócios. Elas são quase sempre lideradas por pessoas quem vêm de fora e que provaram sua capacidade de desempenho em mercados competitivos. E, no entanto, as equipes internas se serviço não se destacam como inovadoras. Elas são boas para construir impérios - e sempre querem fazer mais do mesmo. Elas resistem a abdicar de qualquer coisa que estejam fazendo. E raramente inovam depois que se estabelecem.
Há inovações que modificam o produto e inovações que modificam os processos para seu suprimento. A inovação pode originar-se de necessidades do mercado ou do consumidor; a necessidade pode ser a mãe da inovação. Ou pode resultar do trabalho de aperfeiçoamento da capacidade e do conhecimento, realizado em escolas e laboratórios.
A dificuldade consiste na medição dos resultados possíveis. O autor recomenda estas cinco metas de inovação:
• Novos produtos ou serviços, necessários a que se alcancem os objetivos de marketing.
• Novos produtos ou serviços que se tomarão necessários em face de mudanças tecnológicas capazes de tomar obsoletos os produtos atuais.
• Aperfeiçoamento nos produtos, necessários tanto para alcançar os objetivos de mercado como para antecipar mudanças tecnológicas esperadas.
• Novos processos e aperfeiçoamentos de processos antigos, necessários para satisfazer metas de mercado - por exemplo, aperfeiçoamentos de fabricação destinados a possibilitar o alcance de objetivos de preço.
• Inovações e melhorias em todos os principais campos de atividade - em contabilidade ou desenho, em trabalhos de escritório ou relações trabalhistas - de maneira a manter a firma em dia com os progressos em matéria de conhecimento e habilidade.
"Muitas companhias devem a posição de liderança, que hoje desfrutam, à atividade de uma geração que labutou há vinte e cinco anos ou mais. Muitas companhias hoje desconhecidas do público liderarão amanhã seus ramos industriais em virtude de suas inovações de hoje. A empresa bem sucedida corre sempre o risco de estar vivendo à custa da energia inovadora acumulada uma geração atrás."
A inovação traz consigo três riscos:
• o risco de ser surpreendido pela inovação;
• o risco do malôgro da inovação e
• o maior de todos, o risco do êxito da inovação.
Sobre este último, podemos afirmar que  os riscos da exposição e do fracasso são pequenos se comparados ao terceiro: o do êxito da inovação. Que impacto terá uma inovação bem-sucedida além do que é desejado? Que novas e inesperadas mudanças irá - produzir? Que influência irá ter sobre a estrutura social, sobre suas crenças e seus laços comunitários?"
A inovação não é somente oportunidade, é acima de tudo responsabilidade. Ninguém é responsável pela sorte; ninguém pode fazer algo a esse respeito. Podemos apenas bendizer o progresso inevitável, ou lamentá-lo; podemos, no máximo, tentar retardá-lo. Mas a inovação é escolhida deliberada e assim somos responsáveis pelas suas consequências. A inovação é, consequentemente, sempre de natureza ética - tanto quanto ela é um processo intelectual e uma percepção estética.
Temos quatro requisitos para a inovação bem-sucedida na instituições de serviço público:
a) Ter uma clara definição demissão;
b) Estabelecer metas que sejam alcançáveis e enunciá-las segundo o ótimo e não o máximo teórico.
c) Investigas objetivos que não estejam sendo alcançados depois de repetidas tentativas.O fracasso em alcançar objetivos depois de repetidas tentativas significa que eles devem ser redefinidos ou abandonados;
d) Introduzir nas instituições de serviço publico políticas e práticas empreendedoras que comprovadamente tenham funcionado em outros setores da economia.


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